sábado, 15 de setembro de 2007

Sacuda a árvore


Um grupo de sapos resolveu organizar uma competição.


O objetivo era alcançar o topo de uma torre muito alta.


Uma multidão se juntou para ver e animar os participantes.


Foi dada a largada.


Na verdade, ninguém no mundo animal acreditava que sapinhos tão pequenos pudessem chegar ao topo da torre.


Eles diziam coisas como:


“Oh, é difícil demais”,


“Eles jamais vão chegar ao topo”,


“Eles não têm nenhuma chance de sucesso.


A torre é muito alta!”,


“O sol está muito quente.


Vai vencer todos os competidores”.


Os sapinhos começaram a cair.


Só alguns poucos continuaram a subir mais e mais alto.


A multidão continuava a gritar:


“É muito difícil!!!


Vocês não vão conseguir!”.


Outros sapinhos se cansaram e desistiram, somente um continuou a subir, e a subir... a persistência era sua principal arma, até que conseguiu atingir o topo da torre.


O primeiro sapo a desistir indagou ao campeão:


“Como você reuniu forças para atingir o objetivo?”.


O sapo vencedor olhava para o sapinho derrotado, mas não respondia uma palavra sequer.


“Me conta o segredo da vitória”, perguntou novamente o perdedor.


De repente, surge um sapo ancião e comenta baixinho:


“O sapinho campeão é surdo.


Ele não se deixou abater pelos comentários negativos e saiu vitorioso”.


O boxeador Cassius Clay fez o seguinte comentário após uma dura vitória:


“Quem desiste frente às dificuldades perde a confiança em si próprio; quem as enfrenta se fortalece”.


O amigo leitor já reparou que muitas pessoas neste mundo tentam jogar “água fria” nos sonhos dos outros?


Em diversas situações é bem melhor ser surdo, do que dar ouvidos àqueles que, ao invés de apoiar, tentam transformar os sonhos em verdadeiros pesadelos.


São seres negativos, que têm como objetivo principal desestimular e enfraquecer os ideais de conquista.


O filósofo Sêneca tem uma frase brilhante:


“Conversa com aqueles que possam fazer-te melhor do que és”.


O escritor brasileiro Mário da Silva Brito, nascido no início do século passado, fornece uma lição fabulosa a todos nós:


“De vez em quando a gente precisa sacudir a árvore das amizades, para caírem as podres”.

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