quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Como Conchas




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Às vezes pensamos que estamos sozinhos no mundo.
Não a solidão de não ter pessoas à volta, mas a de se sentir só nas dores.
Quando sofremos, nos isolamos, como se isso fosse nos proteger para que o sofrimento diminua ou pelo menos não aumente.
E como uma concha, guardamos em nós o que nos fez mal.
E, tal qual um imenso mar, o mundo vai se enchendo de conchas fechadas, sentindo-se sós e únicas, cada qual do lado da outra.

É impossível manter os olhos abertos, a razão, a consciência, quando a dor fala mais alto que nós mesmos.
Impossível colher frutos em árvores abatidas, flores em campos de espinhos e pensamentos positivos em momentos de desespero.
Mas toda moeda tem dois lados, a cada dia corresponde uma noite, cada vez que a lua se deita o sol se levanta...
Em toda situação triste há algo de bom e proveitoso.
Só precisamos é aprender a olhar, depois das lágrimas enxugadas.

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Depois de abrirmos os olhos, mesmo se o que nos feriu ainda está presente e geralmente está, pois não se apaga o vivido, podemos perceber que um novo caminho se abre, que naquele dia já estamos um bocadinho mais amadurecidos, que podemos tirar lições de tudo o que vivemos e...

Que existem as outras conchas do lado.
E quando nos abrimos à esperança, as possibilidades se abrem também, as coisas ficam mais claras, mais evidentes.

A vida é linda! O mundo é belo e nós temos o privilégio de fazer parte dele.
O importante não é não ter problemas, mas aprender a vencê-los.




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As The World Falls Down - David Bowie

Um comentário:

Yamar Bijoux disse...

Ois... Que linda!!! Muirto interessante a analogia feita com as conchas. Eu adoro conchas! E as suas ficaram lindas!
Adorei a postagem!
Beijos, Ya