sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um presente a cada dia


Conversando com uma amiga outro dia, ela me contou que comprou um livro e que ficou extremamente decepcionada... o livro era muito ruim... mal-escrito, e ainda que o autor abordou o tema de uma forma errada...
Perguntei por que ela tinha achado o livro tão ruim assim... e ela me respondeu que, pelo título, acreditou que o tema seria abordado de uma forma e que, na verdade, se tratava de outra abordagem muito diferente da que ela esperava, mais com base psicológica.
Falei que talvez ela tivesse comprado o livro com uma expectativa muito grande e que pelo fato do livro não ter preenchido essa expectativa, ela achou que o livro não era bom...
Ela concordou e até achou que o livro poderia ser mesmo muito útil para outras pessoas...
Fiquei tão curiosa que pedi a ela o livro para dar uma olhada.... abri em uma página qualquer e li... Por incrível que pareça, a mensagem que li era muito bonita e se encaixava perfeitamente no momento que a minha amiga vem passando e... se ela deixar de lado todo o peso negativo que já colocou sobre o livro, sei que ela irá se surpreender...

Fiquei pensando sobre como quase sempre temos expectativas... seja por uma viagem, um curso.. uma festa... ou mesmo sobre uma vida toda.
Criamos modelos que consideramos ideais do que queremos conquistar... do que queremos ser... de como queremos agir... e nos prendemos a essas expectativas sem perceber que elas nos limitam e nos prendem a possibilidades muito pequenas se comparadas com as infinitas opções que o Universo nos oferece quando nos abrimos para receber...
Quase nunca estamos abertos para receber o que nos chega porque sempre estamos esperando coisas que já tem especificações determinadas por nossas expectativas, que nos impedem de aceitar o que nos chega simplesmente com é.

Podemos ficar tempos e mundos reclamando das coisas só porque não atendem às nossas expectativas... e assim quase tudo que nos chega já vem com o peso de estar inevitavelmente classificado de bom ou ruim ao ser comparado com o que esperávamos...

Mas quem faz essa classificação?
Quem compara?
Quase sempre quem compara as coisas para classificá-las em boas ou ruins é nosso pequeno ego, que é guiado por memórias equivocadas. Memórias que são geradas por experiências já vividas e que nos prendem ao infindável ciclo de repetição...

O Espírito não compara nem classifica, simplesmente recebe o presente por inteiro...

Sempre, a todo final de ciclo e início de outro, é quase inevitável que nos abarrotemos de expectativas sobre como vai ser o próximo ano... se vai ser melhor do que o que passou... e com isso criamos fórmulas e receitas que podem ser boas e nos guiar, desde que não nos prendamos a elas como a única possibilidade aceitável.

Quantas coisas deixamos passar sem nem olhar para elas porque fogem ao que queremos?

Seria tão bom se pudéssemos receber cada dia vazios de expectativas e olhássemos para cada coisa que nos chega com o olhar limpo de quem sabe perceber que tudo é um presente...

Que cada dia desse novo ano seja um presente... e que você se abra para receber!

Um comentário:

Arlete disse...

Boa tarde Rita, engraçado como tudo q essa mensagem nos fala é verdadeira, imaginei eu que pelo fato de vc estar viajando nao escreveria no blog, isso pq eu achei q nao escreveria, e veja vc postou..... realmente tem tudo a ver.
Um beijo grande no seu coração por hora italiano rsrsrs
Arlete