sábado, 31 de julho de 2010

Apendendo a ser feliz




"Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho." Filipenses 4:11



De hoje em diante todos os dias ao acordar, direi:



Eu hoje vou ser Feliz!



Vou lembrar de agradecer ao sol pelo seu calor e luminosidade, sentirei que estou vivendo, respirando.



Posso desfrutar de todos os recursos da natureza gratuitamente.

Não preciso comprar o canto dos pássaros, nem o murmúrio das ondas do mar.

Lembrarei de sentir a beleza das árvores, das flores.



Vou sorrir mais, sempre que puder.



Vou cultivar mais amizades e neutralizar as inimizades.



Não vou julgar os atos dos meus semelhantes ou companheiros.

Vou aprimorar os meus.



Lembrarei de ligar para alguém para dizer que estou com saudades!

Reservarei minutos de silêncio, para ter a oportunidade de ouvir.



Não vou lamentar nem amargar as injustiças.

Vou pensar no que posso fazer para diminuir seus efeitos.



Terei sempre em mente que um minuto passado, não volta mais, vou viver todos os minutos proveitosamente.



Não vou sofrer por antecipação prevendo futuros incertos, nem com atraso, lembrando de coisas sobre as quais não tenho mais ação.



Não vou pensar no que não tenho e que gostaria de ter, mas em como posso ser feliz com o que possuo.

E o maior bem que possuo é a própria vida.



Vou lembrar de ler uma poesia e de ouvir uma canção, vou dedicá-las a alguém.



Vou fazer alguma coisa para alguém, sem esperar nada em troca, apenas pelo prazer de ver alguém sorrir.



Vou lembrar que existe alguém que me quer bem...



Vou procurar dar um pouco de alegria para alguém, especialmente quando sentir que a tristeza e o desânimo querem se aproximar.



E quando a noite chegar, vou olhar o céu, para as estrelas e para o luar e agradecer a Deus, porque hoje eu fui feliz!



E amanhã ao acordar direi:



Eu hoje vou ser Feliz!



E você já aprendeu a ser feliz?



A felicidade é uma questão de aprendizado (Filipenses 4:11)


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Acorde rico




Quando você se preocupa com o que não tem, desperdiça o que você já tem. Você já tem tudo o que precisa para ser a pessoa que é.

Tudo o que você já conquistou, tudo o que viveu, tudo o que você é hoje, isso é resultado do que você já tem.

A vida é rica em si e já é sua. Concentre-se no que você pode fazer com ela. Procure maneiras de fazer a diferença de uma forma substancial. Em vez de se preocupar com o que você não tem, faça o melhor com o que você tem.

Já é suficiente ter chegado tão longe. Quanto mais você valorizar o que tem, mais útil isso se tornará.

A única coisa que impede fazer da sua vida a melhor possível é você mesmo. Você já tem o que é preciso. Existe um tesouro dentro de você esperando para ser descoberto.

Comece a usar esse tesouro ainda hoje. Você pode acordar rico amanhã e se tornar mais rico a cada dia.


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quantas vezes?



Quantas vezes você andava na rua e sentiu um perfume e lembrou de alguém que gosta muito?


Quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto, e não se imaginou lá com alguém...


Quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali?


Alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado?


Você deve ter visto que aquele filme, que vocês dois viram juntos no cinema, vai passar na TV...


E você gelou porque o bom daquele momento já passou...


E aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo ou alguém que você quer esquecer mas não consegue?


Não teve aquele dia em que tudo deu errado, mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso?


E aquele dia em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou tudo?


Você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa?


Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou?


Para essas perguntas existem muitas respostas...


Mas o importante sobre elas não é a resposta em si...



Mas sim o sentimento...


Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal...


Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra...


Então, qual a moral disso tudo?


Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa...


Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje!



Não deite com mágoas no coração.



Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz!



E comece com você mesmo!!!




Martha Medeiros





terça-feira, 27 de julho de 2010

Faça parte deste time




"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;" João 1:11,12

Que futebol é uma paixão nacional, é fora de dúvida.

Domingo à tarde, dia de clássico. Pelas ruas se vêem torcedores carregando bandeiras, vestidos com as camisas de seus times.

Todos prontos para cantar, gritar, fazer de tudo para ver o time ganhar.

Cada um se orgulha de pertencer à sua pátria ou à sua nação, governada pelos onze em campo.

Mas por que tanta paixão?

Para que tanta dedicação, se a vitória do time não reflete, de fato, nenhuma mudança na vida cotidiana?

A resposta, entre outras razões, vem da busca por uma identidade.

Queremos ser vistos como vitoriosos, guerreiros, campeõs.

Se o time ganha, nós ganhamos.

Achamos que somos o time.

Mas não somos.

Então, quem somos nós?

Quando Deus criou o ser humano, ele nos fez à sua imagem e semelhança.

Sabíamos quem éramos.

Mas quando o ser humano pecou, perdemos essa identidade.

E, desde então, a raça humana tem buscado diversos meios para encontrar novamente sua raiz.

Há um ensino muito errado, porém muito comum, de que todos somos filhos de Deus.

Não é verdade.

No Evangelho de João 1.12 lemos que se tornam filhos de Deus aqueles que recebem Jesus como seu Salvador e Senhor.

E Deus espera nós queiramos ser conhecidos como seu povo.

Mais do que gente que se veste igual e canta junto aos domingos, Deus quer que assumamos nossa identidade de cristãos que existem para fazer a diferença no mundo.

Se você ainda não entende o que é isso, não deixe de falar hoje mesmo com Deus sobre isso ou de procurar alguém que o ajude a se tornar parte do povo de Deus.

Bem-vindo a esse time que realmente é VENCEDOR!




sexta-feira, 23 de julho de 2010

Por que?



Por que dizer que a vida é triste,
que o mundo é mera fantasia?
Que felicidade não existe
e que o amor é hipocrisia?


Por que viver nessa amargura
e maldizendo o amor de Deus?
Por que chorar só desventura
se existe luz nos olhos seus?


Por que viver na solidão
se brilha o sol em seu caminho?
Faça feliz seu coração,
semeando amor onde há espinho...


Até a dor sabe sorrir
e a ave presa vive a cantar!
Por que você não vê florir
estrelas mil junto ao luar...


O entardecer em multicores
deixa a saudade no horizonte!
Entre espinhos nascem flores
e entre amores murmura a fonte.


Além da noite o Sol desponta
e a natureza se enternece!
O amor de Deus é amor sem conta,
embala o mundo em doce prece...



quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vocação



"Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis." II Pedro 1:10 "



Muitas vezes queremos estar num lugar diferente daquele em que estamos ou até ser alguém diferente do que somos.



Temos a tendência de constantemente nos comparar aos outros e nos perguntar por que não somos tão ricos, inteligentes, simples, generosos, conhecidos ou santos quanto eles.



Tais comparações nos fazem sentir culpados, envergonhados ou enciumados.



É muito importante perceber que nossa vocação se encontra escondida onde estamos e no que somos.



Somos seres humanos únicos, cada um com um chamado para, em vida, perceber aquilo que mais ninguém pode, e percebê-lo num contexto concreto do aqui e agora.



Não encontramos nossas vocações tentando descobrir se somos melhores ou piores que os outros.



Somos suficientemente bons para realizar aquilo para que fomos chamados.



Seja você mesmo!



No nosso trabalho somos reconhecidos por aquilo que somos e fazemos e chegando ao fim do mês, vem a recompensa o salário.



Gostaria de alertá-lo para algo que contamina o cristianismo e a sua consequência, é a religiosidade. Ser, ter e fazer.



Se você é reconhecido pelo que você tem (material), tenha discernimento



Se você é reconhecido pelo que você faz (muitas coisas ao mesmo tempo) cuidado com o ativismo (ore)



Se você é reconhecido pelo que você é Gloria a Deus! pois você está sendo verdadeiro.



Não perca a autenticidade que Deus lhe deu seja seu sim SIM e seu não NÃO.



Que o Espírito Santo nos ajude a sermos autênticos em amor, sem ferir ninguém e agradar ninguém por interesse.



Reynaldo Galeskas.


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pelo fruto se conhece a árvore


"Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim." João 15:4


As videiras crescem em toda a Palestina. Todo ano, os agricultores podam os ramos para que as árvores produzam frutos de alta qualidade.
O ramo que não dá fruto é considerado inútil e as videiras improdutivas são radicalmente cortadas.
Os galhos cortados são destruídos, pois, não servem para nada.


O antigo testamento representa Israel como a videira de Deus.
Por isso ela se tornou um símbolo da nação de Israel.


Jesus afirmou que Ele era a videira verdadeira, usando a planta e seus ramos como uma analogia para mostrar que o cristão deve permanecer nele.
Os ramos não possuem nenhuma fonte de vida em si mesmos, mas recebem a vida da videira.


Quando estamos na posição de ramos vemos que passamos por estágios como qualquer outro ser vivo, muitas vezes por metamorfoses.
Passamos por ventos que derrubam nossas maravilhosas folhas, passamos por secas, tempestades.
Somos podados pelas mãos do agricultor.
Mas ainda assim, devemos permanecer junto à videira que representa o nosso Deus.
Ainda que tudo venha a doer muito, podemos confiar e descansar na sombra de suas asas.
Ele cuida de nós, nos ama como nenhuma outra pessoa amará, mas, temos o livre arbítrio de querermos permanecer nele ou confiar no nosso próprio braço e força.


Nosso íntimo passa por diversas mudanças, quantos sentimentos, emoções, tristezas e alegrias, estão escondidas dentro de nós, pois somos como os galhos que estão expostos, as coisas do íntimo refletem no exterior, por mais fácil que seja disfarçarmos uma situação, um conflito.


Chegará um instante que o seu exterior refletirá o que está em seu íntimo, trazendo para a luz a real necessidade do seu coração, sua real situação.
O tempo pode passar, mas a Palavra de Deus nos diz: “[...] pelo fruto se conhece a árvore [...]” (Mt 12.33-37), não se preocupe se começar vir à tona suas reais necessidades, suas emoções tão tenebrosas, suas motivações que o fazem conquistar tantos objetivos em sua vida.


A poda chegará!
Prepare-se para ser transformado, para subir mais um degrau, Deus nos ama de tal forma que nunca nos deixa cair no nosso conceito natural, nos faz ser sempre como Ele quer!
Para darmos grandes frutos precisamos antes ser tratados, como o processo de uma plantação, prepara-se a terra, planta-se a semente, rega, aduba, cresce, vem a poda, perde-se folhas, e assim está pronto para dar bons frutos.
Ele não deseja que sejamos um ramo aleijado na fé, mas vivo!
Muitas árvores têm dado frutos lindos, exteriormente agradam aos olhos humanos, mas quando esse fruto é partido vemos que ele está podre em seu interior, está preto, bichado!


Como estão os seus frutos?
Muitos ramos estão sem vida, porque não estão mais na videira verdadeira que traz vida e mudança.
Se você tem dado frutos, mas esses não têm permanecido, é porque estão sem vitaminas, estão bichados, estão fracos, o problema não está nos frutos e sim nos ramos!


Precisamos constantemente fazer uma auto-avaliação em nosso íntimo.


Onde estão firmados nossos ramos?



domingo, 18 de julho de 2010

A tranquilidade das ovelhas



"Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia," Salmos 91:5




A noite estava escura, céu sem estrelas.


De vez em quando ouvia-se o uivo de um lobo bem longe, misturado com o barulho do vento.


As crianças reunidas na tenda do Mestre Benjamin estavam com medo.


Mestre Benjamim sentiu o medo nos seus olhos.


Foi então que uma delas perguntou:


-Mestre Benjamim, há um jeito de não ter medo? Medo é tão ruim!


Mestre Benjamim respondeu:


-Há sim... E ficou quieto.


Veio então a outra pergunta:


-E qual é esse jeito?


-É muito fácil. É só pensar como as ovelhas pensam...


-Mas como é que vou saber o que as ovelhas estão pensando?


Mestre Benjamim respondeu:


-Quando durante a noite, as ovelhas estão deitadas na pastagem, os lobos estão à espreita. E eles uivam. As ovelhas têm medo. Mas aí, misturado ao uivo dos lobos, elas ouvem a música mansa de uma flauta. É o pastor que cuida delas e não dorme nunca. Ouvindo a música da flauta elas pensam:


Há um pastor que me protege.
Ele me leva aos lugares de grama verde
E sabe onde estão as fontes de águas límpidas.
Uma brisa fresca refresca a minha alma.
Durante o dia ele me pega no colo e me conduz por trilhas amenas.
Mesmo quando tenho de passar pelo vale escuro da morte eu não tenho medo.
A sua mão e o seu cajado me tranqüilizam.
Enquanto os lobos uivam, ele me dá o que comer.
Passa óleo perfumado na minha cabeça para curar minhas feridas.
E me dá água fresca para sarar o meu cansaço.
Com ele não terei medo, eternamente...
(Salmo 23, paráfrase)


Mestre Benjamim parou de falar.


Os olhos de todas as crianças estavam nele.


Foi então que uma delas levantou a mão e perguntou:


-E os lobos? Eles vão embora? Eles morrem?


-Os lobos continuam a uivar. E continuam a ser perigosos. O pastor não consegue espantar todos eles. E por vezes eles atacam e matam. Mas as ovelhas, ouvindo a música da flauta do pastor dormem sem medo, não porque não haja mais perigo, mas a despeito do perigo. Não há jeito de acabar com o perigo. Mas há um jeito de acabar com o medo.


Coragem é isso: dormir sem medo a despeito do perigo...


As crianças voltaram para suas tendas e dormiram sem medo, pensando nos pensamentos das ovelhas.


De vez em quando, lá fora, ouvia-se o uivo de um lobo faminto.


Desde então, tornou-se costume contar ovelhinhas para dormir.






sábado, 17 de julho de 2010

Podemos ser felizes?




Um mundo onde mais da metade da população vive abaixo do nível da pobreza? Um mundo onde há terremotos, tsunamis, furacões, inundações e seca? Um mundo injusto, onde pouco mais de mil pessoas possuem riqueza, igual ou superior, à riqueza do conjunto de países onde vive 59% da Humanidade?

É possível ser feliz num mundo assim? É possível ser feliz em um país como o Brasil, onde 46% da riqueza nacional está nas mãos de apenas cinco mil famílias?

Uma privilegiada cabeça brasileira, ao analisar a questão, separou a felicidade em dois tempos: o tempo vertical e o tempo horizontal. O tempo vertical é o momento intenso, vibrante, de uma realização.
Pode ser a conquista de um título num campeonato, o ter passado no vestibular, o primeiro encontro amoroso, o nascimento de um filho.

Nesse tempo vertical, a pessoa está feliz. É um momento especial, mas passageiro. Assim, pode-se estar atravessando intensas dores, graves problemas e estar feliz em alguns momentos: pelo diploma conquistado pelo filho, pelo emprego tão aguardado que se anuncia, pela viagem sonhada que se concretiza.

O tempo horizontal é o do dia a dia. Assim, a paixão, o ideal do amor eterno que faz a pessoa desejar estar com o outro é o tempo vertical, de estar feliz. No relacionamento a dois, na rotina em que, por vezes, se transforma o casamento, há um desgaste natural.

Nesse momento, é que entra o diálogo, a tolerância, a renúncia,o cultivo da ternura, sem o que o amor esfria, até virar indiferença. Nesse momento a pessoa pode ser feliz. Feliz se tiver a capacidade de romper a rotina: inventar um programa, sair com amigos, ir ao teatro. Inventar e reinventar cada dia.

Feliz se tiver a sabedoria para descomplicar as questões, acolher os limites, compreender e superar dificuldades. Dessa forma, podemos estar felizes no dia que ganhamos uma promoção, um aumento de salário compensador. Podemos estar felizes quando nosso filho volta ao lar, depois de longa viagem ou alguém muito querido nos visita.

São momentos intensos, vibrantes. O ser feliz é o estado prolongado, sempre recriado e alimentado. É a sabedoria de viver. A felicidade, pois, é uma conquista. Podemos sorvê-la, em grande dose em um momento, em um dia e estarmos felizes.

Podemos sorvê-la em gotas homeopáticas, a cada dia, e sermos felizes. Podemos, pois, escolher, como desejamos a nossa felicidade: em tempo vertical ou em tempo horizontal.

Desejamos estar felizes ou ser felizes?


sexta-feira, 16 de julho de 2010

De inimigos a adversários





"Acontece que sou o dono da verdade; de toda a verdade, sempre. Procuro impor minha verdade e, se isso não for possível, rejeito as outras verdades e me recuso a colaborar. Me causa frustração e rancor que haja pessoas que não aceitem a minha verdade".

Essa atitude provoca sérios danos, que se agigantam quando várias pessoas igualmente convencidas de serem as donas da verdade colidem. O choque de verdades absolutas faz com que seja mais difícil distinguir entre inimigos e adversários, fato que nos leva a cometer erros e injustiças e a dilapidar as oportunidades de construir coisas em conjunto.
Então, o diálogo fica travado, os argumentos se radicalizam, não importam as formas de cooperação ou de apoio mútuo. Surgem antagonismos carregados de agressões abertas ou encobertas, que desviam a energia social e a encaminham para o confronto, esterilizando o talento e a determinação.
Nesse cruzamento de egos e interesses, apontar as condutas destrutivas dos outros é mais simples do que reconhecer as próprias.
Acontece que temos uma habilidade inacabável para negar que atuamos impelidos por nossos interesses e que somos capazes de justificar qualquer coisa contanto que consigamos nos arrogar a razão.
Num contexto de fortes antagonismos é difícil convocar e ser convocados, utilizar plenamente o potencial de um grupo, de um país ou da aldeia global. Pois, em lugar de tentarmos alinhar interesses e necessidades diversos, procuramos impor os nossos.

Quanta dor causamos com isso!, quanta energia dilapidamos!, quantas luzes se apagam ou não chegam a ser acesas!
Esses comportamentos são, em parte, o legado de uma história de enfrentamentos ancestrais que cobre cada geração de antigos ódios, receios e preconceitos. Porém, nós também contribuímos a reforçar os desencontros com antagonismos de novo cunho que, muitas vezes, resultam de nossa incapacidade para distinguir os inimigos dos adversários.
Qual a diferença entre inimigo e adversário?

Inimigo é aquele que procura nossa destruição ou nossa submissão. Adversário é aquele que, ainda lutando por seus próprios interesses (materiais, emocionais, religiosos, ideológicos), não tenta nos destruir ou submeter, nem atua em detrimento de nossa realização pessoal.

Se bem que existam casos em que essa distinção se torna difusa, há muitos outros em que fica claro quem é o adversário e quem é o inimigo.
Não estamos diante de uma simples disquisição acadêmica.

Se soubéssemos distinguir uns dos outros, poderiamos nos dar conta de que muitos supostos inimigos são, na verdade, apenas adversários; e, portanto, poderiamos tomar consciência dos erros e das injustiças que cometemos e das oportunidades de construirmos coisas em conjunto que temos dilapidado.
Essa diferença entre relações adversariais e relações de inimizade pode se apresentar em quase todas as esferas da vida social, política e econômica.

Em matéria política, algumas pessoas, tanto do governo quanto da oposição, partem da concepção de que elas só podem fazer suas idéias e seus projetos crescerem por meio da destruição do adversário, transformado em inimigo.
Assim, as potencialidades sociais acabam por ser esterilizadas, já que muitas contribuições não são completadas ou nem sequer chegam a existir, e as energias se desviam das ações construtivas para serem dirigidas ao choque, pois ninguém se entrega sem oferecer resistência.
Uma coisa é a visão de um bolo único e estático que a gente quer para si e para seu grupo, e uma outra coisa é que procuremos, entre todos nós, alargar o espaço do conjunto e compartilhar os resultados obtidos.

O primeiro ponto de vista só admite a possibilidade de dar cotoveladas e de crescer esmagando os outros, enquanto a segunda opção implica colaboração, justiça e crescimento orgânico.
O fato de vermos inimigos onde há adversários está ligado aos valores e conceitos que nos guiam.

Aquele que valorizar o esforço do próximo, a legitimidade e a capacidade de contribuição da diversidade, e os riscos decorrentes da homogeneização de perspectivas, terá menos motivos para classificar os adversários de inimigos.

E se ele por engano o fizer, em algum momento vai reconhecer e reparar o erro.
Porém, as pessoas que têm sido formadas segundo os preceitos de qualquer classe de fundamentalismo vêem inimigos em toda parte, e consideram que é necessário eliminá-los, neutralizá-los ou submetê-los. Elas não conhecem a generosidade espiritual, a verdade duvidosa, a abertura mental ou a vastidão de sentimentos.

Essas pessoas foram modeladas na selva do confronto e da imposição, e são impermeáveis àquelas opiniões e pontos de vista que relativizam sua própria visão. Elas praticam o autoritarismo e escasseiam misericórdia e boa vontade.
Sendo que os valores, os interesses e as atitudes constituem o fundamento de nossa conduta, é possível que nos baseemos na experiência e num bom treinamento para identificar como inimigos aqueles que realmente são inimigos, e reconhecer como adversários legítimos e respeitáveis muitos outros que consideramos inimigos e que tratamos como tais, mesmo que nunca tenham sido inimigos ou que tenham deixado de sê-lo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Brinque


As crianças processam rapidamente uma grande quantidade de informações sobre o mundo. Em um curto espaço de tempo, elas aprendem a falar e entender a fala, a comer, a andar e muitas outras coisas.

Durante esse período de intenso aprendizado, elas passam boa parte do tempo brincando.

Leve em consideração o valor de brincar. É uma atividade de baixo risco que permite a você baixar a guarda. Não importa realmente se você perde algum jogo – isso não vai tirar sua casa de você. Numa atividade de tão baixo risco como brincar, você fica mais aberto a novas idéias e novas formas de pensar.

Brincar é relaxante. É uma oportunidade de conhecer gente e dividir experiências positivas. Pode ser desafiante e instrutivo. Pode gerar autoconfiança. E claro que é divertido. Se não for divertido, não é brincadeira.

Separe sempre algum tempo para brincar. Faça algo somente para se divertir. Você pode acabar aprendendo algo novo.

Bom dia!!


terça-feira, 13 de julho de 2010

A divina escada


Cada mortal que sobre a Terra surgir
Receberá de Deus uma escada para subir;
E esta escada cada um há de galgar
Degrau por degrau. Desde o mais baixo lugar
Vai percorrê-la, passo a passo: desde o início
Ao Centro do Espaço, ao seu próprio Princípio.

Numa era passada, mas que hoje perdura,
Escolhi e moldei minha escada; tu escolheste a tua.
Quer seja de Luz ou seja obscura,
Por nós mesmos foi ela escolhida:
Uma escada de ódio ou uma de Amor
Seja ela oscilante ou firmada com vigor.

Quer feita em palha ou formada em ouro rei,
Cada uma obedece a uma justa Lei.
E a deixaremos quando o tempo esgotado;
Dela toma-se posse ao ser de novo convocado.
Por vigias, em frente a um portão cintilante,
Ela é guardada para cada alma passante.

Mesmo sendo a minha estreita e a tua alargada,
Sozinho chego a Deus por minha própria escada.
A de ninguém posso pedir, nem a minha emprestar;
Com o esforço em subir na sua, cada um tem de arcar.
Se, em cada degrau que escalares,
Só barreiras e tormentas encontrares;

Se pisar sobre ferro carcomido e madeira bichada,
A ti cabe transformar tudo isto para, seguro, galgares tua escada.

Reforçá-la e tê-la sempre reconstruída
É a tua tarefa árdua, mesmo que longa seja a tua vida.
Chegando ao fim da Escada, já terás cruzado a PONTE
Que te dará todos os tesouros da Terra,
e do Espírito Divino, a FONTE.

Tudo o que de outra forma se possa obter
Será ilusão apenas. Não pode permanecer.
Em revoltas inúteis não faremos o tempo fugir.
Subir, cair, reconstruir; cair, subir, reconstruir,
Cumpramos isto, até que nossa carreira humana
nos leve a toda a Verdade,
Até que juntos, homem e Deus, sejamos UMA só Divindade.


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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Olhar pra dentro


Nossa primeira reação é sempre a de pensar naquilo que os outros teriam que fazer para deixarem de ser nossos inimigos e se transformarem em adversários legítimos e respeitáveis.

Não adianta cairmos nessa armadilha.

Primeiro temos de olhar para dentro: quais as coisas que precisamos mudar para atingir o próximo com uma atitude que o convide, que impulsione ou facilite sua própria reflexão e uma mudança de perspectiva com respeito a nós, a nosso grupo, a nossa comunidade, a nosso país?
O ideal seria que “os outros” seguissem o mesmo caminho, mas não é bom que condicionemos nosso processo de revisão a isso, porque além de continuarmos no pântano do qual procuramos sair, nos sujeitariamos à iniciativa e aos tempos dos outros.

Trata-se de adotar uma conduta reta e pragmática, tomando todas as precauções do caso. Se, após um esforço genuíno, não conseguirmos mudar a dinâmica da relação, ainda saberemos como proteger nossos espaços.
Os desdobramentos de nosso ego, a dor e os tecidos sensíveis resultantes de antigas feridas, os medos, os receios, as ofensas recebidas e as inseguranças acumuladas ao longo da vida são tantos que não é possível acreditar que nosso entendimento esteja livre desses fatores condicionantes e que nossa subjetividade não seja enganosa.

Bem que seja impossível que nos desfaçamos da subjetividade, o fato de compreendermos como ela foi estruturada nos ajudaria a redobrar esforços para ouvir mais plenamente os outros e tentar captar o essencial de suas palavras, seus sentimentos e seus interesses.



domingo, 11 de julho de 2010

Anseios


Há momentos históricos que exigem verdadeiros pontos de inflexão no rumo social e político de uma sociedade; drásticas mudanças de direção que são necessárias em situações muito especiais, principalmente quando temos atravessado longos períodos sem conseguirmos ajustar o rumo no decorrer dos fatos e a direção a ser seguida.



No entanto, é negativo que avancemos dando pulos de forma constante, com cortes na trajetória e grandes dirupções.
Convém estar alertas e ter determinação para efetuar oportunamente aqueles ajustes que nos permitam resolver sérios problemas, em lugar de adiar ou ignorar essas soluções, fato que só nos levará a represar forças que mais tarde vão transbordar, gerando altos custos e uma permanente descontinuidade de esforços e de desequilibrio.
O canibalismo social e político e o sobrepeso de egos e interesses individuais atentam contra os interesses do conjunto social e impedem que nossas necessidades e aspirações sejam atendidas.



Ainda que as paixões e as mesquinhezas ganhem força, vale a pena que vamos além dessas torrentes para olhar os outros nos olhos, reconhecer seus medos, assegurar-lhes nosso respeito e encarar com eles a tarefa conjunta de construir a paz e o bem-estar.
Será a justiça e a firmeza dos justos, a generosidade e a compaixão que nascem da boa vontade, a criatividade e o talento de cada um, a responsabilidade, a habilidade e a visão de nossos representantes de corpo e alma, que irão nos permitir construir caminhos de desenvolvimento sustentável, cicatrizar feridas, aproximar os irmãos, abater juntos a desigualdade e a pobreza.
Nesse devir —que não é uma utopia, e sim um desafio— também haverá oportunidade de refletir sobre os enigmas da vida e do desnorteamento no qual caímos ciclicamente.



Ninguém poderá dizer que a agenda da humanidade é estreita; ela nunca o foi e não o será desde que continuem a surgir anseios à procura de novos e melhores rumos. Tomara que os anos que virão nos encontre decididos a continuar essa busca, e continuarmos a ter fé.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O "eu" que os outros vêem





Você pode vislumbrar sua auto-imagem olhando as pessoas que o cercam. Todos nós travamos relacionamentos com pessoas que nos tratam da maneira como acreditamos que merecemos ser tratados. Pessoas com uma auto-imagem saudável exigem respeito daqueles que as cercam. Elas tratam bem a si mesmas, estabelecendo um exemplo do modo como os outros devem tratá-las.

Se você tem uma auto-imagem ruim, irá se confrontar com todos os tipos de maus tratos e aborrecimentos vindos de praticamente todo o mundo. As pessoas nos tratam do modo como nos tratamos. Aqueles com quem nos relacionamos percebem rapidamente o quanto respeitamos a nós mesmos. Se há respeito próprio, todos seguem fazendo o mesmo, respeitando-nos!

Quando estamos nos sentindo mal a nosso próprio respeito, por exemplo, tendemos a descontar a insatisfação em nós mesmos. Isso pode se manifestar de várias maneiras, tais como surtos de comilança de “besteiras”, acidentes, doenças, privação de comida, etc... O fato é que o modo como nos tratamos é um reflexo do quanto estamos gostando de nós mesmo em um determinado momento.

Uma auto-imagem ruim diz: “Eu mereço”. E isso leva a pessoa a sabotar subconscientemente a própria felicidade. Por isso, é de máxima importância que você faça tudo o que estiver ao seu alcance para manter pensamentos positivos em sua mente. Isso irá assegurar que você se mantenha feliz como pessoa.

E para você melhorar o modo como se sente em relação a seu próprio respeito: aceite elogios, elogie, fale bem de si mesmo, valorize-se, trate bem do seu corpo, faça com que as pessoas saibam como você deseja ser tratado, cerque-se de boas pessoas, use afirmações positivas e tenha sempre em mente a imagem daquilo que você deseja ser e não daquilo que você é.

Em poucas palavras: ame-se! E lembre-se sempre disso: você merece amor e respeito pelo simples fato de você ser você!


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Seja diferente, faça a diferença!



Quanto maior a escuridão ao seu redor, mais necessária será sua luz interior. Sempre que você estiver entre pessoas zangadas, ressentidas, desanimadas ou cínicas, é quando você pode fazer a grande diferença e se manter positivamente centrado.

Claro que não é fácil. Com freqüência reagimos à negatividade sendo negativos também. Com isso, conseguimos apenas piorar a situação.

Mas você tem a opção de não reagir. Você tem a opção de seguir seu próprio curso. Só porque as pessoas ao seu redor agem negativamente, não significa que você também deva agir dessa forma.

Quando todos ao seu redor estiverem frustrados e impacientes, esforce-se ao máximo para manter a calma e a compostura. Quando todos ao seu redor estiverem zangados, esforce-se para ser a voz da razão e da compaixão. Quando todos ao seu redor estiverem desanimados, ofereça a esperança.