domingo, 28 de fevereiro de 2010

Miss imperfeita


'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


Martha Medeiros - Jornalista e escritora


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Bom dia!



Lindo texto que recebi da Lelete, dedico a ela!

Ao despertar, enquanto você abre os olhos e se espreguiça na cama, seja para o Senhor da vida o seu primeiro pensamento.

Meditando em tantas coisas que logo mais lhe tomarão todas as horas do dia, sem lhe deixar tempo para telefonar para o amigo que há muito não vê, ou almoçar com a família, eleve a Deus o seu pensamento e lhe diga:

Senhor, acalma meu passo. Desacelera as batidas do meu coração, acalmando minha mente.

Diminui meu ritmo apressado com a visão da eternidade do tempo. Em meio às confusões do dia-a-dia, dá-me a tranquilidade das montanhas.

Retira a tensão dos meus músculos e nervos com a música suave dos rios de águas constantes que vivem em minhas lembranças.

Ajuda-me a conhecer o poder mágico e reparador do sono. Ajuda-me a me preparar bem para o repouso de todas as noites, lembrando-me sempre que enquanto dorme meu corpo, eu, Espírito, adentrarei o verdadeiro mundo e irei aos lugares que a minha mente elegeu como meu tesouro.

Ensina-me a arte de tirar pequenas férias: reduzir o meu ritmo para contemplar uma flor, papear com um amigo, afagar uma criança, ler um poema, ouvir uma música preferida.

Ensina-me a ter olhos de ver a beleza do céu azul, um raio de sol, a chuva da tarde, o cair da noite, com seu manto aveludado bordado de estrelas.

Acalma meu passo, Senhor, para que eu possa perceber no meio do incessante labor cotidiano dos ruídos, lutas, alegrias, cansaços ou desalentos, a Tua presença constante no meu coração.

Acalma meu passo, Senhor, para que eu possa entoar o cântico da esperança, sorrir para o meu próximo e calar–me para escutar a Tua voz.

Acalma meu passo, Senhor, e inspira-me a enterrar minhas raízes no solo dos valores duradouros da vida, para que eu possa crescer até às estrelas do meu destino maior.

Obrigado, Senhor, pelo dia de hoje, pela família que me deste, pelo meu trabalho e, sobretudo, pela Tua presença em minha vida.

Tudo isto Te peço, Senhor, pois se estás comigo, em nenhum lugar me sentirei triste, porque, apesar da tragédia diária, Tu enches de alegria o Universo.

Se estás comigo, não tenho medo de nada, nem de ninguém, porque nada posso perder e todas as forças do Cosmos são impotentes para tirar-me o que me pertence, na qualidade de filho de Deus: o Teu amor.

Se estás comigo, tudo executarei em Teu nome. Enfim, em nenhum lugar me sentirei estranho, deslocado, porque estás em todas as regiões, na mais suave de todas as paisagens, no limite indeciso de todos os horizontes.


A brisa refrescante que arrefece o calor dos dias de verão somente nos beneficiará se a respirarmos compassadamente.

Somente poderemos sentir a chuva benfazeja que se derrama sobre larga faixa terrestre, trazendo a fertilidade ao chão e alimentando as fontes, se alongarmos as mãos para recolher o líquido precioso.

Também as bênçãos de Deus se espelham sobre todas as criaturas, porém, para que as possamos sentir, dulcificando-nos as vidas, é preciso que nos unamos, em sintonia feliz, a essas faixas de luz.

E esta sintonia se chama oração.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Abrindo portas


Se você encontrar uma porta à sua frente, poderá abri-la ou não. Se você abrir a porta, poderá ou não entrar em uma nova sala. Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo. Se você venceu, você deu um grande passo: nesta sala vive-se.

Mas também tem um preço: são inúmeras as outras portas que você descobre. O grande segredo é saber quando e qual a porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa: ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos, quando, com eles, se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno.

A vida é generosa: a cada sala em que se vive, descobre-se outras tantas portas. A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos, e generosamente oferece afortunadas portas.
Mas a vida também pode ser dura e severa: se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela sua frente. É a repetição perante a criação.

É a monotonia cromática perante o arco-íris. É a estagnação da vida. Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens.

Dr. Içami Tiba – Psicoterapeuta


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Perceba



Não estaria você vivendo no Paraíso, sem perceber? Não estariam as frutas maduras e suculentas, prontas para serem colhidas, enquanto você continua a cavar o solo em busca de frutos amargos?

Não estaria você andando por ruas abarrotadas de diamantes sem sequer notá-los, quanto menos pegá-los?

Não estaria você ignorando diariamente oportunidades de ouro, nos poucos momentos que passa fora da confortável prisão que construiu para sua vida?
Os muros que o separam da plena satisfação não teriam sido construídos por você mesmo?

Existe ouro a ser garimpado em cada momento. Existe alegria a ser sentida em cada amizade. Existe um tesouro a ser descoberto em cada problema.

Abra seus olhos. Abra seu coração. Olhe em volta, de verdade, e veja o mundo maravilhoso em que poderia estar vivendo, se você quisesse



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Vencendo crises


A crise é a melhor bênção que pode acontecer às pessoas – e até mesmo aos países. Porque a crise traz progresso, a criatividade nasce da angústia e o dia lindo vem do ventre da tempestade escura. É na crise que surge a invenção, a descoberta, a reflexão e as grandes estratégias do marketing do amor.

Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar superado, e quem pendura no gancho da crise seus fracassos e lamúrias, violenta o seu próprio talento e tem mais respeito a problemas que soluções. A crise é uma farsa, a não ser a crise da incompetência, pois o problema de pessoas e países é o de auto gerência.

Sem crise não há desafios, e sem desafios a vida é uma rotina que leva ao túmulo. Sem crise ninguém tem méritos.
É só na crise que você mostra que é bom, pois sem crise todo vento é carícia. Por isso, falar da crise é promovê-la e calar na crise é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhe duro, desinflacione a crise de você mesmo e acabe de uma vez com a única crise ameaçadora: a da tragédia de não saber por onde começar.

Se o momento é de crise, crie. Pior do que a crise é a falta de coragem para enfrentá-la.




terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O preço da vingança




Mesmo que você não possa amar a seus inimigos, ame – pelo menos a você mesmo. E use esse amor por você mesmo para não permitir que seus inimigos controlem a sua felicidade, a sua saúde e a sua vida. Quando você
odeia seus inimigos, está dando a eles poder sobre você mesmo: sobre seu sono, seu apetite, sua pressão arterial, sua saúde, sua felicidade.

Passar dias e noites se preocupando em como desforrar-se deles, arquitetando vinganças mirabolantes, só faz mal a você mesmo. O seu ódio não causa efeito a eles, mas faz com que seus dias e suas noites se transformem em verdadeiros infernos.

Um meio para acabar com esse sentimento ruim e devastador é perdoar seus inimigos e esquecê-los. Para chegar a isso, passe a dedicar-se a alguma coisa infinitamente maior do que o mero desejo de vingança.

E, para cultivar uma atitude mental que traga paz e felicidade, lembre-se desse princípio: nunca procure vingar-se de seus inimigos porque, se o fizer, vai ferir mais a si mesmo do que a eles; não desperdice um minuto sequer falando ou pensando em pessoas que não o agradam.



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Oportunidades








Não importa com o que você esteja desapontado neste instante, se é seu estilo de vida, seu relacionamento, etc. Isto já faz parte do seu passado. A estrada de sua vida ainda está para ser definida por você, é sua para formar o que você deseja ser. Para o seu futuro é possível fazer um
arranjo infinito de possibilidades.

Se você não está satisfeito como as coisas têm estado até este momento, há uma abundância de outras opções para você. Caso esteja desapontado com o seu progresso, isto é um sinal de que você necessita de mudança.

Recuse a deixar o seu passado “contaminar” o seu futuro. Todo dia é uma nova oportunidade. A necessidade de continuar com seus erros dos passado existe apenas na sua imaginação. Na realidade, você possui tanto potencial para o sucesso quanto a maioria das pessoas que conseguiram.

Agora mesmo, um “novo você” está se formando em sua vida. Este “novo você” é positivo, disciplinado, apaixonado, com foco e capaz de alcançar o que imagina. O “velho você” pode assim desaparecer dentro de sua memória do passado. O “novo você” irá formar o seu futuro.

Faça isto com atenção, com prazer, com paixão e este “novo você” será grande.








sábado, 20 de fevereiro de 2010

Olhar para si

Você tem consciência de suas imaginações, sonhos, intuições, lembranças, realidade, ou tudo isso parece confundir ainda mais sua vida diária? Muitos levam a vida sem muitos questionamentos. Pode até parecer mais cômodo levar a vida sem muitas reflexões, pois para muitos, analisar as próprias atitudes e comportamentos seria como mexer num vespeiro. Vivem apenas na busca da satisfação de necessidades básicas e primárias, como dinheiro, comida, sexo e trabalho. Importam-se no que dizer, fazer e/ou ter, mas raramente conseguem ser. Alguns vivem apenas para gastar o que ganham, sem se preocupar com uma vida de significado mais amplo. São aquelas pessoas que encontramos depois de anos e tudo permanece igual. Podem até terem conquistado algum bem material, mas não houve evolução, transmutação ou crescimento interior.Para aprender a controlar nossos comportamentos, desejos e ações, temos que compreendê-los e analisá-los. Enquanto formos incapazes de exercer algum controle sobre nossas emoções, seremos estranhos a nós mesmos, incapazes de influir sobre o mundo que nos cerca porque não teremos contato com nossa própria realidade interior. Evitamos entrar em contato com nossos sentimentos mais profundos, até como forma de defesa, pois tememos nos machucar. Os caminhos de alienação de si próprio são os mais diversos. Alguns evitam encarar sua realidade trabalhando o tempo todo. Outros adoecem. Outros ainda passam o tempo cuidando da vida alheia. Tudo isso para não ter tempo de olhar para si mesmo. As pessoas que não refletem sobre sua própria vida, distanciam-se cada vez mais de seus reais sentimentos. Simplesmente vão agindo impulsivamente, caminhando sem saber para onde. Qualquer desculpa parece válida para que as pessoas desviem a atenção das dores que algumas lembranças trazem e que podem machucá-las. Nós esquecemos que podemos estar nos prejudicando ainda mais, principalmente quando se recorre às drogas, ao álcool ou ao jogo, pois o vício é também uma forma de fuga. Pode-se até obter resultados por algum tempo, mas nunca poderemos fugir do que há dentro de nós para sempre.A recusa em enfrentar a realidade e os próprios sentimentos é uma reação normal. Às vezes não se tem nem consciência de que fugimos de nós próprios, pois na maior parte, o fazemos inconscientemente. Só nos damos conta de que algo não vai bem internamente, quando nos deparamos com alguma dificuldade e entramos em conflito e angústia. Este é o momento de olhar para dentro de si mesmo e perguntar-se: "o que acontece, por que me sinto triste, vazio, insatisfeito, infeliz?". Ao se questionar, é possível obter as respostas, nem que isso seja doloroso a princípio.Fácil? Nem um pouco.Aprenda a olhar para dentro de si - Olhar para dentro de si mesmo é uma das maiores dificuldades do ser humano. Um jeito de iniciar o autoconhecimento é escrevendo sobre sua vida. Pegue um caderno e comece e descrever seus pais, avós e outras pessoas significativas. Descreva seu lar e o ambiente de seus primeiros anos. Os momentos que mais marcaram sua infância e sua adolescência. Relembre as boas coisas que lhe aconteceram e também os maus momentos. Perceba os padrões de comportamento que se repetem. Pense nas coisas que gostava de fazer e não faz mais. Escreva tudo o que lhe vier à mente e permita sentir as sensações que virão. Não tenha medo. No começo poderá sentir alguma dificuldade, mas depois você irá perceber que a escrita irá fluindo naturalmente, trazendo a sensação de alívio. Tome cuidado para que ninguém tenha acesso a suas anotações caso você não queira, e se preferir, destrua-as depois que lhe forem úteis. Os exercícios de autoconhecimento lhe proporcionarão uma maior compreensão de si próprio, fazendo com que você entenda as origens de muitos de seus comportamentos. Mas se você não se sente seguro para fazer isso sozinho, procure ajuda de um profissional de sua confiança.A maior conquista é aquela que obtemos por nossos próprios méritos, porém muitos não se permitem ir em busca dessa conquista. Não há apenas conquistas materiais e amorosas, há conquistas ainda mais importantes, como a conquista de sermos melhores, mais capazes e sermos aceitos, antes de tudo, por nós mesmos. Conhecermo-nos é uma conquista extraordinária.Às vezes a fuga de si mesmo decorre do medo de olhar para dentro de si e descobrir algo negativo e ruim, pois assim muitas vezes nos fizeram acreditar. Grande engano! Todos temos a capacidade para alcançar e sermos o que quisermos, desde que tenhamos consciência do que almejamos. A partir do momento que paramos de fugir de nosso verdadeiro "eu", nos aceitarmos e nos amarmos, não teremos mais insatisfaçoes, pois se chegamos até aqui é porque trilhamos um caminho que nos capacitou para isso. Quando conseguirmos nos olhar no espelho, ver nossa imagem refletida e sentir o que há realmente dentro de nós, sem precisarmos desviar o olhar, com certeza estaremos no caminho do crescimento interior. E acredito que essa ainda é a maior busca do ser humano: evoluir como um ser que se permite simplesmente SER!



Rosemeire Zago

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Obstáculos


"Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei...Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,..." Salmos 91:2,4,5


Certa vez um cão estava quase morto de sede, parado junto à água.
Toda vez que ele olhava o seu reflexo na água ficava assustado e recuava, porque pensava ser outro cão.
Finalmente, era tamanha a sua sede, que abandonou o medo e se atirou para dentro da água, com isto, o reflexo desapareceu.
O cão descobriu que o obstáculo - que era ele próprio - a barreira entre ele e o que buscava, havia desaparecido.


Nós estamos parados no meio do nosso próprio caminho. E, a menos que compreendamos isso, nada será possível ir em direção ao nosso crescimento.
Se a barreira fosse alguma outra pessoa, poderíamos nos desviar.


Mas nós somos a barreira.
Nós não podemos nos desviar.
Quem vai desviar-se de quem?
Nossa barreira somos nós mesmos e ela nos seguirá como uma sombra.
Esse é o ponto onde nós estamos: juntos da água, quase mortos de sede.
Mas alguma coisa nos impede, porque não estamos saltando para dentro.


Alguma coisa nos segura. O que é?


É uma espécie de medo.
Porque a margem é conhecida, é familiar, e pular no rio é ir em direção ao desconhecido.
O medo sempre diz: "agarre-se àquilo que é familiar, ao que é conhecido".
E as nossas misérias, nossas tristezas, nossas depressões, nossas angústias, nossos complexos, nos são familiares, são habituais.


Nós vivemos com eles por tanto tempo e nos agarramos a eles como fossem um tesouro.
O que nós temos conseguido com isso?


Será que não podemos renunciar às nossas misérias?
Será que já não nos mutilaram demais?
O que nós estamos esperando?
Esse é o caso de todos nós. Ninguém nos está impedindo.
Apenas o próprio reflexo entre nós e o nosso destino, entre nós como uma semente e nós como uma flor.
Não há ninguém nos impedindo, criando qualquer obstáculo.
Portanto, não continuemos a jogar a responsabilidade nos outros.


Essa é uma forma de nos consolar.
Deixemos de nos consolar, deixemos de ter autopiedade.
Fiquemos atentos. Abramos os olhos.
Vejamos o que está acontecendo com nossa vida. Escolhamos o certo e decidamos dar o salto.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Reclamar


Você já parou para pensar na quantidade enorme de pessoas que reclamam... Pois é, já se deu conta de que você e eu também fazemos parte deste enorme contingente de pessoas?
Todos nós usamos desta prerrogativa, mas são muito poucos aqueles que se dão conta disso e usam a ferramenta RECLAMAR como instrumento de mudança de atitudes e forma de pensar. Só reclamar é muito melhor do que ficar depressivo, mas representa muito pouco além disso.
Neste final de semana me deparei com o antigo Saul Jr. querendo se fazer presente em minha vida. Não permiti... mas, enquanto reclamava, eu percebia o que estava fazendo e consegui chamar minha própria atenção:
- Saul Jr., este personagem em sua personalidade faz parte de seus valores do passado... Cara, você está morto...
Pensei e me posicionei de maneira decisiva. Não queria recaídas...

Reclamar faz parte de um vício de postura sem consequências construtivas. Reclamar, como a própria palavra define, é um ato de repetir o que cansamos de chamar. É o RE + CLAMAR. Isso posto, nos coloca numa situação de só chamar o que exige, acima de tudo, uma atitude ativa de estancar o processo agudo de mal-estar vigente.
O ato e o momento de não estar bem, exigem alteração em nosso processo de vida. Resmungar, espernear, colocar a culpa em terceiros, nada agrega em nosso momento. Se olharmos pela ótica de energia, o reclamar é altamente negativo e sem propósito. Indica quase a postura de um fofoqueiro que só sabe propagar a má intriga e, portanto, passa os seus dias produzindo ações doentias... desagregadoras e nefastas.

Uma ótima maneira de parar de reclamar é fazer uma comparação entre o que somos e o que os outros são e têm. Na maioria das vezes somos superiores.
Outro grande fator que nos ajuda a entender a vida -e assim pararmos de reclamar-, é sabermos diferenciar as duas palavras: SER e TER.
Muitas pessoas pautam suas vidas no TER e com isso complicam a possibilidade de um dia virem a SER, ainda que seja em futuro distante. O SER vem de dentro para fora o TER vem do EGO para o bolso.
O outro lado que, por incrível que possa parecer, também é positivo para ser encarado, é descrito numa frase de Napoleão Bonaparte que afirma: Quando as pessoas param de reclamar elas param de pensar.
Há um interessante duplo sentido na afirmação.
Reclamo, portanto, vivo... Ora! Vivo, portanto, atuo, faço e decido o que quero de melhor para mim. Reclamar é estacionar e jamais faz sentido para manifestar a vida em seu real valor.
A maior reclamação que uma pessoa pode fazer é consigo mesma, pois esta é a única que produz resultados.
Uns reclamam para reivindicar e outros a fim de protestar.

O que aqui abordamos é o ato de reclamar da vida sem base e fundamento. Há os que reclamam tanto que se tornam coitadinhos de si mesmos...
Eu procuro não reclamar de nada, porque sei que a Vida é Causa e Efeito.
No entanto, confesso que se trata de um forte exercício de conscientização interior.
E você, reclama muito? Cuide-se.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Atritos




Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.

É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas

Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.

Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.

É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esse sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...

E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final:
ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.

Roberto Crema


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Perdoar





Quando nos damos conta de que a nossa Vida tem uma estreita ligação com a Causa e o Efeito de nossas atitudes e pensamentos, começamos a entender que muitas coisas não são mais coincidências e nada que acontece conosco é por um acaso.
Tudo tem origem em nós e para nós retorna. Obviamente, algumas religiões condenam isso pela estreita necessidade de sobrevivência. Ninguém ensina o outro a só Ser, se quiser mantê-lo preso em suas pretensas verdades.
Isso posto, começamos a entender que o ato de perdoar tem como primeiro beneficiado a nós mesmos, veja...
PER, primeira sílaba de perdoar, pode parecer o início de perda, mas não é. Neste caso é PER no sentido de permitir e mesmo de parar, na acepção latina da palavra. Parar mesmo.

DOAR é se permitir entregar o que não nos serve mais. Portanto, o ato de perdão, além de nobre, é uma atitude de bloqueio de uma perda.
Jamais uma pessoa magoada conseguiu ferir a outra por nutrir este sentimento. Do contrário, se ficar muito tempo com esta postura de mágoa irá adoecer de maneira muito séria.

Uma amiga um dia me perguntou:
Quantas vezes devemos perdoar os nossos semelhantes? Questiono-me –completou-, será que perdoar demasiadamente não nos torna tolo?
Não respondi de imediato porque, embora parecendo um questionamento simples, não o é. Fiquei pensando nos dois textos que escrevi em 2005. O primeiro foi Perdão e o segundo Perdão de alma.
No primeiro texto, deixo claro que há uma estreita relação entre a nossa saúde e o ato de Perdoar. No segundo, saliento que ele, o Perdão, deve ser de alma e não falso. Perdoar de alma é esquecer o fato e JAMAIS relembrar. É nunca realizar o perdão social, aquele que sai da boca para fora.

É óbvio que as duas perguntas, em uma, demonstram que a pessoa não aceita e não entende que a vida é Causa e Efeito. Este entendimento vem em primeiro na cadeia de importância de nossas compreensões.
Na sequência, fica fácil entender que não somos tolos e sim sábios e que ninguém perde nada por ser sábio e astuto. Devemos perdoar os nossos semelhantes tantas vezes quanto o retorno de nossas atitudes imbecis do passado assim o exigir.

Quando alguém nos magoa é retorno, para sabermos entender que assim agimos para com alguém anteriormente. Nada do que colhemos é sem uma finalidade. Tudo faz parte de nossa necessidade de entendermos a vida como ela se apresenta. Ser magoado hoje é porque magoamos ontem. A fuga da mágoa, na maioria das vezes, é a comida. O magoado tem ausência de prazer.

Dei muita liberdade para as pessoas, sabem o que colhi?
Desrespeito.
Brinquei demais com as pessoas, sabem o que colhi?
Descrédito.
Fiquei muito bravo por ser desacreditado e desrespeitado. Reclamei com meu Mestre que achava injusto o que eu estava passando. Ele disse:
Olhe para o seu passado e irá entender que o que está recebendo hoje é o retorno de suas negligências... O mínimo que pode fazer é agradecer pelo mal ser pequeno. Perdoar a si mesmo e aos professores é um ato de grandeza.



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Somos todos um




Quando descobri isso, que não somos todos um, entrei em conflito comigo mesmo. Não posso afirmar uma coisa, parecer e defender outra. Não posso pensar uma coisa e escrever outra. Não posso ser hóspede de um site que afirma isso e que, portanto, conflita com meus ideais. Não posso me calar frente aos meus valores atuais e o que consigo construir ao meu favor, usando-os.
No mínimo, seria omisso comigo mesmo.

Gosto mais do nome VIDA NOVA que foi como começamos, em 2000. Somos todos um era um subtítulo. Vida Nova foi usurpado de nós, principalmente de Sérgio e Rodolfo, por uma Igreja. Não é direito de ninguém ser proprietário de uma verdade como a afirmação e essência contidos em VIDA NOVA. Temos o direito a tê-la quando bem a quisermos ter, uma nova vida; afinal, cada segundo é novo.
Na realidade, a proposta do site é dar a você e a todos nós a chance de nos conhecermos e de assim não estacionarmos ou mesmo regredirmos.

Até hoje identifico os meus textos com a origem, VIDA NOVA... Foi assim que começou. Cada um que busque a sua verdade e que escolha o seu caminho. É nosso dever encontrarmos a nossa luz interior da forma como quisermos. Não há como conviver com SOMOSTODOSUM sem que eu marque de maneira firme e contundente a minha posição.

Nosso planeta tem cerca de 6,8 bilhões de seres humanos e facilmente identificados em sua singularidade por suas impressões digitais. Portanto, cada um é diferente em essência. Cada ser humano tem a sua caminhada, sua busca e as suas próprias verdades. Assim é a vida. Ninguém olha para a mesma direção e vê e sente a mesma coisa.
Nosso planeta hospeda este número significativo de pessoas para que elas consigam, na sua singularidade, crescer e evoluir de dentro para fora. Jamais seguirem padrões genéricos como se a minha verdade fosse a do meu semelhante. Eu apenas conto o que sei. Para quem servir, ótimo. Para quem não servir, basta jogar fora as minhas palavras...

Nosso planeta possui campos vibratórios absolutamente diferenciados e que podem ser confundidos por países com suas tradições, posturas, valores, culturas, feições e idiomas diferenciados. Existem países em que eu nunca conseguiria viver, do contrário, outros me atraem de forma singular. Sinto-me em casa quando vou lá.
Nosso planeta é sim, para a repulsa das religiões a esta afirmação, um local de singularidades e individualidades. Portanto, nada é dogma, serve para todos, e tudo em nossa volta está para ser entendido e explorado. Um dia cada ser humano vai ter a possibilidade de se entender e assim facilmente ler o seu próximo. Jamais de aceitar a verdade que lhe é imposta. O Livre-Arbítrio não existe por obra do acaso. É com ele que evoluímos e aprendemos a entender o nosso semelhante. Sim, somos semelhantes, mas jamais unidade e igualdade.
Nosso planeta é um verdadeiro campo evolutivo onde cada um busca executar a missão que escolheu para si nesta vida. Nós escolhemos a nossa família, nossa cidade e, portanto, o nosso idioma. Tudo está diretamente ligado ao que precisamos entender e assimilar em uma nova oportunidade.

Os problemas que se repetem em nossas vidas são necessários para que possamos entender e aceitar que nada sabemos e que tudo precisa ser entendido como a busca do equilíbrio e do centro de nossas atitudes. Os problemas são testes.

Gosto muito de falar, mas na verdade deveria escutar mais. Por isso meu corpo é feito de dois ouvidos e uma boca.
Gosto muito de julgar, quando na verdade deveria aprender mais com os erros dos outros. Sei que só os sábios aprendem com os seus e com os erros dos outros. Julgar é ato fraco. Tenho que corrigir isso.
Gosto muito de achar que sei, em um planeta em constantes mudanças e, assim, com novas verdades a cada segundo. Portanto, tenho que saber e aceitar que nada sei. Achar que sei é ato fraco. É preciso buscar sabedoria.
Não, não somos todos um. O que existe é um cenário aberto para que cada um possa ser o líder de seus entendimentos e de suas verdades, sem copiar quem quer que seja. Sem ser protegido por quem quer que seja.
Nossa Unidade está apenas no fato que nada sabemos e que tudo precisamos assimilar. Aprender a conviver, a entender e a aceitar o retorno como aprendizado.
Esta história de proteção e ajuda que as religiões vendem é falsa, enganosa, tendenciosa e mentirosa.
Ninguém está autorizado a proteger quem quer que seja, porque nossa vida não tem um patrão, a não ser nós mesmos. Todos podem nos alertar, mas nunca impedir que sigamos as nossas determinações e vontades. Eu decido o que sou; a vida é escolha que eu faço.
Alertar faz parte da vida, do aprendizado e do professorado. Impedir, bloquear, causa karma porque estamos interferindo no aprendizado e, consequentemente, na evolução do outro.

A regra é simples. Se sua opinião não foi solicitada, fique calado.
Temos que ter responsabilidade em nossas atitudes e nunca acharmos que alguém paga por nossos pecados. Isso é novamente retórica de religião. Você, eu, somos os únicos punidos por nossas atitudes. Ninguém vai saldar minhas irresponsabilidades.
Se quiser saber de sua vida hoje, olhe para o seu passado. Quer saber de sua vida amanhã, olhe para o seu presente. Isso é regra de colheita e plantio.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A simplicidade de ser



Estava observando como estamos sempre buscando "resolver" alguma coisa... e estamos o tempo todo correndo atrás de soluções para nossos problemas. O mais interessante é que a maior parte dessas dificuldades que temos que resolver... somos nós mesmos que criamos...
É que nosso ego decide que temos que resolver X coisas em tal espaço de tempo...
E nos coloca atrás dessas metas dia após dia... com isso o tempo vai passando... e a vida também...

Quase nunca deixamos um espaçozinho para que as coisas se resolvam sozinhas...

Só o fato de determinarmos as coisas que temos que fazer em certo espaço de tempo, já nos tira do fluxo natural da vida e nos desconecta do presente.

É um desafio, para mim, conseguir seguir qualquer plano marcado pela razão... Até planejo... mas seguir aquilo que planejei eu não consigo... já me senti muito culpada por isso; hoje nem tanto e até quero me desprender ainda mais... deixar a vida solta...

Tenho notado que pelo tempo não dá para resolver quase nada daquilo que penso que tenho que resolver. Se for fazer uma viagem, minha mente logo determina as inúmeras coisas que preciso resolver para poder viajar, do contrário a viagem não sai... No final vejo que não resolvi quase nada daquilo tudo... e a viagem acaba saindo.

Outro dia... na mesa do café da manhã, minha mente estava a mil por hora, justamente planejando... não uma... mas, duas viagens... Uma mais próxima e outra mais distante...
Minha mente, sempre muito rápida, já foi pensando um monte de coisas para eu resolver... e eu já ia embarcando.

Mas... de repente... olhei para mim, ali sentada na mesa do café... e me vi na mesa de café do local que eu iria visitar em uma dessas viagens...
Um alívio tão grande tomou conta de mim... porque, naquele momento, constatei que eu estaria lá... simplesmente... porque já tinha tudo que precisava.

A nossa mente... adora dar um jeitinho de nos prender, mas, se ficarmos mais espertos do que ela... e observarmos para onde ela está querendo nos levar... nós podemos pular fora, e aí... nesse pequeno espaço de tempo... uma clareza tão grande nos envolve, que toda complicação deixa de existir e dá lugar ao que é simples...

Somos levados a acumular tantas coisas, e a nos identificar com elas que, ao final... corremos o risco de viver em função dessas coisas todas que carregamos pela vida afora... sejam físicas ou conceituais...
No palco da vida nossas muitas imagens representam muitos papeis, que nos tomam quase todo o tempo... e, principalmente, nos roubam o que de mais precioso temos... a simplicidade do Ser

Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino do Céus , disse Jesus. O que significa humildes de espírito?
Nenhuma bagagem interior, nenhuma identificação. Nenhuma relação com coisas ou conceitos mentais que possuam uma percepção do eu.
E o que é o Reino dos Céus? A simples porém profunda, alegria do Ser que está presente quando abandonamos as identificações e nos tornamos humildes de espírito.


Eckhart Tolle



sábado, 13 de fevereiro de 2010

Inesperado


Se você não conta com o inesperado, jamais estará preparado para quando ele chegar... Alguém muito competente em entender a vida, como vivê-la e desfrutá-la, escreveu isso. Confesso que gostaria de ter sido eu... mas não fui.
Não contar com o inesperado é aceitar que a coincidência existe.
Não contar com o inesperado é achar que as pessoas chegam até nós por obra do acaso.
Não contar com o inesperado e imaginar que as melhores coisas da vida são por obra de um grande arquiteto, e que nós jamais somos merecedores, é pura miopia cósmica.

Não contar com o inesperado é, portanto, uma nítida demonstração de que não conseguimos ler, entender e interpretar a vida. E tudo o que passamos, tem a ver com alguém, com eventos pitorescos e nunca sobre o fato que somos Causa e Efeito de nossas colheitas.
Desta forma, precisamos efetivamente nos darmos conta de que somos agora o que decidimos ser até o segundo anterior no qual vivemos.
Nossa vida não é uma caixa de surpresas. Efetivamente, é feita de escolhas que nascem em nossos pensamentos e depois se concretizam em nossas verbalizações e atitudes.

Nosso pensamento é uma verdadeira flecha disparada... Ela vai atingir o alvo e muitas vezes este alvo tem a forma de algo INESPERADO.
Depois que aceitei esta verdade, percebi que tudo tem uma razão de ser. Que as pessoas que chegaram inesperadamente dias atrás... bem, eu havia pensado e falado sobre elas.
Que o local aonde eu sempre quis ir, acabei por conhecê-lo porque a energia do meu pensamento me direcionou até lá.
Que os milagres existem porque nós os construímos. Na realidade, nenhum milagre acontece sem que façamos a nossa parte.

Quando oramos, não importa a forma, estamos construindo uma energia muito forte. Depois é só dar alguns passos no sentido do pedido, que as coisas acabam acontecendo. Agora, só orando, sem direcionarmos o pensamento, nada acontece.
Quando descobri que qualquer música é um Mantra, procurei trabalhar ouvindo uma composição calma e serena. Existe uma diferença considerável entre barulho e música. Assim como existe uma diferença enorme entre o que chamamos de coincidência, inesperado, acaso e lei de retorno.

Nada, absolutamente nada em nossa vida é obra do inesperado. Tudo tem uma razão de ser. Saber entender isso é o mesmo que estar preparado para ler os sinais da vida. Cada pessoa que chega até nós traz uma mensagem que precisa ser decifrada e entendida. No mínimo, são professores de como não se deve fazer.
No momento em que alguém chega, pode ser até uma mensagem avisando sutilmente que temos que parar de fazer o que estávamos realizando, porque o resultado poderia ser tremendamente negativo.

Precisamos substituir a interpretação da palavra inesperado por sinal. Precisamos nos darmos conta que a vida é escolha. Eu escolhi e escolho ser o que sou. Se pretender construir algo novo em minha vida, tenho obrigação de fazer aquilo que nunca fiz. É assim que o inesperado vem.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um presente a cada dia


Conversando com uma amiga outro dia, ela me contou que comprou um livro e que ficou extremamente decepcionada... o livro era muito ruim... mal-escrito, e ainda que o autor abordou o tema de uma forma errada...
Perguntei por que ela tinha achado o livro tão ruim assim... e ela me respondeu que, pelo título, acreditou que o tema seria abordado de uma forma e que, na verdade, se tratava de outra abordagem muito diferente da que ela esperava, mais com base psicológica.
Falei que talvez ela tivesse comprado o livro com uma expectativa muito grande e que pelo fato do livro não ter preenchido essa expectativa, ela achou que o livro não era bom...
Ela concordou e até achou que o livro poderia ser mesmo muito útil para outras pessoas...
Fiquei tão curiosa que pedi a ela o livro para dar uma olhada.... abri em uma página qualquer e li... Por incrível que pareça, a mensagem que li era muito bonita e se encaixava perfeitamente no momento que a minha amiga vem passando e... se ela deixar de lado todo o peso negativo que já colocou sobre o livro, sei que ela irá se surpreender...

Fiquei pensando sobre como quase sempre temos expectativas... seja por uma viagem, um curso.. uma festa... ou mesmo sobre uma vida toda.
Criamos modelos que consideramos ideais do que queremos conquistar... do que queremos ser... de como queremos agir... e nos prendemos a essas expectativas sem perceber que elas nos limitam e nos prendem a possibilidades muito pequenas se comparadas com as infinitas opções que o Universo nos oferece quando nos abrimos para receber...
Quase nunca estamos abertos para receber o que nos chega porque sempre estamos esperando coisas que já tem especificações determinadas por nossas expectativas, que nos impedem de aceitar o que nos chega simplesmente com é.

Podemos ficar tempos e mundos reclamando das coisas só porque não atendem às nossas expectativas... e assim quase tudo que nos chega já vem com o peso de estar inevitavelmente classificado de bom ou ruim ao ser comparado com o que esperávamos...

Mas quem faz essa classificação?
Quem compara?
Quase sempre quem compara as coisas para classificá-las em boas ou ruins é nosso pequeno ego, que é guiado por memórias equivocadas. Memórias que são geradas por experiências já vividas e que nos prendem ao infindável ciclo de repetição...

O Espírito não compara nem classifica, simplesmente recebe o presente por inteiro...

Sempre, a todo final de ciclo e início de outro, é quase inevitável que nos abarrotemos de expectativas sobre como vai ser o próximo ano... se vai ser melhor do que o que passou... e com isso criamos fórmulas e receitas que podem ser boas e nos guiar, desde que não nos prendamos a elas como a única possibilidade aceitável.

Quantas coisas deixamos passar sem nem olhar para elas porque fogem ao que queremos?

Seria tão bom se pudéssemos receber cada dia vazios de expectativas e olhássemos para cada coisa que nos chega com o olhar limpo de quem sabe perceber que tudo é um presente...

Que cada dia desse novo ano seja um presente... e que você se abra para receber!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Renovação


Se nós fizermos uma busca nos cartões, e-mails, mensagens de celular e telefonemas que recebemos durante o final de ano, iremos perceber que as pessoas de nossos relacionamentos desejam que tenhamos paz, plenitude de amor, muito dinheiro no bolso, saúde, felicidade e absoluto sucesso em nossas determinações.
Em outras palavras, nos tornamos, rapidamente, milionários de sentimentos e emoções, algo que o dinheiro não consegue comprar.

Certamente, estes dias são os maiores momentos de energia positiva que se vive durante o ano. Ano Novo é sinônimo de desejo para recomeçar e renovar.
Provavelmente, trata-se da maior concentração de boas energias, superior, até, da que reinava nas épocas em que ganhamos um campeonato mundial de futebol de campo.
Sim, não tenho dúvidas de que o Ano Novo supera todas as energias positivas contidas em qualquer outra data em que tenhamos algum tipo de comemoração. Nada se compara e é tão repleto de boas energias quanto estes momentos.
Portanto, experimentamos nesta época a situação adequada para uma excelente renovação de propósitos e princípios. O ambiente se torna superfavorável, em todos os sentidos e opções...

Ora, se tudo é favorável, onde se posicionam, então, as dificuldades para que efetivamente tenhamos as tão almejadas mudanças e conseqüentes conquistas?
Na nossa postura estática.
É porque simplesmente só queremos mudar...
Uma mudança só acontece quando de fato superamos a nós mesmos.
Não adianta mudar de cidade para morar, se levamos conosco todas as nossas falhas e valores ultrapassados. Uma efetiva renovação precisa acontecer de dentro para fora. É em nossa maneira de encarar todas as nossas dificuldades e desavenças que moram as nossas razões efetivas de não se conseguir ser melhor.

Muitas pessoas sequer gostam de si mesmas... Como podem, então, querer gostar do meio em que vivem? Como podem querer realizar uma nova vida? Como podem achar que haverá mudanças em suas ações diárias?
Mudar significa fazer algo que nunca se fez. Isso é o princípio de se mudar. Só querer é ótimo, mas a atitude é que fará a diferença.
Não gostar de si mesmo é, por exemplo, permitir-se continuar fazendo aquilo que não nos dá prazer em realizar. É ser submisso às vontades de quem vive próximo da gente. É aceitar o sim quando nosso interior exige que seja não.

As verdadeiras alterações só acontecem se estivermos conscientes de que o maior esforço sempre terá que ser nosso. Romper barreiras se faz necessário para que a Renovação aconteça. Qualquer desconforto só é superado por ações mais fortes do que os danos que ele nos causa. Reclamar é bom, mas nada resolve se não houver ação. Reclamar tem que funcionar como alarme, sendo logo seguido por severas atitudes de efetiva renovação em pensamentos e ações.
Renove-se hoje para evitar que o mesmo aconteça no final do ano que vem. Seu destino está em suas mãos, no exercício correto do seu Livre-arbítrio; porém, insisto, renovar significa explicitamente vencer vícios e hábitos que já não nos servem mais. O resto, ou seja, só a intenção, é apenas retórica sem qualquer serventia.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

10 Atitudes Positivas



1°Não se preocupe de todas as atividades humanas, preocupar-se, é a menos produtiva.

2° Não se deixe dominar pelo medo a maior parte das coisas que tememos nunca acontecem.

3° Não guarde rancor ele é uma das cargas mais pesadas da vida.

4° Enfrente um problema de cada vez . Seja como for, só poderá tratá-los um por um.

5° Não leve os problemas para a cama são maus companheiros do sono.

6° Não compre os problemas dos outros. Eles podem lidar com eles melhor do que você.

7° Não reviva o passado.Ele já passou. Concentre-se no que se passa na tua vida seja feliz agora.

8° Seja um bom ouvinte. Só quando escutar, obterás idéias diferentes das tuas.

9°Não se deixe abater pela frustração. A autocompaixão só interfere com as ações positivas.

10°Contabilize todas as coisas boas mas não esqueça as pequenas. Muitas coisas boas pequenas, fazem uma grande.




terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Felicidade






Pra ter um dia mais alegre lembre-se de:
elogiar três pessoas por dia,
ter um aperto de mão firme,
olhar as pessoas nos olhos,
cantar no chuveiro,
gastar menos do que ganha,
dar aos outros uma segunda chance,
devolver o que pegou emprestado,
perdoar a si mesmo e aos outros,
não fazer nada enquanto estiver zangada,
fazer novos amigos,
guardar segredos,
não adiar uma alegria,
reconhecer seus erros,
orar a Deus pedindo sabedoria e coragem.
Não precisa pedir um monte de coisas,
pois Ele sabe do que precisamos.
Tenha um bom dia,
uma boa tarde,
uma boa noite
e uma boa vida sempre…





segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Julgamentos



O que julgamos ser óbvios, quase nunca o é em verdade.


O que julgamos ser verdade, quase nunca o é em absoluto.


O que julgamos ser absoluto, quase nunca o é pra sempre.


O que julgamos ser pra sempre, quase nunca vai além do amanhã.


O que julgamos ser até amanhã, quase nunca chega lá de fato.


Quando julgamos, quase sempre o fazemos com os nossos sentimentos
e sem ter o conhecimento de todo o contexto.


Nos falta compreender o que seja a transitoriedade da vida.


Por isso, na grande maioria das vezes erramos.


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Assim mesmo



Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas,
ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil,

as pessoas podem acusá-lo de interesseiro.
Mas, ainda assim, continue gentil.
Se você é um vencedor,

terá alguns falsos amigos e inimigos verdadeiros.
Mas, ainda assim, continue vencendo.
Se você é honesto e franco,

as pessoas podem enganá-lo.
Mas seja honesto e franco assim mesmo
Dê ao mundo o melhor de você,
mas isso pode ser o bastante.
Mesmo assim, dê o melhor de você.
Saiba que a prestação das contas

no final é entre você e Deus.




sábado, 6 de fevereiro de 2010

Amarras






Você já observou um elefante no circo?



Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunal. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira.



E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir. Por que o elefante não foge?



Porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.



Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar, e, apesar de todo o esforço, não pôde sair.



A estaca era muito pesada para ele.



E o elefantinho tentava, tentava e nada.



Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.



Então, aquele elefantinho tornou-se um elefante enorme que não se solta porque acredita que não pode.



Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum.



O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse. Isso muitas vezes acontece com as pessoas!



Vivem acreditando em um montão de coisas “que não podem ter”, “que não podem ser”, “que não vão conseguir”, simplesmente porque, quando eram crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouviram tantos “nãos” que “a corrente da estaca” ficou gravada na memória com tanta força que perderam a criatividade e aceitaram o “sempre foi assim”.



Poderíamos dizer que o “Algo fora do comum” para as pessoas poderia ser: a perda de um emprego, doença de alguém próximo sem que se tenha dinheiro para fazer o tratamento, ou seja, algo muito grave que as fizesse sair da zona de conforto.



No entanto, não é necessário, e nem a melhor solução, esperar que o circo pegue fogo para libertarmos o nosso verdadeiro potencial, pois a limitação só existe na mente…



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Cicatrizes



Há muito tempo atrás, existiu uma menina, muito linda, saudável e amável.


Mas a menina ficava constrangida sempre que a viam com a sua mãe.


A mãe da menina era cheia de cicatrizes no corpo e no rosto.


Mas as mãos da senhora eram ainda mais horrorosas.


Não entendia porque a mãe era assim, e se constrangia com a sua presença na escola ou em festinhas a qual era convidada.


Um dia, cansada de ser esculachada pelas colegas e ouvir comentários de pena dos professores, a menina chamou a mãe e perguntou:


– Mãe, não há nada que você possa fazer em relação ao seu corpo e suas mãos?


– Por que você não é igual a mãe das minhas colegas, que são lindas e possui mãos mais belas ainda?


A mãe olhou para a filha e respondeu:


– Há sete anos atrás, eu estava tomando banho e a minha empregada deixou uma vela acesa próximo da cortina. A cortina pegou fogo em contato com a vela.


Saí do banho e fiquei desesperada, próximo a cortina estava o seu berço minha filha. Desesperada e vendo o fogo se alastrar, puxei a cortina com as minhas mãos, e, sem querer a cortina se enrolou no meu corpo, com o fogo alto.


A empregada trouxe um balde de água, e foi por isso que me salvei a tempo.


Mas as cicatrizes se tornaram irreversíveis.


Mas não me arrependo, e a feiúra das minhas mãos foi um preço pequeno a pagar pela sua vida. A menina chorou e se abraçou a mãe, pedindo perdão.


Daquele momento em diante, nunca mais se envergonhou dela, e todos os dias repetia: obrigada. Agradeça sempre aos seus amigos e parentes por se preocuparem com você, e nunca se envergonhe das deficiências dos outros. Lembre-se, que por amor fazemos qualquer coisa, e que a beleza é algo secundário.




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Fluir



Esta palavra, em si, no seu bojo, contém um segredo...
Provavelmente, você, como eu, ficou muito tempo sem perceber que o melhor da vida é deixá-la FLUIR. É óbvio que fluir tem o significado de caminhar em estado líquido, porém, o que somos em verdade se nosso corpo físico é composto de 70% de líquido?
Deixemos isso de lado e fiquemos na essência, tentando assimilar que tudo acontece depois que fluímos em pensamentos e atitudes.
Na maioria das vezes, somos adestrados, em vez de sermos educados, a criar obstáculos em tudo que nos rodeia.
Precisamos nos proteger e sempre zelar pela segurança dos que nos rodeiam.
ERRADO!

Para se entender a vida é preciso que ela FLUA... Devemos dar asas à nossa imaginação. Permitir aos que nos cercam que também fluam e assim aprendam com seus erros e com os erros dos outros.
O grande problema é quando não recebemos educação e preparo para sermos nossos heróis em atos e ações, portanto, em aprendizado.
Devemos, sempre, permitirmos-nos sonhar com o próximo segundo, dia, ou próximos anos. Não importa o tempo. Importa o sonho e depois correr atrás dele de forma correta e determinada.
Correta é quando sei superar os meus obstáculos de maneira sábia, respeitando as regras da natureza em todo o meu caminhar.
Respeitar os seres humanos com os quais convivo, porque eles também sonham e invariavelmente desejam o que a gente quer:
SEREM RESPEITADOS.
De forma determinada para que saibamos superar os obstáculos que se apresentam na realização de cada objetivo. Um sonho só se torna objetivo quando tomamos a decisão de ir ao seu encontro.
Assim, a diferença entre um sonho e a realidade consiste apenas no momento em que eu decido FLUIR, caminhar e tomar atitudes.

Estacionar e pensar, meditar, é bom, recomendável em todos os sentidos, para que tenhamos equilíbrio, desde que o ato seguinte seja premiado com a bela decisão de implementar alguma coisa.
Jamais conseguiremos entender a vida se não a permitirmos FLUIR.
Portanto, eu mudei muito quando comecei a entender que eu sou o que construo em minha mente e depois FLUO com as atitudes corretas.
Não seria de todo ruim, portanto, compararmos a palavra FLUIR com o combustível que precisamos usar para sermos sábios. Também não custa lembrar que só é sábio aquele que aplica o seu conhecimento e, portanto, o faz fluir por meio de um ato ou uma palavra.

O que nos impede de Fluir é:
1. Fanatismo religioso.
2. Sermos adestrados e não educados.
3. Medo de seguir em frente.
4. Companhia de pessoas que nada agregam.
5. Tropeços ocorridos e mal-interpretados.
6. Conselhos recebidos (e inadequados).
7. Desconhecimento da importância de uma encarnação.

Você está estacionado ou fluindo com a sua vida?



terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Teimosia e fanatismo


É muito complicado querer entender quando uma pessoa se torna Fanática. Igualmente quando ela é um ser humano que se posiciona como um teimoso.
Uma coisa é certa, todo teimoso não é necessariamente um fanático, mas todo fanático sempre se torna um teimoso.
Sua verdade é a única que prevalece em qualquer discussão ou interpretação em cima de um fato. Portanto, um fanático é um teimoso, no mínimo, duplicado.
Já fui os dois.

Como teimoso, a minha verdade era a que deveria prevalecer, custasse o que custasse. Como fanático fiquei, como me referi acima, um teimoso piorado.
Em vez de me autopunir, agradeço por ter sido os dois, pois assim sei, por ter sentido na carne, o que não quero mais para mim.
Todo processo de entendimento possui dois caminhos:
O mais recomendado, e correto até, é conseguirmos interpretar nossa postura que está em desacordo com a lei de Causa e Efeito.
O outro caminho é nos colocarmos na posição de senhores absolutos da verdade, mesmo que isso signifique péssimas colheitas futuras em termos de satisfações e controle emocional.

Na realidade, um grande prejuízo e até atraso mesmo, que pode acontecer para um ser humano, é o fanatismo e achar que a nossa verdade é a única que pode prevalecer em qualquer circunstância, discussão ou postura. Falhar faz parte do aprendizado de como não se quer ser. Errar é continuar repetindo a falha de forma cega e ignorante.
Sorte minha que a teimosia e o fanatismo tiveram tempo curto em minha vida. Nenhum deles demorou muito para ser eliminado de meu atual estágio terreno.
É óbvio que tive ajuda externa, aconselhamentos e muita meditação e mantras, para poder entender algumas colheitas que acabei realizando, por conta de minha postura teimosa, fanática e inadequada.

Cada ser humano possui a sua verdade. Ela é fruto do quanto cada um já evoluiu e do quanto a essência já viveu em acúmulo de experiências vivenciadas, vida após vida. Por isso que o importante não é o que sabemos, mas sim o que fazemos com o que sabemos. Ainda mais, com que velocidade eu aplico o que sei. A maneira como me relaciono com o exterior determina o que vou colher logo em seguida.
Na realidade, pensando bem no que fui, o pior foi o período do fanatismo, porque ele me impedia de ver o que as outras pessoas mais evoluídas já conseguiam enxergar. Porque, em verdade a minha teimosia parava no exato momento em que a burrice se fazia presente. Todo fanático é um ignorante que se acha inteligente, e aí encontramos o protótipo de um fanático hiper teimoso.
Percebi, quando estudei o assunto, pela origem latina da palavra fanaticus, que vem de fanus (templo, lugar consagrado) e este apelido era dado àquele que era possuído pelo deus.

Assim, o fanatismo se encontra em todo indivíduo que tem uma cega obediência a uma idéia. Muitas religiões são mestres em conseguir isso de seus seguidores.
É preciso muita meditação para encontrar o dragão que existe dentro de nós e, desta forma, fazermos com que ele viva em sua plenitude, em nosso ser. Sem ele desperto, somos um pouco mais do que nada. Seguimos qualquer coisa que possa nos dar serenidade em um momento de adversidade e depois deixamos de saber o que realmente somos. Viramos um robô...
Provavelmente, o caminho mais curto, para abandonarmos fanatismo e teimosia, é nos desfazermos das bengalas encontradas em algumas religiões e, assim, conseguirmos caminhar com as nossas próprias pernas; lúcidos e sem fazermos aos outros o que não queremos que façam conosco.
O processo de se entender o que acontece é até simples de aplicar. O difícil é mandar embora hábitos e vícios... O ser humano não precisa de religião. Precisa de FILOSOFIA DE VIDA e saber que ele é hoje o que decidiu ser ontem.



Saul Brandalise Jr.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Desistências






Há uma diferença muito grande entre falhas e erros.
O mesmo acontece entre fracassos e desistências.
Porém, nada é tão torturante de se sentir quanto o remorso, o arrependimento e a dor do que não se fez. A oportunidade perdida... não encarada, não aproveitada e não desafiada.
Falhar por não fazer significa apenas insegurança.
Errar por não fazer significa pavor, medo e adestramento (o contrário de recebermos educação).

A DIFERENÇA ENTRE FALHA E ERRO É QUE A PRIMEIRA ACONTECE POR DESCONHECIMENTO, PORTANTO, FALHAMOS.
ERRO É A FALHA REPETIDA.
Somando, multiplicando e exponencializando, poderíamos chamar tudo isso de fracassos e desistências, antes mesmo de tentarmos.
Repetindo, para ficar muito claro, uma falha nada mais é do que um acidente de percurso. Desatenção mesmo.
Um erro se caracteriza pelo desleixo de falha repetida.
Poucas pessoas se dão conta de que a vida é uma constante superação de obstáculos e uma imensidão de desafios. Não podemos desistir de forma antecipada. Uma vida precisa ser bem aproveitada, afinal, o momento que vivemos não é por mero acaso que se chama PRESENTE.
Sim, um presente, para que possamos aproveitar as adversidades e com elas aprender e evoluir. Assim nos tornarmos mais sábios e fortes. Os problemas existem para que possamos aprender com eles, em vez de nos posicionarmos como vítimas.

Dias atrás, meu neto ficou emburrado... demorou para tomar uma decisão, fez manha e assim se autoprejudicou em uma decisão que sua mãe havia tomado. Foi para um canto, sentou-se no chão e soltou o beiço, como se diz na gíria, e ficou choramingando...
Esperei alguns minutos e fui até ele. Pacientemente trouxe-o para a sala.
Coloquei-o sentado à minha frente, procurei ficar na sua altura, de tal forma que os meus olhos ficassem exatamente um pouco abaixo dos dele enquanto me olhava e falei:
Sabe Samuel, a vida é uma constante superação e tudo é uma dificuldade a ser vencida. Se cada vez que você ficar contrariado, em sua existência, você for para um canto e tiver postura de emburrado, sabe o que vai acontecer?
Sabiamente ele respondeu: NADA.
Pois é, continuei, você precisa estar preparado para cada obstáculo que vier e não se entregar aos lamentos, emburramentos e choros. Cada problema é um desafio para ver se você já consegue ser mais forte. Quando você ficar mais velho, seus problemas serão maiores e se você não estiver preparado, sua companheira de lamentos vai ser alguma droga. Com ela a sensação de se tornar herói existe, mas é pura ilusão. Quando a realidade chega... aí a vida é que fica uma droga.
- Credo Vovô, isso eu não quero para mim...
Então comece por não ficar emburrado e enfrente a vida de maneira heróica... Desistir de lutar, ir para um canto, chorar e lamentar é um ato de covardia. Ninguém fica forte pela desistência. Muito pelo contrário. Desistir é próprio de quem é um derrotado por excelência.

Encerrei o diálogo com meu neto porque a mensagem havia sido passada.
A desistência é prima irmã do lamento. Tudo o que atrai energia negativa deve ser combatido em nossos pensamentos e atitudes.
Pergunto: e a chance de recomeçar para quem desistiu antes de começar? ... Onde fica?

Não fica. Desistir de começar por imaginar problemas é tão ruim quanto o beijo ou abraço não dado, perdido por falta de atitude.
Devemos e poderemos nos arrepender do que já fizemos, mas nunca do que não realizamos. Este é o pior arrependimento, você não acha?
A vida é um presente... desfrutemo-a, portanto, com sabedoria.

Saul Brandalise Jr.