terça-feira, 31 de março de 2009

Baile de máscaras





É bem provável que você não tenha apenas uma, mas várias máscaras.
Só que, ao invés de usá-las em bailes tradicionais, com data, hora e local apropriados, posso apostar que você usa suas máscaras diariamente, em diversas situações.
Não! Não estou lhe acusando de falsidade ou manipulação.
Aliás, não estou falando apenas de você, mas de todos nós.
Costumamos usar máscaras por diversos motivos. Mas existe uma razão principal para esta escolha: o medo de sermos inadequados e, conseqüentemente, não-aceitos.
Acontece que, ultimamente, tenho percebido que uma máscara em especial está sendo bastante usada, por muitas pessoas. Este uso generalizado parece ter uma intenção muito positiva. Entretanto, mais do que causar verdadeira alegria em quem a usa e também em quem a vê, estou certa de que tem causado muito mais angústia, vazio e distanciamento do que realmente importa.
É a máscara do "eu sou feliz".
Claro que ser feliz é muito bom e creio que realmente existam muitas pessoas felizes neste mundo. Mas me parece que os motivos são outros. Deveríamos nos sentir felizes pelo que somos, por nossa família, pelos amigos de longa data, pelo amor que sentimos por algumas pessoas especiais em nossas vidas. Enfim, parece que deveríamos nos sentir gratos por uma felicidade genuína.
Pelo simples fato de estarmos vivos, de termos saúde, de conseguirmos superar dificuldades e termos a oportunidade de nos tornar pessoas melhores por conta disso.
No entanto, a máscara do "eu sou feliz" sustenta um sorriso vazio, um copo de chopp na mão, um cigarro na outra e risadas fáceis demais, sem consistência, sem laços de afeto. A máscara cai perfeitamente bem em baladas, rodas de "amigos" que acabamos de conhecer, departamentos de empresas... mas revela um olhar carente, uma boca triste, um coração sem rumo e solitário quando chega em casa, quando se deita para dormir...
Parece que a moda é estar sempre bem, de preferência o melhor da turma. Sem problemas, sem medos, sem grilos ou neuroses. Algo do tipo sobre-humano, encantador à primeira vista. Faz sentido! Como é que poderíamos nos mostrar fragilizados, falar de dificuldades e compartilhar assuntos mais profundos e humanos se neste momento os amigos mascarados simplesmente desaparecem?
Como é que podemos nos sentir incluídos, parte de um grupo se quando mais precisamos das pessoas elas estão ocupadas demais com suas próprias vidas e morrendo de medo de você? Talvez seja mesmo fundamental o uso de máscaras, senão não suportaríamos a constatação de um mundo abarrotado de pessoas morrendo de solidão e desespero...
Porém, não creio que não haja solução. Não creio que não haja possibilidades. Acredito nas pessoas, sobretudo! Acredito no amor e no desejo real que temos de sermos felizes, sem máscaras.
Assim, arrisco-me a afirmar que precisamos mudar nossos desejos, adequá-los e vinculá-los a objetivos mais coerentes. Repetimos o tempo todo: "eu adoro conhecer gente nova, fazer novos amigos". Gente, eu não tenho absolutamente nada contra conhecer gente nova, mas será que este é um objetivo coerente?
E as pessoas que já conhecemos? Precisamos cativá-las, como ensina a raposa do Pequeno Príncipe. Precisamos nos deixar cativar, aprofundar as relações, criar laços... e isso requer tempo, dedicação, disponibilidade.
Isso requer sentar muitas vezes num sofá, tomar um café, conversar, trocar confidências, falar de coração aberto... isso sim é felicidade. Compartilhar a vida, não de forma superficial e mascarada, mas de maneira mais profunda e humana.
Sugiro que você faça uma lista de pessoas de quem você realmente gosta, com quem você supõe que se sentiria feliz em criar laços. Para cada uma delas, reserve um tempo, fique disponível, faça convites mais íntimos. Um chá, uma festa, um encontro no cinema. Qualquer programa, mas vá de peito aberto, disposto a se doar e a receber o outro. Disposto a cativar e ser cativado.
Assim, de laço em laço, estou certa de que já não precisaremos tanto das máscaras. E ficarão cada vez mais diminuídos dentro de nós sentimentos como medo, solidão, tristeza, desespero, confusão e aflição. E sobrará espaço para a tão urgente e necessária solidariedade. Não seja solitário.
Seja solidário!!!

Rosana Braga


segunda-feira, 30 de março de 2009

A criação continua inacabada


Ainda não plantaram todas as flores, nem brilharam todas as estrêlas.
Ainda virão muitas abelhas sugar o mel de nossos jardins.
Muitos pássaros ainda construirão seus ninhos nos galhos inquietos das árvores.

A criação continua inacabada,
enquanto o pobre tiver de catar a comida na lata de lixo; enquanto mães derem à luz na porta dos hospitais, porque não têm dinheiro; enquanto existir o salário-fome e o subemprego;
enquanto se temerem as nuvens negras que fazem rolar as águas e os barrancos; enquanto o homem for um desconhecido, perdido no meio da multidão.

A criação continua inacabada,
enquanto não for saciada a fome da justiça, da beleza do amor e da grandeza da fraternidade de nosso coração.

A criação continua inacabada,
enquanto cada um de nós não acordar e fizer alguma coisa para que o mundo se torne um pouco melhor e os homens se tornem gente!


domingo, 29 de março de 2009

Seja o cisne





Talvez o maior desafio da vida moderna seja sermos nós mesmos em um mundo que insiste em modelar nosso jeito de ser.
Querem que deixemos de ser como somos e passemos a ser o que os outros esperam que sejamos.
Aliás, a própria palavra "pessoa" já é um convite para que você deixe de ser você. "Pessoa" vem de "Persona", que significa "máscara".
É isso mesmo: coloque a máscara e vá para o trabalho. Ou vá para a vida com a sua máscara. Talvez o sentido do elogio: "Fulano é uma boa pessoa", signifique na verdade: "Ele sabe usar muito bem a sua máscara social".




Mas qual o preço de ser bem adaptado?
O número de depressivos, alcoólatras e suicidas aumenta assustadoramente. Doenças de fundo psicológico como síndrome do pânico e síndrome do lazer não param de surgir. Dizer-se estressado virou lugar-comum nas conversas entre amigos e familiares. Esse é o preço. Mas pior que isso é a terrível sensação de inadequação que parece perseguir a maioria das pessoas. Aquele sentimento cristalino de que não estamos vivendo de acordo com a nossa vocação.
E qual o grande modelo da sociedade moderna?
Querer ser o que a maioria finge que é. Querer viver fazendo o que a maioria faz. É essa a cruel angústia do nosso tempo: o medo de ser ultrapassado em uma corrida que define quem é melhor, baseada em parâmetros que, no final da pista, não levam as pessoas a serem felizes.




Quanta gente nós não conhecemos, que vive correndo atrás de metas sem conseguir olhar para dentro da sua alma e se perguntar onde exatamente deseja chegar ao final da corrida?
A maior parte das terapias prega que as pessoas não olham para dentro de si com medo de encontrar a sua sombra. Porém, na verdade, elas não olham para dentro de si por medo de encontrar sua beleza e sua luz. O que assusta é o receio de se deparar com a sua alegria de viver, e ser forçado a deixar para trás um trabalho sem alegria. Mas sejamos francos: para quê manter um trabalho sem alegria? Só para atender às aspirações da sociedade?
Basta voltar os olhos para o passado para ver as represálias sofridas por quem ousou sair dos trilhos, e, mais que isso, despertou nas pessoas o desejo de serem elas mesmas. Veja o que aconteceu a John Lennon, Abraham Lincoln, Martin Luther King, Isaac Rabin? É muito perigoso não ser adaptado!



Essa mesma sociedade que nos engessa com suas regras de conduta, luta intensamente para fazer da educação um processo de produção em massa. Porque as pessoas que vivem como máquinas não questionam a própria sociedade.
A maioria das nossas escolas trabalha para formar estudantes capazes de passar no vestibular. São poucos os educadores que se perguntam se estão formando pessoas para assumirem a sua vocação e a sua forma de ser.
As escolas de música ensinam com os mesmos métodos as mesmas músicas. Quase todas querem formar covers de Mozart ou covers dos Beatles. É raro um professor com voz dissonante que diga para seus alunos: "Aqui você vai aprender idéias, para liberar o músico que existe dentro de você".
Os MBA's, tão na moda, na sua maioria, usam os mesmos livros, dão as mesmas aulas, com o objetivo não explicitado de formar covers do Jack Welch ou do Bill Gates. O que poucos sabem é que nenhum dos dois fez MBA. Bill Gates, muito ao contrário disso, abandonou a idolatrada Harvard para criar uma empresa na garagem, que se transformou na poderosa Microsoft. Os MBA's são importantes para que o aluno aprenda alguns instrumentos de administração. Mas alguém tem de dizer ao estudante: "Utilize essas ferramentas para implementar suas idéias, para ser intensamente você".
Quantos casos de genialidade que foram excluídos das escolas porque estavam além do que o sistema de educação poderia suportar.



Conta-se que um professor de Albert Einstein chamou seu pai para dizer que o filho nunca daria para nada, porque não conseguia se adaptar. Os Beatles foram recusados pela gravadora Deca! O livro "Fernão Capelo Gaivota" foi recusado por 13 editoras! Caetano Veloso foi vaiado quando apareceu com a sua música "Alegria, Alegria!". O projeto da Disney Word foi recusado por 67 bancos! Os gerentes diziam que a idéia de cobrar um único ingresso na entrada do parque não daria lucros. O genial Steven Spielberg foi expulso de duas escolas de cinema antes de começar a fazer seus filmes, provavelmente porque não se encaixava nos padrões comportamentais e técnicos que a escola exigia que ele seguisse. Só há pouco tempo é que ele ganhou um título de "honoris causa" de uma faculdade de cinema. E recebeu o titulo pela mesma razão que foi expulso anteriormente: ter assumido o risco de ser diferente, por não ceder à padronização que faz com que as pessoas pareçam seres saídos de linhas de montagem.
A lista de pessoas que precisaram passar por cima da rejeição porque não se adaptavam ao esquema pré-existente é infinita. A sociedade nos catequiza para que sejamos mais uma peça na engrenagem e quem não se moldar para ocupar o espaço que lhe cabe será impiedosamente criticado.
Os próprios departamentos de treinamento da maioria das empresas fazem isso. Não percebem que treinamento é coisa para cachorros, macacos, elefantes. Seres humanos não deveriam ser treinados, e sim estimulados a dar o melhor de si em tudo o que fazem. Resultado: a maioria das pessoas se sente o patinho feio e imagina que todo o mundo se sente o cisne. Triste ilusão: quase todo mundo se sente um patinho feio também.
Ainda há tempo! Nunca é tarde para se descobrir único.
Nunca é tarde para descobrir que não existe nem nunca existirá ninguém igual a você. E ao invés de se tornar mais um patinho, escolha assumir sua condição inalienável de cisne!




Roberto Shinyashiki



sábado, 28 de março de 2009

Refazendo minha agenda: AGORA







Que vantagem que levo em:
Ficar pensando na criança que já fui?
Quero ser criança AGORA!
Prender-me à adolescência que perdi?
Eu posso ser jovem AGORA!
Chorar as escolas que deixei?
Tenho chance de aprender AGORA!
Lamentar oportunidades de trabalho que não vi?
Eu posso realizar AGORA!
Ressentir-me de amigos que me desapontaram?
Escolho ter novos amigos AGORA!
Frustrar-me por diversões que não tive?
A vida pode divertir-me AGORA!
Desiludir-me com amores que se foram?
Mereço ser amado AGORA!
Fechar-me porque sofri decepções?
Ouso ser confiante AGORA!
Sofrer por sonhos não realizados?
Estabeleço novas metas AGORA!
Desacreditar da felicidade porque já sofri?
Ela está ao meu alcance AGORA!
Prender-me ao passado que ficou lá atrás?
Vivo meu presente AGORA!
Preocupar-me com o futuro que não posso controlar?
Deixo-o nas mãos de Deus AGORA!
O momento presente é tudo que tenho.
Eu decido:
FAZER E SER O MELHOR AGORA
!


sexta-feira, 27 de março de 2009

Vendedores de felicidade















"Compre este belo carro e seja o mais feliz dos homens!"
"Está infeliz? Viaje para a Ilha Paraíso e fique no Hotel Felicidade durante uma semana.

A vida vai voltar a sorrir para você."
"Arranje outro emprego, mude de casa, troque de carro, faça uma limpeza de pele, pinte os cabelos, compre uma tevê nova.

Você vai ver: a felicidade chegará rapidinho."
"Com este shampoo maravilhoso, seus cabelos terão brilho e volume incríveis... e viva a felicidade!"
Use o novo creme dental Ultracintilante, e você terá o sorriso da felicidade."
"Não dá para ser feliz sem praticar esporte.

Venha à Academia Boa Sorte e ganhe o direito à felicidade suprema!"
No dia-a-dia, somos bombardeados com centenas de propagandas que nos dizem como ser felizes.

E podemos pensar que tudo isso é felicidade.

Por que não?

Mas é um problema acreditar em receitas milagrosas de felicidade.

Todos concordamos em dizer que, para ter uma vida feliz e confortável, precisamos de uma casa, de remédios e tratamentos quando ficamos doentes, de dinheiro suficiente para nos alimentar, nos vestir, estudar, passear, tirar férias e viajar de vez em quando...
Entretanto... ninguém pode decidir o que é felicidade.

Ela é algo que não se pode vender, é diferente para cada um de nós.

Não há como dizer o que é a felicidade para o outro.

INVENTAR A FELICIDADE


1. Felicidade é ter uma casa no campo, com plantas e animais de todo tipo, trabalhar na terra, passear com os amigos, não comer carne, não fumar, não tomar bebidas alcólicas...
2. Felicidade é dirigir uma grande empresa, comandar centenas de pessoas, ganhar muito dinheiro e ser invejado por todo mundo...
3. Felicidade é ter uma família, cuidar dos filhos, buscá-los na escola, brincar com eles, jantar fora no sábado à noite...
4. Felicidade é aparecer na televisão, ter a foto nos jornais, ser reconhecido na rua e dar autógrafos...
5. Felicidade é ajudar os outros, ouvir seus problemas, confortá-los, aconselhá-los...
Se alguém nos convencer de que a felicidade são os ítens de 1 a 5, vamos fazer de tudo para consegui-los. Mas... e se depois percebermos que, para nós, ela não está em nenhum deles?
Isso não quer dizer que a felicidade não existe, mas simplesmente que ela tem significados diferentes para as pessoas.
Então, o melhor a fazer não é perguntar o que é a felicidade, pois ninguém sabe a resposta!
A única questão importante é: "O que me deixa feliz?"

Brigitte Labbé



quinta-feira, 26 de março de 2009

Quem vai preencher?



Alguém deixou você, e agora há um buraco em sua alma.
A pergunta é: como você o preencherá?
Vai preenchê-lo com as dolorosas recordações do sofrimento e da rejeição? Ou com as recordações das risadas e dos diversos momentos de alegria que tiveram juntos?
Vai preenchê-lo com ódio e ressentimento?
Ou com a gratidão de ter agora a oportunidade de escolher como vai preencher o buraco?
Vai preenchê-lo com as inúmeras razões pelas quais isso não deveria ter acontecido com você?
Ou vai preenchê-lo com a coragem necessária para aceitar que foi isso o que aconteceu com você?
Vai preenchê-lo com a confiança de que pode lidar com isso, seja lá como for?
Ou vai preenchê-lo com a crença do fracasso, de que não pode passar por isso, ou de que não será capaz de preencher esse buraco?
Vai esvaziar toda a sua auto-estima até que o buraco se torne um poço de autopiedade, insegurança e todos os sentimentos que mantém você no buraco do desespero? Vai se atirar no buraco e ficar lá chorando?
Você pode tapar o buraco com amor, preces e aceitação da sua capacidade de pular ou se desviar do buraco.
Você também pode recuar, dar-se um tempo e esperar ver o EU que emerge do buraco.
A escolha é sua!
Até hoje, você pode ter acreditado que tinha de ficar no doloroso buraco da dor causada pela perda de uma pessoa querida.
Hoje, faça um esforço consciente e escolha tapar o buraco e seguir em frente.

Iyanla Vanzant


quarta-feira, 25 de março de 2009

Aventuras no fundo da gaveta



Tem coisas que a gente esquece deixa pra trás, larga num canto...

Os anos passam. Um dia a gente aparece procurando um documento mexe aqui, mexe ali... e o que acontece?

Na gaveta mais baixa da velha cômoda a gente sempre acha antigas lembranças velhas brincadeiras. Alguns lápis de cor, que em mãos ainda inseguras, deram vida a tão estranhas figuras...

Figuras? Figurinhas!... O álbum completo parece não valer nada. e um dia valeu menos - bem menos - que uma só figurinha carimbada!

Uma outra coleção: selos. Deve valer muito, hoje - dirão.
Nada, o que vale mesmo é recordar.

Numa velha gaveta, muita coisa se acha: é carrinho de plástico, perereca de borracha, estilingue sem elástico... bola de ping-pong, rede, raquete, moedinha da sorte, o primeiro canivete... bolinhas de gude não podiam faltar, um ioiô colorido também tem seu lugar, uma peteca depenada nem dá mais pra jogar.

Um livro encardido de páginas amareladas, eterno esconderijo de príncipes, fadas duendes, dragões e bruxas malvadas.

Puxa... como essas coisas tocam fundo o coração...

No fundo de uma gaveta, tudo é possível a gente achar, sem querer até algum sonho que um menino esqueceu, quando saiu pra crescer.

Você tem olhado no fundo de suas gavetas?

Talvez encontre algo precioso que esteja perdido...talvez aquele sonho que hoje você pode transformar em realidade.

José C. Barbosa de Aragão


terça-feira, 24 de março de 2009

Condicionamentos



Não condicione nada na vida para viver.
Não perca o momento em função de tal ou qual acontecer.
Cada instante tem seu proprio e único, sentimento que como o tempo nunca mais vai acontecer.
Os mas, porém, todavia, contudo ou se... esquece.
Somente vão te freiar em nada vão te ajudar.
Podem até comprometer ou apenas protelar.
Prorrogar... o que nunca mais vai acontecer.
Instantes são como cometas, belos e fugazes.
Quando o tempo passa, não acontece de novo... jamais.
Tempo passado é tempo perdido... ou vivido. se não for condicionado... cada segundo sentido.
Ao se entregar, se entregue até a alma.
Não deve existe nada parcialmente sentido ou simultâneamente vivido.
Viva seu instante se dedique a ele somente.
E você vai viver plenamente.
Na paixão, entregue todo coração.
No amor se doe com ardor, com fervor.
Na amizade com toda lealdade.
Mergulhe nos sentimentos profundamente que eles lhe envolvam completamente como a água envolve o corpo, como o sol a pele afaga como a adrenalina seu coração descompassa.
Faça, faça sempre com amor.
Não existe instituiçao para o coração coração nao quer saber de razão coração quer sensação, na mais pura paixão.


segunda-feira, 23 de março de 2009

Conquistar um lugar



VOAR
Conquistar outros mundos.
SONHAR
Se esquecer por segundos.
CANTAR
Libertar nossa alma.
CRESCER
Quando está difícil viver.
DIALOGAR
Para tentar se entender.
SE OLHAR
Para se conhecer.
SE ISOLAR
E conseguir refletir.
NÃO ESCONDER
O que se está a sentir.
PARAR
Quando é impossivel vencer.
ENFRENTAR
é melhor que fugir.
PARTIR
Quando se sabe onde ir.
ESCALAR
Sem ninguém magoar.
O AMOR
é para usufruir.
DAR
Sem troca pedir.
O OUTRO
é preciso aceitar.
NÃO APENAS
Cativar e seduzir.
BUSCAR
Onde se quer caminhar.
é MAIS DIFICIL
Que deixar conduzir.
SER FORTE
Muitas vezes é chorar.
E SORRIR
Quando a dor machucar!
TER CORAGEM
é querer levantar.
SE ERGUER
Sem ter aonde apoiar.
SUPORTAR
Quando se cansou de lutar.
DESCALÇO
Sobre as pedras pisar
com os nossos proprios pés
NOSSO LUGAR CONQUISTAR.

Eladir Albertinn





domingo, 22 de março de 2009

Continuar navegando




Nossa existência lembra o riacho buscando o mar.
Surgem pedras, barreiras e obstáculos.
Riacho inteligente, contorna, assimila, passa por cima, passa por baixo, sempre encontrando um jeito de prosseguir porque o mar chama, convida.
Porque o mar é seu endereço final.
Riacho bobo fica rodeando a pedra, o desafio, a barreira.
O rio atinge suas metas, porque aprende a superar dificuldades.
Continuar navegando é...
Perseverar quando a maioria desiste.
É sulcar as águas, quando outros já ancoraram.
É chutar longe a tristeza, fazendo um pacto sagrado com a paz.
Continuar navegando é...
Embeber-se de infinitos, na coragem de quem enfrenta o impossível.
É o mergulho fundo de quem atravessa a casca.
É insistir no válido e nobre, quando outros desalentam.
É colher trigo bom, num campo atapetado de joio.
É ser jovial face aos problemas, indulgente com os menos prendados, afável com os mais velhos e irmãos de todos.
Continuar navegando é...
Construir templos de fraternidade, com as pedras que jogam em nossos telhados.
É suar a camiseta, quando a maioria já saiu de campo.
É recomeçar, cada dia, mesmo que seja sobre ruínas e cinzas.
Fixando as flores, esquecendo os espinhos.
Fazendo da vida uma prece.
Continuar navegando é...
Falar palavras mansas... Florir ternura onde outros praguejam.
É dar voto de confiança, onde a maioria descrê e se acovarda.
É divinizar o humano e espiritualizar o terreno, pendurando sorrisos de alegria e gratidão até nos galhos secos do cotidiano.
É retornar às fontes da simplicidade cultivando o silêncio como se fosse um oratório.
Sempre e em tudo com a profunda vontade de...
Ser... Cantar... Crescer... Servir... Amar.

Pe. Roque Schneider

Reflexão:
A vida é sempre bela, fecunda e cheia de paz quando abraçamos com simplicidade aquilo que a gente sonha e faz.




sábado, 21 de março de 2009

Perdão







Quanto maior for o seu conhecimento, maior será a cobrança, disse-me um profundo conhecedor das leis do Universo.

Na primeira vez que ouvi não dei muita atenção ao fato e na realidade tive dificuldades para entender o real significado e a profundidade da afirmação.
O tempo e meus estudos mostraram a realidade dos fatos.
Sim, existe cobrança e ela se faz mais presente quanto mais evoluímos.
A ignorância não é cobrada.

O desconhecimento faz com que o peso do efeito do livre arbítrio tenha sérias sanções em nossas vidas.

Não adianta procurarmos culpados.
Não é recomendado querermos buscar falhas nos outros quando somos, verdadeiramente, os únicos responsáveis pela nossa colheita.

O que fazer então? Simples, mas difícil de se executar.

Viver conforme sabemos ser a verdade é o grande segredo.

Recentemente passei por uma prova.
Sem perceber deixei-me envolver pelo sentimento de revolta, mágoa e comecei a padecer.
Não dormia.
Tinha dificuldade em fazer a digestão.
Minha pressão arterial havia desregulado.
Fiz uma auto-análise e descobri a causa de meus problemas.
Eram meus pensamentos e conseqüentemente minhas atitudes... Meditei.
Mudei e colhi o fruto.
Melhorei.

Mas tive uma ajuda.

"Ninguém que aprenda a perdoar poderá deixar de lembrar de Deus.
O perdão é, portanto, tudo o que precisa ser ensinado, pois ele é tudo que precisa ser aprendido.
Todos os bloqueios à lembrança de Deus são formas de não-perdão, e nada mais.
Isso nunca fica explícito para o paciente, e só de vez em quando o fica para o terapeuta.
O mundo tem convocado todas as suas forças contra essa percepção, pois nela reside o término do mundo e tudo aquilo que ele representa".

Nada para ser acrescentado, você não acha?

Saul Brandalise Jr.







sexta-feira, 20 de março de 2009

Outono...

20 de março, início do Outono
~

É outono... a mágica estação do ano em que a natureza revela um especial esplendor. Calmamente vou adentrando a alameda de plátanos dourados. Um tapete amarelo-avermelhado espalha-se a meus pés, por onde sigo pisando calmamente, num vagar calculado, com o firme propósito de saborear esses momentos de pura e encantadora magia...
Folhas de outono... Nas árvores, nos ares, no chão. Folhas de outono em sua derrareira e incomparável glória, exalando um aroma adocicado, de flutuante despedida.
Folhas de outono a cair dolentes, num bailar dourado, esvoaçantes, ternas, doces, displicentes, espalhando pelos ares pingos multicores – pálidos, marrons, rubros, nacarados, cintilantes, diferentes e diversos como os sentimentos humanos, que transitam numa vasta gama - eterna e densa - que vai da apatia à paixão intensa.
Prossigo, relembrando os melancólicos outonos que já vivi... As diferentes primaveras que vivenciei – ternas, intensas, fortes, coloridas... E os verões... Quantos verões ardentes, sedentos, apaixonantes...
Meu olhar repousa sobre uma dessas pequeninas folhas de outono, que insiste em permanecer no ar, como se ainda lhe restasse uma leve esperança de não esmorecer de vez no chão úmido, salpicado por centenas de outras folhinhas em decomposição, já se entregando ao ciclo implacável da natureza.
Da mesma forma, meu solitário ser, após vivenciar tantos férteis ciclos da existência humana, sente estar chegando ao derradeiro outono da vida. E tenta agarrar-se a um fio de esperança, insistindo em usufruir os derradeiros prazeres mundanos, como aquela pequenina folha, na esperança de retardar ao máximo a queda final.
A folhinha, finalmente, repousa sobre o chão. De repente, não a percebo mais; ela misturou-se aos infinitos outros pontos amarelos do chão de outono... entregou-se a seu inevitável destino de participar do processo de transformação da natureza, para um dia retornar em alguma paisagem, fazendo-me lembrar que
a vida se move em ciclos de fazer e desfazer, que sentimentos arrefecem, que ardentes paixões esfriam, que toda glória é efêmera... mas que os ciclos favorecem o renascer da esperança – e esse, sim, é duradouro... é eterno em todos os corações humanos...


Oriza Martins





quinta-feira, 19 de março de 2009

Cultivar e evitar



Cultive.

Amigos que não dão corda para sua hipocondria, seu pessimismo e lhe convidam para programas imperdíveis quando você está na pior.
Evite.

Amigos que estão ao seu lado nas piores horas, mas somem quando você está muito bem.

Ser amigo na desgraça é fácil, no sucesso exige uma alma especial.

Cultive.

Familiares que dão dicas de beleza quando você está entregue às baratas.

Evite.

Familiares que acham você uma "gracinha" quando está muito acima do peso.

Cultive.

Pessoas que no trabalho respondem telefonemas, e-mail, pedidos de ajuda e lamentam quando não podem corresponder as suas expectativas.

Evite.

Gente que no trabalho só responde telefonemas e e-mails de quem tem poder e quando promete ajuda, esquece.

Cultive.

Pessoas que no trabalho acham o máximo sugestões inovadoras e tentam contribuir para o crescimento dos colegas.

Evite.

Colegas de trabalho que listam obstáculos às sugestões inovadoras e colocam defeito em tudo o que os outros fazem.

Cultive.

Amores, familiares, amigos, colegas de trabalho que desejam que você cresça mesmo que seja longe deles e sem eles.

Evite.

Amores, familiares, amigos, colegas de trabalho que esperam que você os acompanhe em tudo mesmo que isso lhe prejudique.

Cultive.

Pessoas que têm tempo e disposição para retribuir o que você investe nelas. No real e no virtual.

Evite.

Gente que espera que você escreva, telefone, procure, convide para poder reclamar quando alguma coisa não der certo.

Cultive.

Gente que fica indignada e triste ao ver crianças esmolando nas esquinas, adolescentes pobres assaltando e as cadeias superlotadas.

Evite.

Gente que tem tanto medo de crianças pedindo esmolas que nem ao menos olha para elas na hora de recusar.

Cultive.

Gente que dá soluções e se dispõe a ajudar a resolver problemas coletivos.

Evite.

Gente que não acredita em soluções para problemas coletivos.

Cultive.

Pretendentes que dizem e comprovam a maravilhosa pessoa e irresistível amante que você é.

Evite.

Pretendentes que oscilam entre interesse e recuo e manipulam suas expectativas no amor.

Cultive.

Ex-amor que, ao lhe encontrar, demonstra que começaria tudo outra vez porque você deixou marca na sua memória amorosa.

Evite.

Ex-amor que aproveita a menor oportunidade para colocar defeitos no que você faz, fala, escreve.

Cultive.

A generosidade de elogiar as qualidades das pessoas que você ama e a lucidez de não se deixar aprisionar pelos defeitos delas.

Evite.

A inveja das qualidades do seu amor que atraíram você, a incoerência de tentar eliminar essas qualidades.

Cultive.

Gente que gosta mais de beijo na boca do que drogas. Gente que gosta mais de beijo na boca do que se empanturrar de comida. Gente que gosta de beijo na boca acima de tudo.

Evite.

Gente que acha que você é carente, faz romance por tudo, gosta de beijar na boca em excesso. Amar nunca é demais.


Enfim, procure sempre, cultivar anjos e evitar vampiros.

Sonia Rodrigues




quarta-feira, 18 de março de 2009

Peças sem reposição




Às vezes, por causa de uma bobagem, uma lasquinha, a gente deixa de lado o que há de mais precioso no mundo: um relacionamento.



Eu não entendo nada de pintura, mas reverencio quem tem o dom, e por isso corri para a exposição Paris 1900 assim que pude.



Não é toda hora que se tem a oportunidade de ficar frente a frente com um Toulouse Lautrec, um Renoir, um Cezanne ou com uma escultura de Rodin, mesmo que não sejam suas obras mais importantes. Está tudo lá no Margs, ao alcance dos olhos.



Mas não das mãos, pois trata-se de um museu, e exige-se modos: é proibido tocar, é proibido colocar o acervo em risco.



Pois estávamos eu e uma amiga apreciando um belo cálice esculpido por um dos artistas, muito bem protegido dentro de uma caixa de vidro, quando ela me contou que tinha um cálice em casa que ela também tratava como obra de arte.



É um cálice que ela ganhou de presente do dono de um restaurante de Frankfurt, onde ela teve um jantar que mudou sua vida.






Além de o cálice ser espetacular, tem um valor afetivo imenso, e ela o guarda quase que numa redoma, só falta etiquetar e direcionar um canhão de luz em cima.



Outro dia ela se descuidou e viu seu sobrinho, um garotinho estabanado como qualquer outro, pegar o seu santo graal pra tomar água. Ela não enfartou por detalhe. Retirou o cálice da mãozinha dele e o substituiu por um bom copo de plástico colorido. O guri topou a substituição e ela voltou a respirar.




A troco de que todo esse papo? Pra lembrar que tem muita coisa na nossa vida que não tem reposição.



Não falo apenas do Iberê que alguns sortudos têm na parede. Falo de pequenos cálices sagrados, que podem nem ser cálices. Na maioria das vezes são gente.




É exagero colocar numa redoma as pessoas que nos são caras, mas exceder-se no descuido é imperdoável.



Amigos, principalmente os íntimos, esquecem com muita freqüência de serem gentis uns com os outros. Se a gente for perguntar por qual razão, "ora, porque somos amigos, não precisamos disso". Até que um dia colidem feio, se espatifam, e o carinho, que era para ter sido exercitado e não foi, vai fazer falta na hora de colar tudo de novo.



Pessoas não têm reposição.



São obras de arte exclusivas, seguro nenhum compensa a perda.



Às vezes, por causa de uma bobagem, uma lasquinha, a gente deixa de lado o que há de mais precioso no mundo: um relacionamento. Não nos damos o trabalho de restaurá-lo, seja por orgulho, presunção ou pela total falta de noção do que realmente é importante nessa vida.
Cálices belos e raros, quadros representativos de uma época, amigos, filhos e amores: únicos.



Reproduções não valem nada.


terça-feira, 17 de março de 2009

Amizades são feitas de pedacinhos





Amizades são feitas de pedacinhos.


Pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa.

Não importa a quantidade de tempo que passamos com cada amigo, mas a qualidade do tempo que vivemos com cada um.

Cinco minutos podem ter uma importância muito maior do que um dia inteiro. Assim, há amizades que são feitas de risos e dores compartilhados; outras de escola; outras de saídas, cinemas, diversões; há ainda aquelas que nascem a gente nem sabe de quê, mas que estão presentes.

Talvez essas sejam feitas de silêncios compreendidos, ou de simpatia mútua sem explicação.

Hoje em dia, muitas amizades são feitas só de e-mails e essas não são menos importantes.
São as famosas "amizades virtuais." Diferentes até, mas não menos importantes.

Aprendemos a amar as pessoas sem que possamos julgá-las pela sua aparência ou modo de ser, sem que possamos ( e fazemos isso inconscientemente às vezes) etiquetá-las.

Há amizades muito profundas que são criadas assim.

Saint-Exupéry disse: "Foi o tempo que perdestes com tua rosa que fez tua rosa tão importante." E eu digo que é o tempo que ganhamos com cada amigo que faz cada amigo tão importante. Porque tempo gasto com amigos é tempo ganho, aproveitado, vivido.

São lembranças para cinco minutos depois ou anos até. Um amigo se torna importante pra nós, e nós para ele, quando somos capazes, mesmo na sua ausência, de rir ou chorar, de sentir saudade e nesse instante trazer o outro bem pertinho da gente.

Dessa forma, podemos ter vários melhores amigos de diferentes maneiras. O importante é saber aproveitar o máximo cada minuto vivido e ter depois no baú das recordações horas para passar com os amigos, mesmo quando estes estiverem longe dos nossos olhos.

"Vamos amar os corações que nos cercam
e tentar alcançar novamente
aqueles que se distanciaram.
Há sempre tempo para se amar
e se não houvesse,
o próprio amor seria capaz de inventar"


Letícia Thompson



segunda-feira, 16 de março de 2009

Acreditar







Creio em mim mesmo.
Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família. Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos.
Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito.
Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe.
Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar.
Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo.
Não caluniarei aqueles que não gosto.
Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem.
Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz. Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão.
(Mahatma Gandhi)


domingo, 15 de março de 2009

Quando abraçamos a fé





Cada pensamento,
Cada palavra,
Cada sussurro,
Cada porém de estar aqui agora,
Me faz acreditar,
Que vivemos muito além do que pensamos.
Cada amanhecer,
Cada entardecer,
Cada anoitecer,
Me faz perceber que a vida é muito mais,
Do que somos capazes de imaginar.
Cada lágrima,
Cada dor,
Cada momento,
Me faz entender que por mais
Que fugimos,
O acaso sempre nos encontra,
Pois algumas coisas são certas
E uma delas é de que
Sofrer também faz parte da história de cada um.
Cada vitória,
Cada sorriso,
Cada nova vida,
Me faz amar as melhores coisas que existem,
E a superar aquelas
Que por mais que aparentam invencíveis,
Acabam por si,
Quando abraçamos a fé.




sábado, 14 de março de 2009

Quem cuida de você... é você mesmo





Vamos pôr uns pingos nos is.
Quem cuida de você é você mesmo.
Não, não é ninguém mais.
Não, não é responsabilidade dos outros, não é dever alheio, não é nem mesmo uma obrigação moral de quem quer que seja.
Quem cuida de você é você mesmo.
E o outros cuidam de si.
Podem, eventualmente, também cuidarem de você, mas este é um ato discricionário, livre, desvinculado e não obrigatório.
Portanto, não espere que os outros cuidem de você.
Quem cuida de você é você mesmo.
Quem coloca você em primeiro lugar é você.
Sim, você pode ser altruísta e legal e querido e mimoso e despreendido e fofo e tudo e tals e colocar o outro em primeiro lugar.
Tudo bem, é lindo, mas não ache que se você faz isso tem o direito de exigir o mesmo tratamento.
Não tem.
Não tem não.
Quem cuida de você é você mesmo.
Como corolário lógico desta premissa, quem cuida do outro é ele mesmo.
Portanto, se o outro está cuidando dele mesmo, ele não está sendo egoísta, filho disso ou daquilo, mesquinho, bobo, mau, chato e feio.
Não.
Nananinanão.
Ele está sendo humano e fazendo o que deveria fazer.
Nada de fazer chantagem como o outro.
“Eu fiz tanto por você e agora você...”
Não.
Nada disso.
Fez porque quis.
Fez porque achava bom.
Fez porque lhe fazia bem fazer.
Se fez para obter algo em troca, se fez esperando retribuição, bah, meu amigo, lascou-se.
Altruísmo por definição é fazer o bem, não ver a quem e não encarar isso como um fundo de ações.
Aprenda que quem cuida de você é você.
Aprenda a cuidar de você. Aprenda a resguardar-se, a dizer as coisas claramente, a dizer NÃO, não quero, não tenho vontade, não vai rolar.
Sinceridade.
Diga isso sem culpa, ou dor, ou remorso, ou peso.
Diga isso sabendo que está cuidando de você e que não está fazendo nada além da sua obrigação.
Sim, concordo que o que faz o mundo melhor e mais palatável são as coisas que a gente faz pelos outros e as coisas que os outros fazem por nós, assim, de livre e espontâneo amor.
Certo.
Mas isso é o brinde, isso é o plus a mais, isso é o bônus, o fru-fru, o chantilly, o diferencial, o point, o balangandã, o tchans.
O normal e esperado é outra coisa.
Repita comigo: quem cuida de você é você mesmo.
Isso.
De novo.
Mais uma vez.
Boniiiiito.

Ticcia


sexta-feira, 13 de março de 2009

Se eu pudesse





”Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amara vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudoo que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria os erros que foram cometidospara que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse,o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmoa resposta e a força para
encontrar a saída."
“A força não provém da capacidade física, e sim de uma vontade indomável”.
“A felicidade não está em viver, mas em saber viver.
Não vive mais o que vive, mas o que melhor vive”.


quinta-feira, 12 de março de 2009

saber viver




Parece que é fácil o "saber viver". Basta não morrer.

Contudo, existe uma grande diferença entre "saber viver", e simplesmente "estar vivo".

"Estar vivo", é ocupar um lugar no mundo, é permanecer respirando, é estar andando por aí, circulando entre as pessoas, tendo presença entre seus semelhantes.

"Saber viver", é na verdade, tirar proveito da vida. É marcar sua passagem, fazendo com que as pessoas sempre se lembrem com saudade de você. Aquela saudade boa, que uma pessoa que sempre procurou fazer o bem deixa.

"Saber viver", igualmente, é procurar as coisas boas da vida, e desfrutá-las. O que são as coisas boas da vida? Ora, aquelas que nos dão prazer, que são aproveitadas com a alma e o coração em paz. Desde um simples apreciar do por ou nascer do sol, ou então simplesmente olhar o mar, ou o verde das montanhas, até uma viagem em um transatlântico de luxo... Pequenas coisas para grandes prazeres.

Enfim, o que pode nos dar prazer sem que estejamos fazendo mal a outros.

Existem pessoas que se preocupam mais em prejudicar outras pessoas, do que viver a própria vida. Esse é um prazer nocivo, que não representa "saber viver".

Meu grande amigo Oscar Wilde, deixou uma citação que vem a calhar:

" Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."

E que grande verdade é essa.

Infelizmente hoje em dia nem todo o mundo tem aquele pensamento do tipo: se não posso ajudar, não vou atrapalhar.... Parece que o lema que manda que "nos ajudemos uns aos outros", está sendo substituído por "nos ferremos uns aos outros". E isso não é bom...

Sempre que alguém nos magoa, penso que devemos saber os motivos de tal atitude. Se houver uma explicação, ouçamo-la. Se não houver, é porque essa outra pessoa está mal intencionada. Nesse caso, o melhor é esquecer que ela existe, e ponto final.

Existem diversas maneiras para acalmar o espírito, que ajuda a esquecer eventuais mágoas e encontrar soluções.

Em casos de problemas desse gênero, não há nada melhor do que uma boa reflexão, fazendo o que mais lhe der prazer. Uma caminhada pela praia, ou pelo campo, deixando o pensamento fluir à vontade... ou então simplesmente apreciar o sol nascendo ou se pondo (coisa mais linda não há). O simples tamborilar da chuva, seja nas árvores ou nos telhados, também ajuda a meditar. Uma boa música relaxante. São pequenas coisas que trazem grandes resultados. O importante é dar uma ducha de água fria na raiva, esta, além de nos incitar a fazer mal a outrem, também nos faz mal à saúde, nos estressa...

Relaxemo-nos pois.

Pensamentos positivos também ajudam. Rever erros passados e corrigi-los. Fazer uma viagem. Pegar uma estrada, procurar um lugar bonito e parar um pouco. Um banho de cachoeira. Um bom filme com um saco de pipocas. Uma paquera (não há coisa melhor para desanuviar o espírito do que uma paquera sem compromisso...). Inclusive sempre precisamos testar nosso poder de sedução... e até isto, só funciona se estivermos "de bem" conosco e com o mundo.

Como vemos, é muito fácil "saber viver". Basta "querer" viver. E, "conditio sine qua non", para isso, é "deixar viver". Deixando que os outros vivam em paz, é meio caminho andado para que nossa existência também transcorra bem. É lícito pensar que o maior objetivo para qualquer pessoa normal é ter uma vida tranquila e sossegada, que se consegue muito facilmente, procurando atrair simpatias, ao invés de antipatias, amor ao invés de ódio (palavrinha feia esta).

"Viver... e não ter a vergonha de ser feliz..." Grande Gonzaguinha!!! É o melhor conselho que se pode dar para alguém...




quarta-feira, 11 de março de 2009

Ser humilde



"Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração" Mateus, 11:29

Jesus Cristo, sendo Deus-Homem, foi o mais humilde que os olhos humanos já viram. A humildade é a virtude mais sublime e que mais caracteriza o homem, na sociedade, no lar, na igreja, e no exercício de suas funções, sejam elas grandes ou pequenas, elevadas ou modestas.

O pecado do orgulho, leva o homem a menosprezar as pequenas coisas e só verem as coisas altivas. O sábio entretanto, procura enxergar grandezas nas coisas humildes. Disse Alexandre Dumas:

"- A criança é pequena e encerra o homem, o cérebro é estreito e abriga o pensamento, a pupila é um ponto e abrange a imensidade".

Conheço pessoas que nada possuem, são estúpidas e vivem a espalhafatear grandezas e exibir conhecimentos que nem deles se aproximam. Li há pouco de um moço que fizera um curso de "Relações Humanas" e tornou-se tão pretensioso e tão enfatuado, que desmoralizou o curso que fizera. Foi um curso decorado: um verniz na casca, mas o "miolo" era podre.

A pessoa humilde, nunca se considera superior a ninguém, mesmo tratando com pessoas de posição inferior; não trata com menosprezo os seus subalternos; não repreende com arrogância; não exibe seus conhecimentos para demonstrar grandezas; não se ensoberbece pelo que possui. Porém, sabe baixar a cabeça diante de um elogio sincero; sabe pedir desculpas quando erra contra alguém; sabe reparar o erro quando é advertido; sabe ter paciência com os ignorantes; sabe mandar sem orgulho e obedecer sem baixeza. O homem humilde não se envergonha de sua origem humilde, pelo contrário se compraz em relatar.

Humberto de Campos, o príncipe dos literatos brasileiros, escreveu dois volumes: "Memórias inacabadas", contando neles toda sua vida de pobreza extrema e não ocultou até a fome que passara; coisas que Machado de Assis, com toda sua pujança de escritor, digna de nossa admiração, não teve coragem de escrever para os seus admiradores, a sua origem de pobreza.

Lincoln foi talvez o maior homem das Américas, e nunca se envergonhou de contar sua vida de lenhador; e nos deixou o célebre provérbio: - "Não importa o ninho, se o ovo é de águia".

Ser humilde é ser manso, ser modesto, ser delicado, ser cortês; essas qualidades são o melhor "cartão de visita" que se pode oferecer aos seus observadores. Nunca se deve esquecer que em torno de si há centenas de olhos curiosos, observando os seus passos, seus hábitos e tirando conclusões de suas qualidades e fazendo juízos a seu respeito. Deveria então de quando em quando, perguntar-se a si mesmo: "- Que dizem os homens que eu sou?"

A humildade revela inteligência, nobreza de alma e superioridade de espírito; uso de razão, boa formação de caráter e um conceito exato do que é a vida, repetindo sempre as palavras divinas:

"Lembra-te de que és pó e em pó hás de tornar."
Não há coisa mais bela, não há traje que dê tanta elegância, não há jóia que realce tanto um perfil, como a humildade!!!


Adelino Ferreira de Abreu




Gente Humilde-Chico Buarque

terça-feira, 10 de março de 2009

A cobra e o vagalume

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um vagalume que só vivia para brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças o vagalume parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que vou te comer mesmo, pode perguntar...
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não.
- Te fiz alguma coisa?
- Não.
- Então por que você quer me comer ?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER VOCÊ BRILHAR...
Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar.


segunda-feira, 9 de março de 2009

A opinião dos outros


Você se importa com a opinião que os outros têm a seu respeito?


Se a sua resposta for não, então você é uma pessoa que sabe de si mesma.


Que se conhece.


É auto-suficiente.


No entanto, se a opinião dos outros sobre você é decisiva, vamos pensar um pouco sobre o quanto isso pode lhe ser prejudicial.


O primeiro sintoma de alguém que está sob o jugo da opinião alheia, é a dependência de elogios. Se ninguém disser que o seu cabelo, a sua roupa, ou outro detalhe qualquer está bem, a pessoa não se sente segura.


Se alguém lhe diz que está com aparência de doente, a pessoa se sente amolentada e logo procura um médico.


Se ouve alguém dizer que está gorda, desesperadamente tenta diminuir peso.


Mas se disserem que é bonita, inteligente, esperta, ela também acredita.


Se lhe dizem que é feia, a pessoa se desespera.


Principalmente se não tem condições de reparar a suposta feiúra com cirurgia plástica.


Existem pessoas que ficam o tempo todo à procura de alguém que lhes diga algo que as faça se sentir seguras, mesmo que esse alguém não as conheça bem.


Há pessoas que dependem da opinião alheia e se infelicitam na tentativa de agradar sempre.


São mulheres que aumentam ou diminuem seios, lábios, bochechas, nariz, para agradar seu pretendido.


Como se isso fosse garantir o seu amor.


São homens que fazem implante de cabelo, modificam dentes, queixo, nariz, malham até à exaustão, para impressionar a sua eleita.


E, quando essas pessoas, inseguras e dependentes, não encontram ninguém que as elogie, que lhes diga o que desejam ouvir, se infelicitam e, não raro, caem em depressão.


Não se dão conta de que a opinião dos outros é superficial e leviana, pois geralmente não conhecem as pessoas das quais falam.


Para que você seja realmente feliz, aprenda a se conhecer e a se aceitar como você é. Não acredite em tudo o que falam a seu respeito.


Não se deixe impressionar com falsos elogios, nem com críticas infundadas.


Seja você.


Descubra o que tem de bom em sua intimidade e valorize-se.


Ninguém melhor do que você para saber o que se passa na sua alma.


Procure estar bem com a sua consciência, sem neurose de querer agradar os outros, pois os outros nem sempre dão valor aos seus esforços.


A meditação é excelente ferramenta de auto-ajuda.


Mergulhar nas profundezas da própria alma em busca de si mesmo é arte que merece atenção e dedicação.


Quando a pessoa se conhece, podem emitir dela as opiniões mais contraditórias que ela não se deixa impressionar, nem iludir, pois sabe da sua realidade.


Nesses dias em que as mídias tentam criar protótipos de beleza física, e enaltecer a juventude do corpo como único bem que merece investimento, não se deixe iludir.


Você vale pelo que é, e não pelo que tem ou aparenta ser.


A verdadeira beleza é a da alma.


A eterna juventude é atributo do espírito imortal.


O importante mesmo, é que você se goste.


Que você se respeite.


Que se cuide e se sinta bem.


A opinião de alguém só deve fazer sentido e ter peso, se esse alguém estiver realmente interessado na sua felicidade e no seu bem-estar.


Nenhuma opinião que emitam sobre você, deve provocar tristeza ou alegria em demasia.


Os elogios levianos não acrescentam nada além do que você é, e as críticas negativas não tornarão você pior.


Busque o autoconhecimento e aprenda a desenvolver a auto-estima.


Mas lembre-se: seja exigente para consigo, e indulgente para com os outros.


Eis uma fórmula segura para que você encontre a autoconfiança e a segurança necessárias ao seu bem-estar efetivo.


E jamais esqueça que a verdadeira elegância é a do caráter, que procede da alma justa e nobre.
Pense nisso, e liberte-se do jugo da opinião dos outros.



domingo, 8 de março de 2009

Mulher todos os dias










Um dia não é suficiente
Todos os dias são dias de todas as mulheres
Mulheres simples, chiques,
peruas, humildes,batalhadoras,
sinceras Mulheres amadas,
Mulheres que amam Mulheres que são mães,
empresárias, trabalhadoras,
donas de casa Mulheres que são companheiras,
amantes e amigas de seus companheiros
Mulheres que fazem às 24 horas do dia
Serem mínimas diante de tantas ocupações
Mulheres que completam o sentido da vida
Mulheres que dão luz à vida
Que reproduzem e mantém a vida
Mulheres que sofrem, mas que correm atrás de seus direitos
e comemoram a cada conquista ,
a cada linda vitória Mulheres,
que são início, meio e fim Seres mais especiais e completos
Que amam intensamente
como se cada amor fosse o único de suas vidas
E como se fosse eterno, não somente enquanto dure,
mas enquanto as suas vidas durassem
Mulheres que se dedicam a vida , ao amor
Dedicam-se aos homens, sejam eles namorados,
amantes, maridos ou filhos,
com todos sentimentos sinceros
Mulheres que desejam ser feliz,
E que querem aliar todos seus desejos Independênica,
trabalho, amor, sexo, família, marido , filhos.
Mulheres que são belas como as mais lindas flores
Mulheres que merecem ser tratadas
com gestos delicados, singelos e com muito amor.
Mulheres que merecem serem homenageadas
durante todos os 365 dias do ano,
às 24 horas do dia,
a cada minuto e segundo que correm de nossas vidas


.



sábado, 7 de março de 2009

Mulher Brasileira


Parabéns a todas mulheres que com a
luta do dia a dia estão conquistando
o espaço com dignidade e respeito.

É grande privilégio compartilharmos
de tua companhia !


Tu és mulher
Tu és um ser
Que pode ser mais do que és
Um passarinho fruta qualquer
Pode ser doce
Ou fel até

Pode não ser como quiser
Mas serás a guerra e a paz
Serás o bem e não será demais
O mal me quer
Ser se quiseres

Pois as mulheres são tão iguais
À natureza e aos rapazes
Que tudo fazem ou nada fazem
Senão viver como capazes

De fazer de acontecer
De adormecer quando chover
Ou de morrer de um amor comum
Que qualquer um pode querer

Pode levar na bandeja
A cabeça de um cristão
Pode servir ou vir a ser
O teu próprio sim ou não...




sexta-feira, 6 de março de 2009

Mulheres



Não me bastam os cinco sentidos para perceber-lhes toda a beleza. Não me bastam os cinco sentidos para viver com totalidade o mistério profundo que elas trazem consigo. Eu tenho é que tocá-las, cheirá-las, acariciá-las, penetrar-lhes o sorriso, sentir o seu perfume, beijar-lhes o céu da boca, ouvir suas histórias, transformá-las em deusas. Tenho que dar-lhes o amor que o meu corpo conduz e sustenta-me a alma. O belo amor natural de todos os corpos e almas e coisas do mundo. Como espelho de paixões em labareda, tenho que sentir nos seus olhos um raro brilho diamante.

Eu as respeito e as venero, com a graça de um cisne satisfeito nadando num lago tranqüilo e a ousadia de um touro selvagem recém-despertado. Não lhes faço perguntas, não as pressiono por nada, não quero mudá-las jamais. Sempre imagino o que possam sonhar, e procuro suavemente entrar no sonho delas. Cavalgo o vento para visitar-lhes as razões, as emoções, as loucuras. E como um deus escandaloso e surpreso por sua própria criatura, eu entro então no coração de cada uma delas, deliciosamente, como se entrasse numa pulsante catedral. Mergulho na essência dos seus desejos e cada vez me espanto mais com tanta fantasia, com tanta formosura. Os cinco sentidos, por não serem precisos, ainda não bastam, e eu preciso mais do que isso para compreendê-las.

Toda mulher é silenciosa por dentro. A existência pura se manifesta em cada detalhe. Assim na terra como no céu, amar as mulheres é uma experiência religiosa. E eu as amo, fina substância, como deve amar quem ama de verdade -- incondicionalmente. Sem ciúmes. Eu amo as morenas, as loiras, as baixinhas, as altas, as lindas, as quase feias. Amo as virtuosas, as magras, as gordinhas, as diabólicas, as tímidas, e até as mentirosas. As iluminadas, as pecadoras, e as santíssimas. Amo as virgens, as pobres, as ricas, as loucas, as muito vivas, as inocentes. As bronzeadas pelo sol, e as branquinhas. As inteligentes, e as nem tanto. Desde que sensíveis, eu amo as jovens, as velhas, as solteiras, as casadas, as separadas. As bem-amadas, e as abandonadas. As livres, e as indecisas. E se me dessem o poder, o tempo, e, principalmente, a chance, eu a todas elas daria, todos os dias, um orgasmo cósmico e sublime. Poeticamente.

Apanharia flores silvestres, tomaria sol com todas elas. Andaríamos descalços na areia, contemplaríamos crepúsculos cor de abóbora, jantaríamos à luz de velas, dançaríamos, tomaríamos vinho branco, olharíamos as estrelas. E eu lhes faria poesias de amor. Puro como um anjo, amaria cada uma delas eternamente — uma por vez. Com delicadeza, com doçura, com profundidade, com inocência. Entusiasmado, como se cada uma fosse a única. Como se no mundo inteiro não houvesse mais nada, nem ninguém.

Todas as noites, passaria cremes e encantos no seu corpo. Falaria sobre fábulas, contaria histórias românticas, as veria dormir. Ao som de Vangelis, velaria por um tempo o sono delas, e de madrugada, antes do sol raiar, antes do primeiro pássaro cantar, as cobriria com o resto de luar que ainda houvesse, e sairia em silêncio. Como um felino lógico, sensual e saciado, deslizaria pelo cetim azul-celeste dos lençóis, saltaria por sobre todas as metáforas -- e sorrindo iria embora.

Enfim, se fosse Deus, eu com certeza não mais cuidaria do universo e dessas coisinhas banais. Não iria ficar controlando o destino das pessoas, o tempo, a pressa, os compromissos, as horas, o caminho dos planetas, a economia, o cotidiano, o infinito, a Internet, a geografia... Não!

Eu somente iria amar as mulheres, como elas merecem. E como nunca foram amadas.

Só isso, definitivamente. Nada mais, nada mais!


Edson Marques







quinta-feira, 5 de março de 2009

Você mulher








Você que busca no dia a dia sua independência,
sua liberdade, suaidentidade própria;
Você que luta profissional e emocionalmente,
para ser valorizada e compreendida;
Você que a cada momento tenta ser acompanheira,
a amiga, a "rainha do lar";
Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade semviolências;
Você que resiste aos sarcasmos daqueles
que a chamam de, pejorativamente,
de feminista liberal
e que já ocupa um espaço na fábrica,
na escola, na empresa e na política;
Você, eu, nós que temos a capacidade
de gerar outro ser, temos também o dever
de gerar alternativas para que a nossa
Ação criadora, realmente ajude outras mulheres
a conquistarem a liberdade de Ser...



Ilsa da Luz Barbosa








quarta-feira, 4 de março de 2009

Mulher, heroína sem rosto







O real sentido da palavra heroína não remete a alguém com poderes sobrenaturais que surge à noite para salvar a cidade das garras de algum ser malvado. A verdadeira heroína é a que foi vencendo obstáculos à medida que surgiram os obstáculos.

O seu trabalho consiste em algo mais difícil do que capturar o delinqüente mais procurado. O seu objetivo máximo é aquele que melhor sabe fazer: educar o ser humano e dar amor.

O sexo feminino é a principal fonte de subsistência, pois não apenas concebe uma criatura em seu ventre, mas a conserva, deixa-a crescer em seu interior, sempre consciente de que o que está dentro dela é um milagre que irá mudar a sua existência. Assim é como a mulher se torna mãe, não apenas potencialmente, mas dando início ao ato da maternidade.

Uma mãe não se separa do seu filho até que este seja capaz de se virar por conta própria e, quando chega esse momento, aquele ser maravilhoso trará impresso o selo de quem o educou e o levou pelos caminhos da melhor educação.

Na grande maioria das vezes, aclamamos ilustres personagens da história por suas grandes obras, por suas idéias, pela sua maneira de mudar o mundo por meio de sua luta. Poucas são as pessoas que param e se aprofundam em tal admiração e se dão conta de que os maiores filósofos, cientistas e escritores tiveram mãe. Uma mulher ao seu lado, sempre velando pelo seu bem e mantendo-os em suas entranhas. Alguém que foi capaz de os ver crescer até onde foi possível e até que seus olhos estivessem cansados. No fim das contas, foi uma mãe quem deu o impulso para que um grande pensador contribuísse com suas idéias e invenções, desde os pré-socráticos aos intelectuais mais próximos a este século.

Você, que é mãe, tem uma grande oportunidade de formar um líder. Deve se sentir privilegiada e orgulhosa, pois foi entregue a você a ocasião perfeita de impulsionar heróis para a sociedade.

Você, condutora de cada passo, educadora do futuro, heroína oculta.

Ana Cecilia Pereyra





Woman in love - Barbra Streisand