Amas a dança, Senhor Deus! Tu mesmo conduzes o ballet das estrelas e a dança dos
ventos e das nuvens.
Dançam sob teu olhar complacente as ondas do mar, as
aves, no azul do céu, as árvores, que parecem imóveis e são exímias
bailarinas.
Dançam na mais bela de suas preces os teus anjos. És todo
harmonia e ritmo! Tu mesmo danças, Senhor!
Vamos retomar cada afirmativa
da meditação... É ou não verdade que somente Deus pode conduzir o ballet dos
astros pelas alturas, e a dança dos ventos e das nuvens? São milhões, bilhões de
mundos, diante dos quais a Terra fica pequenina, pequenina...
E quem,
senão Deus, saberia lidar com as nuvens e os ventos, que parecem tão
independentes e tão difíceis de controlar?
Há ou não uma dança autêntica
no ir e vir das ondas do mar?... Dançam ou não as aves em pleno azul do céu?
Basta pensar nas andorinhas... Se me permitem um exemplo de aparência grotesca:
como podem os urubus, tão pouco dotados de beleza, desenvolver volteios tão
belos que nos fazem esquecer os poucos dotes físicos do Irmão Urubu? Quem não
descobriu ainda que as árvores, que parecem profundamente presas ao chão, dançam
e como dançam, através dos seus galhos, e com a participação de suas folhas,
flores e às vezes frutas?... Quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir percebe
que o Criador e Pai imprime ritmo em tudo e em todos:
- Quando marchamos
descuidadamente há um ritmo natural em nosso braço e no movimento de nossas
mãos...
- Até quando uma folha se desprende de uma árvore, ela não cai de
um modo qualquer... Ela, apesar de aparentemente morta, ainda guarda um resto de
ritmo e vem para o chão dançando. Se o Criador e Pai ama de tal modo o ritmo, a
harmonia, longe de ser uma ofensa é homenagem carinhosa – e provavelmente uma
verdade perfeita – concluir: “Tu mesmo danças, Senhor!”
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