sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sensibilidade





É do ser humano, não tem jeito.
Temos medo .
São tantos tipos, alguns comum a todos, outros específicos de cada pessoa, de acordo com sua história, de seus traumas , de sua infância, ausências de pai, de mãe, conseqüência de vacilo deles, é certo.
Mas ninguém fez faculdade de pai. .
Ninguém fez pós graduação pra ser MÃE.
Os caras botam agente no mundo e isso é coisa pra caramba .
Eles nos deram a vida .
Quer maior demonstração de amor ?
Quantas coisas um pai e uma mãe abrem mão pra nos criar?
Bom, tudo bem, tem aqueles que não criam, ou criam de qualquer jeito, mas mesmo assim, de alguma coisa eles tiveram que abrir mão em suas próprias vidas, e só por isso devia ser fato mais do que suficiente pra sentirmos amor, ou no mínimo gratidão.
Então voltemos ao medo.
Medo de passar fome, medo de ficar doente e não ter quem cuidar da gente, medo de ser traído, medo de ficar sozinho, medo da desonra medo de não ter amigos, medo de morrer.
Poderia ficar enumerando até amanhã todos os medos que o ser humano é capaz de sentir .
Mas resolvi falar do meu .
O medo de perder a SENSIBILIDADE.
Fiquei pensando naquilo que mais precioso eu tinha, e por conseqüência o que mais tinha medo de perder.
Houve épocas que as porradas foram tantas e num espaço tão pequeno de tempo que olhava pra cima e dizia :
“Vai devagar aí Deus, só porque eu sou forte o Senhor resolveu baixar o couro ?
Daqui a pouco eu vou ficar imune e não vou sentir mais nada ...
Sensibilidade....Todo mundo tem.
Mas alguns estão tão distraídos, com coisas tão bestiais, que a esquecem lá no fundo daquela gaveta, trancam e perdem a chave .

Tem gente que resolve arrombar a gaveta em algum momento da vida .
Mas a maioria tem medo.
Como é dolorido , mexer em certas coisas..
Deixa lá.
Mas o problema é que agente sabe que tá lá, que aquela gaveta existe .
E aquela coisa incomoda....
Arrombo a gaveta ?
Não vai dar ...
Acho que não dou conta .
Vamos tocando a vida .. Do jeito que der .
Tem tantas coisas pra fazer ... Tantas coisas pra me ocupar.
Criatividade pra ocupar as 24 horas do meu dia ?
Isso não me falta. Depressão ?
Depressão coisa nenhuma .
Nem tenho tempo pra isso.
No máximo uma depressinha.
Mas às vezes vem aquele incômodo .
Um mal estar .
Uma insatisfação.
Uma raiva.
Uma agressividade .
Um troço sem pé nem cabeça .
Aí você lembra : É a merda daquela gaveta !
Por isso é que eu tenho tanto medo de perder a sensibilidade.
Perder a sensibilidade é o começo do fim.
É o fim da compaixão por aqueles que não tem coragem de arrombar a gaveta .
Todo ataque de raiva, ou ofensas, tentativas de botar os outros pra baixo, esconde uma grande frustração, uma grande tristeza de alguém sem coragem .
E que a minha sensibilidade, possa permitir que antes de responder as ofensas, lembre daquela criança com medo. Medo de arrombar a gaveta.



terça-feira, 3 de maio de 2011

Acredite



Leia esta mensagem

ao som de Sonhos de Deus,

clicando abaixo:





Nossos sonhos são o óleo que faz com que a engrenagem da nossa vida funcione.

Sonhando, corremos o risco de cair do alto um dia; sem sonhos, nunca chegaremos a subir a lugar nenhum.

Quem não sonha, não vive; quem não sonha, perde toda a esperança de ver qualquer futuro para si mesmo; quem não sonha, morre antecipadamente, morre em vida.

Quem não sonha, não gosta de pôr-do-sol, não toma tempo para olhar as estrelas, deprime e não vê as inúmeras possibilidades que a vida nos oferece para que sejamos felizes.

Melhor pensar que vai ser melhor amanhã do que ficar remoendo as dores presentes; melhor acreditar que o mundo pode ser justo e bom, que ainda existe gente boa e feliz, do que ficar vendo coisas negativas em toda a parte.

Acreditar no amor, não é um sonho. É acreditar em algo possível. Porque o amor nunca é um sonho, mesmo se nos faz sonhar; o amor é algo palpável e que dá sentido à nossa vida.

Sonhar que podemos ter uma vida diferente no futuro é apenas o primeiro passo na direção desse mesmo sonho.

Enquanto o vemos, vamos atrás dele e tudo fica infinitamente mais leve e mais fácil no presente; as cargas tornam-se menos pesadas, pois temos nossas mentes voltadas para algo mais bonito e não ficamos sentindo pena de nós mesmos. E sabemos que muito pior que sentir pena dos outros, é sentir pena de si mesmo.

Foram grandes sonhadores, idealistas, que mudaram a face do mundo. É preciso que pessoas assim continuem a existir. Podemos não ser grandes revolucionários no mundo, mas podemos tentar ser os revolucionários da nossa própria vida. Cabe a nós fazer alguma coisa. Só a nós!

Quem sonha, mantém a vida em movimento, num eterno passo na direção que nos aponta nosso grande Criador.

Quem sonha voa, corre, experimenta a vida, faz todas as coisas tornarem-se possíveis; nos sonhos pode-se ser rainha, rei, cinderela, rico, feliz ou simplesmente amado de amor infinito. É uma experiência enriquecedora.

Então, escolha você mesmo o que você quer ser.

E depois, acredite firme nisso...


Letícia Thompson


domingo, 1 de maio de 2011

O sussuro de Deus


Conta-se que um amigo levou um índio para passear no centro de São Paulo. Seus olhos não conseguiam acreditar na altura dos edifícios e ele mal conseguia acompanhar o ritmo frenético das pessoas indo e vindo. Espantava-se com o barulho ensurdecedor das sirenes, dos automóveis, as pessoas falando em voz alta. De repente o índio falou:



- Ouço um grilo...



O amigo espantado retrucou:



- Impossível ouvir um inseto tão pequeno nessa confusão!



O índio insistiu que ouvia o cantar de um grilo. Tomando o seu cicerone pela mão, levou-o até um canteiro de plantas. Afastando as folhas, apontou para o pequeno inseto.



- Como?



- Perguntou o amigo, ainda sem crer.



O índio pediu-lhe algumas moedas, e então as jogou na calçada. Quando elas caíram e se ouviu o tilintar do metal, muita gente se voltou:



- Escutei o grilo porque o meu ouvido está acostumado com este tipo de barulho. As pessoas aqui ouvem o dinheiro caindo no chão porque foram condicionados a reagirem a esse tipo de estímulo. Depois arrematou:



- A gente ouve o que está acostumado ou treinado a ouvir.



Vivemos em um mundo materialista. A vida nos impõe que sejamos muitas vezes duros. Acabamos nos tornando céticos. A voz de Deus não é ouvida senão por aqueles que tem o ouvido sensível. Muitas vezes a correria da vida e as agitações da nossa alma inquieta não nos permitem perceber o Divino. Treinamos os nossos sentidos para reagir apenas aos impulsos da sobrevivência, mas há realidades que só se percebem com o espírito. Aqueles que aquietam o coração e se deixam tocar pelo Eterno, escutam o sussurro de DEUS.