sexta-feira, 30 de abril de 2010

Viver com desprendimento


Conta-se que Diógenes destacou-se entre os sábios gregos e chegou a ser professor de Alexandre da Macedônia.

Um dia, começou a questionar os costumes do seu tempo e a necessidade dos bens materiais.

Resolveu adotar uma vida totalmente desprendida e ficou morando dentro de uma barrica, tendo para seu uso pessoal somente uma cuia com água.

Depois de algum tempo descobriu que nem mesmo da cuia ele precisava, pois, usando suas duas mãos, poderia pegar água para beber ou para limpar-se. Jogou a cuia fora.

Quando Alexandre invadiu a Grécia, fez questão de visitar aquele seu antigo professor.

Encontrou-o sob o sol, junto à barrica, entregue aos próprios pensamentos, e lhe disse: Você já deve saber que conquistei a Grécia e que todas estas terras agora fazem parte do meu império. Como você foi meu professor e sempre o admirei, quero recompensá-lo de alguma forma. Diga-me: O que você deseja?

Houve um momento de silêncio. Alexandre e todos os integrantes de sua escolta aguardavam com curiosidade a resposta do filósofo.

Posso pedir mesmo? - disse Diógenes.

Sim, peça.

O que desejo é que você saia da frente do sol, pois está impedindo que seus raios quentes toquem o meu corpo.

Alexandre não respondeu. Apenas saiu da frente do sol e, naquele pequeno gesto, tentou compreender a filosofia de vida do seu antigo mestre.

Olhou mais uma vez para Diógenes em sua barrica, olhou para seus soldados, tomou as rédeas do seu cavalo e seguiu seu caminho, rumo à conquista da Ásia.

* * *

Incontestavelmente, o desprendimento dos bens terrenos é uma necessidade lógica.

É verdade que ninguém precisa desprezar os bens que conquistou com o próprio esforço, pois esses constituem legítima propriedade.

No entanto, é preciso treinar o desprendimento desses bens que um dia ficarão sob o pó da terra.

Além disso, há grande diferença entre possuir bens materiais e se deixar possuir por eles.

Conforme afirmou um grande pensador: O tesouro do sábio é a sua mente, e o do tolo, são seus bens.

Sim, porque o verdadeiro tesouro é aquele que podemos levar conosco para onde formos. Inclusive na viagem de volta ao mundo espiritual.

Assim, os bens materiais e todos os recursos que estão em nossas mãos, sob nossa administração temporária, devem servir para fomentar o nosso progresso e também o daqueles que convivem conosco, parentes ou não.

Quando as riquezas terrenas geram salário, saúde, educação e oportunidades dignas para o ser humano, são geradoras de tesouros nos céus, e garantem o bem estar do Espírito imortal que delas fez bom uso.

Mas, quando as riquezas servem apenas para deleite daquele que as detém, geram infelicidade e desgosto no além-túmulo.

* * *

O homem moderno, levado pela sede de conquistar mais e mais, esquece-se de si mesmo.

Conquista o Sistema Solar, mas perde a paz.

Descobre o mecanismo da vida e despreza a própria existência.

Realiza incursões vitoriosas nas partículas que compõem o átomo, mas desagrega-se interiormente.

Sonha com o amor, e se entorpece nas paixões infelizes.

Aspira à felicidade, mas se intoxica nos gozos brutalizantes.

Importantes, sim, as conquistas intelectuais que geram o progresso e o bem-estar da Humanidade...

No entanto, é imprescindível cultivar o solo dos corações, onde as flores das virtudes possam germinar e crescer, gerando felicidade e paz verdadeiras.






quinta-feira, 29 de abril de 2010

Solidão







"Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca." Salmos 68:6


Por que há tanta gente solitária nos nossos dias?


Por que tantas pessoas vivem cercadas de outras pessoas, mas são tão solitárias?


O que fazer quando o desespero da solidão nos alcança?


A solidão é uma das maiores fontes de sofrimento nos nossos dias.


É de senso comum de muitos terapeutas que esse distúrbio provoca não somente inúmeras enfermidades psicossomáticas - dores de cabeça, de estômago, entre outras, mas também ansiedades de natureza agressiva que podem levar o indivíduo à ingestão exagerada de álcool e de drogas como a cocaína e a maconha.


Uma das causas da solidão é a competitividade imposta pela estrutura da sociedade na qual vivemos.


Em diferentes graus de exigência e em diferentes contextos da vida humana, crianças, adolescentes, adultos e idosos enfrentam o desafio da competição nos relacionamentos.


Muitas pessoas vivem em famílias, igrejas e demais ambientes sociais pautados na convicção de que a amizade, o amor e o cuidado uns para com os outros são valores ideais para uma vida boa e agradável. Entretanto, essas pessoas não conseguem vivenciar esses atributos comunitariamente, não sabem como se relacionar e nem como amar o outro, porque a cultura na qual foram formadas não incorporou esses ideais de vida como relevantes e necessários. Por isso, mesmo em contextos sociais, religiosos, educacionais, etc. propícios para o exercício da interatividade social é possível encontrar pessoas profundamente solitárias, enclausuradas em si mesmas.


A raiz da solidão é muita profunda e não pode ser resolvida com palestras de motivação, imagens de propagandas, mostrando pessoas alegres em torno de uma garrafa de cerveja ou de posse se um carro novo. Apesar desses tipos de motivações apontarem para uma vida bem sucedida e, portanto, sem solidão, elas acabam passando a ideia de que a cura da solidão e a conquista da felicidade dependem da capacidade de consumo das pessoas.


Muitos também acham que o casamento, as amizades, o convívio numa igreja seriam a solução para a nossa solidão. Infelizmente, às vezes, a ilusão tem mais força do que a realidade. Há pessoas que estão ocupando esses espaços, mas estão vivendo solitariamente. Vivem a procura de um encontro, de um abraço, de um ombro e de uma conversa amiga. Vivem o desejo de serem aceitas e acolhidas por alguém. Quantas pessoas são casadas, dormem na mesma cama com outra pessoa, mas vivem na mais absoluta solidão? Certamente são muitas.


As questões relativas à solidão são difíceis de serem diagnosticadas e explicadas, porque elas estão relacionadas a feridas do coração humano, com as mais diversas patologias psíquicas e emocionais. Todavia, segundo a Palavra de Deus, em Cristo encontramos a cura para as feridas mais profundas da alma.


A solidão pode ser erradicada da nossa vida interior quando houver uma conversão verdadeira em duas direções: a conversão a Deus, e a conversão ao próximo.


A cura da solidão não se dá na tentativa de fugir, de esquecer ou de evitá-la. Para romper essa barreira, é necessário a coragem oriunda da fé dada por Deus. Essa disponibilidade interior não nos livra da solidão de modo imediato: primeiro, ela nos conduz ao deserto do nosso próprio isolamento e, então, descobrirmos a possibilidade de através da nossa conversão a Cristo, nos voltarmos para Deus e para os outros e, assim, começarmos a construir no deserto da solidão da nossa vida um verdadeiro oásis.


Jesus nos ensina que a forma de acabar com a solidão é amar a Deus acima de todas as coisas e, como conseqüência, amar ao próximo - Lucas 10.27. Muitos têm dificuldade de acreditar que da sequidão do deserto em que vivem podem brotar grandes variedades de flores e da feiúra da solidão que sentem podem gerar muita beleza.


Jesus demonstra e nos oferece essa possibilidade ao dizer: "..se o grão de trigo não morrer fica só" João 12.24.

Na morte solitária de Cristo na cruz abriu-se a possibilidade de vivermos em comunhão uns com os outros, portanto sem solidão.



segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ser transparente


Difícil ser transparente?
Às vezes, fico me perguntando, porque é tão difícil ser transparente?
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero,
não enganar os outros.
Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde!
Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco.
Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...
Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas à simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção...
E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos.
Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não contaminado.
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar, doçura, compaixão... a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos... daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: você está me machucando... pode parar, por favor?.
Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro.
Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor...
Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura!

Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível.
Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto, que consigamos docemente viver... sentir, amar...
E que você seja não só razão, mas também coração, não só um escudo, mas também sentimento.
Seja transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Aniversário da mamãe






Esta música, aqui na voz do Pe. Fábio de Mello,


é a predileta da mamãe.


Com ela faço uma homenagem


neste dia tão especial


23 de abril - Aniversário Da. Constança

Querida mamãe, hoje eu quero festejar com a senhora,



este dia tão esperado por todos nós.

Quero que a senhora saiba do meu carinho,



da minha admiração e do meu respeito.



Tudo o que sou como pessoa do bem



foi através de seu aprendizado de amor.




Quero que minhas orações cheguem



até o Pai Todo Poderoso, e



pedir a Ele que abra janelas e portas do céu



e derrame em sua



direção, saúde, paz, amor.

Quero sempre sentir no seu olhar de mãe,



toda ternura que uma filha precisa



para vencer os obstáculos do caminho.



Quero segurar em suas mãos e encontrar no seu peito



todo amor que preciso.

Parabéns mãe, estou muito feliz pela senhora



ter conquistado mais um ano.



Estou muito feliz, em saber que a senhora



tem por mim um amor e um carinho especial.

Desejar muito mais tempo conosco,



é o que posso querer, e espero que



Deus ouça minhas orações



e te dê toda a força do mundo



para a senhora estar sempre forte.

Feliz aniversário mãe,



saiba que aqui dentro de mim,



tem um coração cheio de amor



para te oferecer a todo momento.

Feliz aniversário.

Que Deus te reserve motivos



para sorrir nesta data



tão cheia de vida.

Parabéns

Te Amo





quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ajudando o inimigo



"Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber; Porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça; e o SENHOR to retribuirá." Provérbios 25:22,22


O soldado japonês típico da Segunda Guerra Mundial é lembrado por sua cruel insensibilidade para com o sofrimento humano.


Como ex-prisioneiro, sei disso. Cheguei a compreender, entretanto, que esses homens foram vítimas do sistema satânico sob o qual serviam, pois eram tão indiferentes ao sofrimento de seus próprios feridos como o eram para com o dos inimigos.


Apesar dessa realidade, nem todos os soldados japoneses eram insensíveis.


Recordo bem de uma vez em que, tarde da noite, um de nossos guardas foi na ponta dos pés até nossas barracas e cuidadosamente cobriu os presos que se haviam descoberto durante o sono.


Também fiquei sabendo que o Tenente Tomibe Rokuro, que foi nosso comandante por algum tempo, chorou quando viu como a Kempeitai (polícia secreta) havia torturado alguns de nossos homens.


Houve também exemplos de compaixão revelados pelos aliados.


Na Tailândia, onde minha esposa e eu trabalhamos como voluntários de 1990 a 1992, soubemos de um trem cheio de soldados britânicos que durante a Segunda Guerra foi desviado para outra linha férrea para uma espera demorada. Os britânicos ouviram os gemidos de japoneses feridos em um trem próximo. Alguns foram investigar e viram aqueles pobres homens num estado chocante de abandono. Sem dizer palavra, e sob protestos da guarda japonesa, os britânicos repartiram sua ração e a água, limparam e fizeram curativos nos ferimentos dos japoneses da melhor forma que puderam. Ao saírem, ouviram os agradecidos soldados inimigos dizendo: "Arigato" (muito obrigado).


Um oficial aliado que havia observado a cena criticou os bons samaritanos por terem "prestado ajuda e dado consolo ao inimigo". Fizeram-no recordar, entretanto, que o Bom Samaritano original ajudara um inimigo (João 4:9; Lucas 10:33) e, assim, por que não poderiam eles fazer a mesma coisa?


E nós o que temos feitos com nosso inimigos?


Por pior que eles sejam, devemos orar por eles para que Deus lhes dê saúde e possam contemplar nossa vi


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Deus te abençoe meu filho


Houve tempos em que era comum o gesto. A vida moderna, o abandono de Deus pelas criaturas, o fez quase desaparecer.

Raro é o lar onde ainda se manifesta. Em lugares ermos, onde a simplicidade da vida se consorcia com a fé, ainda persiste.

Falamos do que era costume de inúmeras famílias.

Quando as crianças levantavam, pela manhã; quando se preparavam para dormir; quando cumprimentavam as visitas, uniam as mãos e as estendiam em direção dos pais, avós, tios, padrinhos, pedindo:

A bênção, pai!

A bênção, vó!

A bênção, madrinha!

E esses, com suas mãos envolviam as infantis e desejavam:

Deus te abençoe, meu filho!

Naturalmente que, pelo hábito, o gesto passou a ser quase mecânico.

Isto é, muitas vezes era repetido somente por ser tradição, sem envolvimento emocional algum.

De toda forma, a simples menção do nome de Deus, na frase, com emissão de bênçãos, tinha seu valor.

Era o momento em que o pequeno, chutando bola ou brincando na terra, corria ao encontro do recém-chegado para dizer, quase sem fôlego:

A bênção, tio!

E receber o carinho das mãos gigantes, em torno das suas.

Podemos imaginar o efeito quando o adulto, cheio de saudades, de amor, dizia com toda unção:

Deus te abençoe, meu filho!

Como faz falta Deus em nossos lares e em nossas vidas.

Quantos distúrbios, desentendimentos, rusgas poderiam ser amainadas. Ou evitadas.

Quanta inquietação infantil, manhas e teimosias poderiam ser diluídas, com a formalidade de bênçãos aos filhos.

Isso porque a palavra carrega as vibrações de quem as pronuncia. Essas vibrações envolvem o ser a quem são dirigidas.

Podemos imaginar-nos, pais amorosos, dizendo ao filho: Deus te abençoe, o quanto de bênçãos a ele endereçamos.

Podemos cogitar de que, tantas vezes pronunciado o desejo, o mantemos envolvido em um halo de reconforto.

As bênçãos de Deus.

Tão esquecidas e tão ao nosso alcance.

* * *

Você, pai ou mãe, avô ou avó, tio ou tia, padrinho ou madrinha, que ama esse pequeno ser que viu nascer, que observa crescer, que o deseja feliz e triunfante, pense nisso!

Pense nisso e comece a utilizar o Deus te abençoe,

Deus te guarde,

Deus te proteja, muitas vezes.

Constatará, após um tempo, os benefícios alcançados, que se traduzirão em menos rebeldias e teimosias; menos explosões de raiva e egoísmo; mais aconchego...

Tente e constatará porque as bênçãos de Deus são vibrações inigualáveis.

Como o sol que espanta o frio e ilumina o Mundo, elas aquecerão o coração da sua criança, o seu também e todos seremos muito mais felizes.

Com as bênçãos de Deus.



domingo, 18 de abril de 2010

Porque ir a Igreja


"Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Mateus 4:4


Um freqüentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir à Igreja todos os domingos.




"Eu tenho ido à Igreja por 30 anos", ele escreveu, "e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões. Mas por minha vida, eu não consigo lembrar nenhum sequer deles. Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os Padres e Pastores estão desperdiçando o tempo deles pregando sermões!"

Esta carta iniciou uma grande controvérsia na coluna "Cartas ao Editor", para prazer do Editor Chefe do jornal.




Isto foi por semanas, recebendo e publicando cartas no assunto, até que alguém escreveu este argumento:




"Eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições, mas, por minha vida, eu não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma destas 32.000 refeições. Mas de uma coisa eu sei, todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado estas refeições, eu estaria hoje fisicamente morto. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja para alimentar minha fome espiritual, eu estaria hoje morto espiritualmente."




Quando a gente está resumido a NADA.... DEUS está POR CIMA DE TUDO!




A fé vê o invisível, acredita no inacreditável, e recebe o impossível!




Graças a Deus por nossa nutrição física e espiritual!





sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quando dói o coração


Quando dói o coração, todo o corpo dói.

Por que permitimos que as pessoas entrem assim tão dentro da gente a ponto de sairem carregando um pedaço de nós quando partem? Por que nos damos tanto, nos entregamos tanto, nos deixamos tanto em mãos não tão cuidadosas dos nossos sentimentos?

Deveríamos aprender a ficar na margem, olhando de longe a paisagem calma e nos satisfazer dessa visão, como quem se fascina com uma miragem. Mas não nos satisfaz olhar. Humanos que somos, precisamos absolutamente sentir, ao risco de nos afogar... e mergulhamos inteiramente.

E, vida afora, vamos mergulhando em promessas de amor eterno, felicidade infinita e mar de rosas. Não nos questionamos sobre probabilidades de perdas e decepções, pois só de pensar já é doloroso.

Dói... dói... dói e dói!... Mas isso não vai nos impedir de continuar, não vai nos impedir de viver. Pedaços de nós são ainda partes de nós e ninguém disse que precisamos chegar à velhice inteiros e sem marcas.

Isso é vida!!! Não desistir, manter-se de pé, doendo, mas de pé, cabeça erguida na direção do desconhecido e peito cheio de esperança que a próxima vez será diferente.

Grandes artistas obtiveram o melhor das suas obras nos grandes momentos de aflição e dor. Faça o mesmo: Mostre o que de grande há em você tirando partido das suas decepções!

Construa-se!!!

Tenha em mente que não é você que não foi digno daquele amor, mas aquele amor que não foi digno de você. E se faz parte da vida caminhar entre flores e espinhos, não se esquive do caminho.

Caminhe!!!

Amanhã talvez seja diferente. E talvez não. Mas entre as subidas e descidas, você vai ter sobrevivido. E vai ter, sobre tudo, vivido.



Letícia Thompson



quinta-feira, 15 de abril de 2010

Perder para ganhar


"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." Mateus 6:19,20,21




Um dia um homem já de certa idade abordou um ônibus.


Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado de fora.


A porta se fechou e o ônibus saiu, então ficou incapaz de recuperá-lo.


O homem tranqüilamente retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela.


Um rapaz no ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou:


- Notei o que o senhor fez. Por que jogou fora seu outro sapato?


O homem prontamente respondeu:


- De forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los. Provavelmente apenas alguém necessitado dará importância à um sapato usado encontrada na rua. E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.


O homem mostrou ao jovem que não vale à pena agarrar-se a algo simplesmente por possuí-lo e nem porque você não deseja que outro o tenha.


Perdemos coisas o tempo todo.


A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam ocorrer em nossa vida.


Como o homem da história, nós temos que aprender a desprender.


Talvez isto tenha acontecido para iniciar uma série de outros acontecimentos bem melhores para o homem do que aquele par de sapatos.


Talvez a procura por outro par de sapatos tenha levado o homem a um grande benfeitor.


Talvez uma nova e forte amizade com o rapaz no ônibus.


Talvez aquele rapaz precisasse presenciar aquele acontecimento para adotar uma ação semelhante.


Talvez a pessoa que encontrou os sapatos tenha, à partir daí, a única forma de proteger os pés.


Seja qual for a razão, não podemos evitar de perder coisas.


O homem sabia disto.


Um de seus sapatos tinha saído de seu alcance.


O sapato restante não mais lhe ajudaria, mas seria um ótimo presente para uma pessoa desabrigada, precisando de proteção do chão.


Acumular posses não nos faz melhores e nem faz o mundo melhor.


Todos nós temos que decidir constantemente se algumas coisas devem manter seu curso em nossa vida ou se estariam melhor com outros.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Deus no comando


"Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança." Mateus 8:26


Em um navio, em meio a tempestade num mar revolto, uma garotinha chamou atenção de uma senhora.


Em quanto todos estavam preocupado com a possibilidade de o navio afundar, aquela menina aproveitava o balanço do navio e brincava numa cadeira de balanço, despreocupada.


Não entendendo a tamanha tranquilidade, uma senhora se aproximou da menina e e perguntou-lhe:


Você não tem medo que o navio afunde?


A menina respondeu que não, e continuou a brincar.


A senhora ficou inquieta com aquela atitude de tranquilidade da menina.


Não resistindo a tamanha curiosidade, a mulher torna a perguntar:


Por que enquanto todos correm de um lado para outro, possuído de medo e pavor por causa da tempestade que assola o navio, você brinca despreocupada? Qual a razão da sua tranquilidade?


Ela respondeu:


Minha senhora, quem está no comando deste navio é o meu pai, eu o conheço e sei que este navio não vai afundar...


LEMBRE-SE: ENQUANTO DEUS ESTIVER NO COMANDO, O NAVIO NÃO AFUNDA. DEUS É CONTIGO



terça-feira, 13 de abril de 2010

Você ficaria de pé?






"Mas qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus" Mateus 10:33


Esta é uma história verdadeira que aconteceu faz alguns anos, na Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.


Havia um professor de filosofia que era um ateu convicto.


Sempre sua meta principal era tomar um semestre inteiro para provar que DEUS não existe.


Os estudantes sempre tinham medo de argüi-lo por causa da sua lógica impecável.


Por 20 anos ensinou e mostrou que jamais haveria alguém que ousasse contrariá-lo, embora, às vezes surgisse alguém que o tentasse, mas nunca o venciam.


No final de todo semestre, no último dia, fazia a mesma pergunta à sua classe de 300 alunos:


-Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!


Em 20 anos ninguém ousou levantar-se. Sabiam o que o professor faria em seguida diria:


-Porque qualquer um que acredita em Deus é um tolo! Se Deus existe impediria que este giz caísse ao chão e se quebrasse.


Esta simples questão provaria que Ele existe, mas, não pode fazer isso!


E todos os anos soltava o giz, que caia ao chão partindo-se em pedaços.


E todos os estudantes apenas ficavam quietos, vendo a "DEMONSTRAÇÃO".


A maioria dos alunos pensava que Deus poderia não existir.


Certamente, havia alguns cristãos, mas, todos tiveram muito medo de ficar de pé.


Bem... Há alguns anos chegou a vez de um jovem cristão que tinha ouvido sobre a fama daquele professor.


O jovem estava com medo, mas, por 3 meses daquele semestre orou todas as manhãs, pedindo que tivesse coragem de se levantar, não importando o que o professor dissesse ou o que a classe pensasse.

Nada do que dissessem abalaria sua fé... Ao menos era seu desejo.


Finalmente o dia chegou. O professor disse:


-Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!


O professor e os 300 alunos viram, atônitos, o rapaz levantar-se no fundo da sala.


O professor gritou:


-Você é um TOLO! Se Deus existe impedirá que este giz caia ao chão e se quebre!


E começou a erguer o braço, quando o giz escorregou entre seus dedos, deslizou pela camisa, por uma das pernas da calça, correu sobre o sapato e ao tocar no chão simplesmente rolou, sem se quebrar.


O queixo do professor caiu enquanto seu olhar, assustado, seguia o giz.


Quando o giz parou de rolar levantou a cabeça... Encarou o jovem e...Saiu apressadamente da sala. O rapaz caminhou firmemente para frente de seus colegas e, por meia hora, compartilhou sua fé em Jesus.


Os 300 estudantes ouviram, silenciosamente, sobre o amor de Deus por todos e sobre Seu poder através de Jesus.


EU ESTOU DE PÉ! Alguém me acompanha?



domingo, 11 de abril de 2010

Os desafios do Mar






A construção de um navio parece com a formação das pessoas. Durante a gestação, o casco é construído até que é lançado ao mar: A Maior parte de um navio é colocada depois , como acontece com a gente.
Camarotes, porões, motores, guindastes, pinturas, enfeites, são acrescentados durante a infância e a adolescência, até o navio ficar pronto para a primeira viajem. Um navio fica pronto quando sai do estaleiro, mas com a gente é diferente e este é o desafio de cada um – pois crescemos todo dia e nunca ficamos prontos Apesar disso é preciso partir... mas nem todos tem coragem de ir e continuam atracados aos cais julgando-se incapazes de navegar sozinhos.
Alguns mal o dia amanhece, já partiram. Parecem muito ocupados e logo somem no horizonte. Desde cedo sabem o que querem e têm pressa de viver.
Outros navios também saem logo que podem, mas ficam dando voltas e mais voltas sem-chegar a lugar algum e acabam navegando só para comprar mais combustível todo dia e, o que ganham , mal dá para reformar o casco....
Os maiores desperdiçadores de seus próprios recursos são aqueles que não sabem o que querem ...e o pior é que quando a gente não sabe direito o que espera do rumo que está tomando ou nem se tem um rumo , não pode corrigir a rota se estiver no caminho errado...
Nós somos os maiores responsáveis pelas tempestades que não conseguimos evitar.
Já outras pessoas deixam de navegar milhares de milhas para se conformarem com umas poucas centenas , porque têm medo de atrair ventos contrários ou então querem agradar ou impressionar alguém ..
Ninguém nos conhece melhor do que nós mesmos e, por mais que digam o que temos – ou não temos - que fazer, ninguém pode viver a vida em nosso lugar .
Outras pessoas vivem frustradas e infelizes porque não conseguem ter as mesmas coisas que viram em outro navio. Algumas também ficam furiosas quando alguma coisa ou alguém não age ou sai como gostaria.
Não existe navio que não tenha passado por tempestade, e muitos afundam por não saberem evita-las por falta de comunicação ou por acharem que não precisam dos outros.
SOMOS FORTES QUANDO UNIDOS. JUNTOS SOMOS TÃO GRANDES E PODEROSOS QUANTO A ONDA MAIS FORTE E AMEAÇADORA.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

O ferreiro


Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma a Deus.Durante muitos anos trabalhou com afinidade, praticou a caridade, mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecia dar certo na sua vida.Muito pelo contrário:seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.
Uma bela tarde,um amigo que o visitara, e que se compadecia de sua situação difícil, comentou: “É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus,sua vida começou a piorar.
Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado”.
O ferreiro não respondeu imediatamente.
Ele já havia pensado nisso muitas vezes,sem entender o que acontecia em sua vida.
Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta,começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava.
Eis o que disse o ferreiro:“Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas.Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal,até que fique vermelha.
Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada.Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura.
Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente”.O ferreiro deu uma longa pausa e continuou:“As vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue agüentar esse tratamento.
O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras.E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada.Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria.”
Mais uma pausa e o ferreiro concluiu:
“Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições.Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço.
Mas a única coisa que peço é:“Meu Deus, não desista,até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas”.Autor Desconhecido
Que o Senhor nos abençoe e nos proteja. Que Ele volte para nós a sua face e nos conceda a paz…


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Festa no outro apartamento






Anos atrás a cantora Marina compôs com o irmão dela, o poeta Antônio Cícero, uma música que dizia: "eu espero/acontecimentos/só que quando anoitece/é festa no outro apartamento". Passei minha adolescência inteira com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar, porém eu não havia sido convidada.

Até aí, nada de novo. Não há um único ser humano que já não tenha se sentido deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser. O problema está em como a gente reage a isso. A grande maioria que espera "acontecimentos" fica ligada demais na festa do vizinho, se perguntando: como fazer para ser percebido? A resposta deveria ser: percebendo-se a si mesmo. Mas é o contrário que acontece: a gente passa a se vestir como todo mundo, falar como todo mundo, pensar como todo mundo. Só então consegue passe livre: ok, agora você é um dos nossos, a casa é sua.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação tão infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias de jornal. As pessoas alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

É preciso amadurecer para descobrir que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro não costumam ser revelados. Pra consumo externo, todos são belos, lúcidos, íntegros, perfeitos. "Nunca conheci quem tivesse levado porrada/todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Fernando Pessoa sacando que nada é o que parece ser.

Sua solidão, sua busca por paz interior, seus poucos e leais amigos, seus livros, suas músicas, fantasias, de desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na sua biografia, e pode ser mais divertido que uma balada em algum lugar distante. Pegar carona na alegria dos outros é preguiça, e quase sempre é furada. Quer festa? Promova-a dentro do seu apartamento.

Martha Medeiros




terça-feira, 6 de abril de 2010

Sonhe







"E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis." Mateus 21:22

Certa vez, um jovem que morava no centro oeste dos Estados Unidos, por ser filho de um domador de cavalos, tinha uma vida quase nômade, mas desejava muito estudar.

Perseguia o ideal da cultura.

Dormia nas estrebarias, trabalhava os animais fogosos e nos intervalos, à noite, ele procurava a escola para iluminar a sua inteligência.

Em uma dessas escolas, certa vez, um professor pediu à classe que cada aluno relatasse o seu sonho. O que desejariam para suas vidas.

O jovem, tomado de entusiasmo, escreveu sete páginas. Desejava, no futuro, possuir uma área de 80 hectares e morar numa enorme casa de 400 metros quadrados. Desejava ter uma família muito bem constituída. Tão entusiasmado estava, que não somente descreveu, mas desenhou como ele sonhava a casa, as cocheiras, os currais, o pomar. Tudo nos mínimos detalhes.

Quando entregou o seu trabalho, ficou esperando, ansioso, as palavras de elogio do seu mestre. Contudo, três dias depois, o trabalho lhe foi devolvido com uma nota sofrível. Depois da aula, o professor o procurou e falou:

- O seu sonho é absurdo. Imagine, você é filho de um domador de cavalos. Você será um simples domador de cavalos. Escreva uma outra realidade e eu lhe darei uma nota melhor.

O jovem foi para casa muito triste e contou ao pai o que havia acontecido. Depois de ouvi-lo, com calma, o pai lhe afirmou:

- O sonho é seu. Você deve fazer o que quiser. A decisão de persistir nesse sonho ou procurar outro é sua.

O jovem meditou e, no dia seguinte, entregou as mesmas páginas ao professor. Disse-lhe que ficaria com a nota ruim mas não abandonaria o seu sonho.

Esta história foi contada pelo dono de um rancho de 80 hectares, próximo a um colégio famoso dos Estados Unidos. A área atualmente é emprestada para crianças pobres passarem os fins de semana. Depois de terminar a história, o dono do rancho apresentou-se como o jovem que teve a nota ruim, mas não desistiu do seu sonho.

E o mais incrível é que aquele professor, trinta anos depois, foi visitar, com os seus alunos, aquela área especial.

Naturalmente ele reconheceu no proprietário o antigo aluno e confessou:

- Fico feliz que o seu sonho tenha escapado da minha inveja. Naquela época eu era um atormentado. Tinha inveja das pessoas sonhadoras. Destruí muitas vidas. Roubei o sonho de muitos jovens idealistas. Felizmente não consegui destruir o seu sonho, que faz bem a tantas vidas.

Sonhe acertar a lua. Mesmo que erre, Ainda assim, terá muitas estrelas!



segunda-feira, 5 de abril de 2010

Falta de assertividade


É comum que as pessoas justifiquem suas ações grosseiras com o comportamento dos outros, mas essa é uma atitude bastante imatura e incoerente.
Primeiro, porque, se reprovamos nos outros a falta de educação, devemos ter o bom senso de agir de forma diferente, ou, então, somos iguais, e de nada temos que reclamar.

Quando agimos com cortesia e amabilidade diante de pessoas agressivas ou deseducadas estaremos fazendo a nossa parte para a construção de uma sociedade mais harmoniosa e mais feliz.

Se as pessoas nos tratam com aspereza, com grosseria ou falta de educação, estão nos dando o que têm para oferecer.

Mas nós não precisamos agir da mesma forma, se temos outra face da realidade para mostrar.
Assim, lembremos sempre que, quando uma pessoa nos ofende ou maltrata, o problema é dela, mas quando nós é que ofendemos ou maltratamos, o problema é nosso.

Por isso, é sempre recomendável uma ação coerente avalizada pelo bom senso, ao invés de uma reação impensada que poderá trazer consigo grande soma de dissabores.
Não deixe que as más atitudes dos outros definam seu estado d’alma.
Se lhe oferecem grosseria, faça diferente: seja cortês.
Se lhe tratam com aspereza, responda com amabilidade.
Se lhe dão indiferença, doe atenção.
Se lhe ofertam mau-humor, retribua com gentileza.
Se lhe tratam com rancor, responda com o perdão.
Se lhe presenteiam com o ódio, anule-o com o amor.
Agindo assim, você será realmente grande, pois quanto mais alguém se aproxima da perfeição, menos a exige dos outros.
Jamais se arrependerás de ter refreado a língua, quando teve.Vontade de dizer o que não convinha.
Por mais que os terceiros possam atingi-lo, somente os seus próprios atos, suas reações é que definirão os rumos do teu destino.
Antes de agires, reflita com ponderação e sabedoria.Tenha sempre cuidado com o que você faz, pois pode voltar para você mesmo...

Paz e Bem!


domingo, 4 de abril de 2010

Domingo de Páscoa







Há dois mil anos atrás, um homem veio ao mundo disposto a ser o maior exemplo de amor e verdade que a humanidade conheceria.



Sua proposta de vida não foi entendida por muitos e então, condenaram este homem e crucificaram-no, ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor.



Houve dor, angústia e escuridão.



Por três dias, o sol se recusou a brilhar, a lua se negou a iluminar a Terra, até que no terceiro dia algo aconteceu...



Houve a Ressurreição!



A Páscoa existe para nos lembrar deste espetáculo inigualável chamado ressurreição!



Páscoa...Ressurreição do sorriso...



Ressurreição da alegria de viver...



Ressurreição do amor...



Ressurreição da amizade...



Ressurreição da vontade de ser feliz.



Ressurreição dos sonhos, das lembranças e de uma verdade que está acima dos ovos de chocolate ou até dos coelhinhos:



Cristo morreu, mas ressuscitou e fez isso somente para nos ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.



Que esta seja a verdade da sua Páscoa Feliz Páscoa!!!!



sábado, 3 de abril de 2010

Sábado de Aleluia



Na manhã do Sábado de Aleluia nos recordamos da recompensa da fidelidade. A crucificação terminou, Cristo foi sepultado e os doze apóstolos e discípulos estão dispersos e derrotados. Porém, três portadoras de aromas aproximam-se por fidelidade para executar um derradeiro acto de amor – ungir o corpo de Jesus com Mirra, seguindo os costumes funerários judaicos. Sua devoção inabalável é recompensada – elas são as primeiras a compartilhar do triunfo de Cristo sobre a morte e o mal; são as primeiras a testemunhar sua ressurreição. (Ecclesia)



Para muitos, o Sábado de Aleluia é apenas um dia de faxina ou de preparação para a Páscoa. No entanto, esse dia sem liturgia tem um significado espiritual próprio. Jesus morreu por nós, e permaneceu três dias no sepulcro. Assim, também deveríamos nos dedicar com plena consciência ao teor espiritual desse dia. Isso acontece melhor em meio ao silêncio, quando nos posicionarmos quanto à verdade e à situação sepulcral de nós mesmos.
Cristo desceu ao reino da morte, ao Hades, o reino das sombras. Posso imaginar como Jesus desce aos cantos tenebrosos de minha própria existência. O que excluo da vida? Quais os lugares para os quais não gosto de olhar? Onde foi que tratei de recalcar alguma coisa, empurrar algo para as câmaras escuras de minha alma? Para onde me nego a olhar? O que pretendo esconder de mim mesmo, dos outros e de Deus? Jesus propõe-se descer exatamente a esses rincões da morte e da escuridão, para mexer em tudo o que há de escuro e rançoso em mim, tudo o que há de mortiço e entorpecido, e então despertar-me para a vida.
Os ícones da Igreja oriental sempre representam a ressurreição de Jesus com Cristo subindo do reino dos mortos, trazendo consigo os mortos pela mão. No dia de Sábado de Aleluia permito que Cristo desça até o meu reino dos mortos, para que tome todos os mortos pela mão, inclusive o que há de morto em mim mesmo, e nos reconduza à luz, a fim de despertar-nos para a vida.
Cristo esteve no sepulcro. Assim, o Sábado de Aleluia convida-me a olhar para minha própria situação sepulcral. O que me caberia enterrar? Que feridas em minha história de vida precisam ser enterradas de uma vez por todas? Quando sepulto todas as ofensas, paro de usá-las como armas para agredir as outras pessoas. Não as carregarei mais em mim mesmo, como se fossem uma recriminação tácita aos que feriram em algum momento. Com isso, posso descartar minha mágoa, meus ressentimentos e minha irritação. Não preciso de mais nada disso como pretexto para justificar minha recusa a olhar a vida de frente.
Pretendo sepultar também os sentimentos de culpa que consomem e dos quais não consigo me afastar. Preciso ter confiança em que Cristo também desceu ao meu sentimento de culpa e a todo martírio interno que imponho a mim mesmo, com auto-acusações; e desceu até aí para libertar-me. Quando paro de andar em círculos em torno de minha culpa, aí sim realmente posso despertar para a vida nova.
No Sábado de Aleluia desço até meu próprio sepulcro e imagino de que forma Cristo repousa lá, a fim de trazer tudo o que lá está para uma nova vida. Cristo desceu ao sepulcro de meu medo, minha resignação, minha autocompaixão e minha morbidez, a fim de salvar-me e transformar-me no mais fundo de minha alma. Para ressuscitar na Páscoa como uma pessoa salva e liberta, preciso ter a coragem de meditar acerca de meu sepulcro e de sepultar tudo o que me distancia da vida.


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pinheiros






"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós." I Coríntios 5:7


Num domingo de Abril do ano passado, num dos passeios "para parte incerta", o meu marido conduzia serenamente, enquanto eu contemplava a paisagem.


A certa altura, notei que o meu marido olhou fixamente para a janela do meu lado.


Isso assustou-me visto que ele deveria estar atento à condução.


Perguntei-lhe o que é que estava a ver, e ele disse-me pacificamente:


"Nada".


E os seus olhos voltaram-se para a estrada que tinha à sua frente.


Alguns minutos depois, voltei a olhar para o meu marido e vi uma lágrima que corria pela sua face.


Perguntei-lhe se havia algum problema. Desta vez disse-me:


"Estava a pensar no Pop e na história que ele uma vez contou-me".


Quis então saber a história e por isso pedi-lhe que a partilhasse comigo. Ele contou:


"Quando tinha 8 anos aproximadamente, o Pop e eu fomos pescar e a certa altura disse-me que os pinheiros sabem quando é a Páscoa."


Eu não percebi o que ele queria dizer com isso, e por isso quis saber um pouco mais. Ele continuou:


"Os pinheiros têm os novos rebentos semanas antes de Páscoa - se olhares para os topos dos pinheiros duas semanas antes, verás pequenos rebentos amarelos. À medida que nos aproximamos do domingo de Páscoa, o rebento mais alto se ramificará e formará uma cruz. Até que o domingo de Páscoa venha, verás que a maioria dos pinheiros terá cruzes amarelas pequenas nas pontas dos seus ramos."


Foi então que, nessa altura, eu olhei pela minha janela e não pude acreditar no que os meus olhos viam...


Era uma semana antes da Páscoa, e podia ver-se os pinheiros com os seus rebentos amarelos a apontar para o Céu.


Os mais altos brilhavam à luz do sol como filas de minúsculas cruzes douradas.


E eu só pude exclamar:


"Oh, Senhor, quão bela é a Tua arte!"



quinta-feira, 1 de abril de 2010

De quem é o presente?






Um grande Samurai vivia perto de Tóquio,idoso, se dedicava a ensinar a arte zen para os jovens .

Corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário .Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua falta de escrúpulos apareceu por ali .

Ele queria derrotar o Samurai e aumentar sua fama .O idoso aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo .Chutou algumas pedras em sua direção cuspiu em seu rosto, gritou insultos e ofendeu seus ancestrais .

Durante horas fez de tudo para provocá-lo, mais o idoso permaneceu impassível .Sentindo-se exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se .

O Samurai então perguntou aos seus discipulos?Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?-
-A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos seus discípulos .

O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos .Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem o carregava consigo .

A sua paz interior depende exclusivamente de você, as pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir …

Eu desejo que Você nunca permita !!






Fraterno Abraço,




Excelente dia !




Paz e Bem aos homens de Boa Vontade!



Cartas de Amor na areia




Um carinho para a Cy
Este ao seu lado é seu irmão.
Ele conta que no dia 12 de junho de 1957,
no dia em que ela nasceu, tocava esta música...
Love letters in the sand

Em um dia como hoje
We passed the time away
Passamos o tempo longe
Writing love letters in the sand
Escrever cartas de amor na areia

How you laughed when I cried
Como você ri quando eu chorei
Each time I saw the tide
Cada vez que eu vi a maré
Take our love letters from the sand
Tome nossas letras de amor da areia

You made a vow that you would ever be true
Você fez uma promessa que você nunca iria ser verdade
But somehow that vow meant nothing to you
Mas de alguma forma que voto não significava nada para você

Now my broken heart aches
Agora meu coração dói quebrado
With every wave that breaks
Com cada onda que quebra
Over love letters in the sand
Mais de cartas de amor na areia

Now my broken heart aches
Agora meu coração dói quebrado
With every wave that breaks
Com cada onda que quebra
Over love letters in the sand
Mais cartas de amor em areia




Um momento de saudade



Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida
e de certos momentos de pessoas que passaram por ela.


These long lonely evenings
Here I am on the phone
Wondering when she will call
She said she would write me
'Cause she knows I’m alone
But I hear nothing at all

I'm waiting for a word of love from Sylvia.
You think she'd never heard of love my Sylvia,
But when I’m with her Lord, I forgive her
'Cause she's more than the whole world to me
There's nothing like a word of love from Sylvia
The only one I’m thinking of is Sylvia
Feeling so sad now, I'll be so glad now
If I just had my Sylvia with me

That old weepin' willow
Seems to whisper her name
Why did she go away
The tears on my pillow
They're not hard to explain
There's nothing else I can say

I'm waiting for a word of love from Sylvia.
You think she'd never heard of love my Sylvia,
But when I’m with her Lord, I forgive her
'Cause she's more than the whole world to me
There's nothing in the world like my Sylvia
The only one I’m thinking of is Sylvia
Feeling so sad now, I'll be so glad now
If I just had my Sylvia with me




Tradução



Nestas longas e solitárias tardes
Que estou junto ao telefone
Imagino quanto é que ela vai ligar
Ela disse que me escreveria
Porque sabe que estou só
Mas não ouvi nada até agora.
Estou esperando por uma palavra

de amor de Silvia
Você pensou que ela nunca deu atenção

ao amor, minha Silvia
Mas quando estou com ela Senhor,
Eu a perdôo
Porque ela é mais
Que o mundo inteiro para mim
Não há nada como uma palavra
De amor de Silvia
A única em que estou pensando é Silvia
Sinto-me tão triste agora
Eu ficaria tão feliz agora
Se eu tivesse minha Silvia comigo
Aquele velho chorão
Parece sussurrar o nome dela
Por que ela foi embora
As lágrimas em meu travesseiro
Não são difíceis de explicar
Não há mais nada que eu possa dizer
Estou esperando por uma palavra

De amor de Silvia
Você pensou que ela nunca
Deu atenção ao amor, minha Silvia
Mas quando estou com ela Senhor,
Eu a perdôo.
Porque ela é mais
Que o mundo inteiro para mim
Não há nada no mundo como minha Silvia
A única em que estou pensando é Silvia
Sinto-me tão triste agora,
Eu ficaria tão feliz agora
Se eu tivesse minha Silvia comigo.