sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cinquenta e uns




Cinquenta e poucos e um e dois e três...
Número não muito preciso.
Inexato.
Mas é fato.
Agora, cinqüentas e uns.
Quilômetros?
Quilos?
Nada. Anos mesmo.
Idade.
Mas em plena mocidade.
Aceito-me como estou.
Aliás, aceito nem é a palavra.
Gosto-me mais assim:
menos brava,
mais zen, mais "nem tô".
Cinquenta e uns.
Quilos a mais de bagagem,
Rindo mais de bobagem,
O que já foi já passou.
Cinquenta e uns.
Quilômetros bem rodados,
Amigos mais bem cuidados,
Amores bem mais safados,
Nem por isso menos amados,
Só mais gostosos agora.
Cinquenta e uns.
E a vida é diferente,
querendo andar sempre em frente,
sem ligar para a demora vivendo bem o agora.
Cinquenta e uns.
Que presente tão gostoso,
viver tudo assim, caloroso,
Com mais gosto, mais sabor.
Cinquenta e uns.
Nada para lamentar,
Nenhum deixar de amar,
De viver, de se alegrar,
nenhum deixar de...
Nenhum não fazer,
nada ficou por dizer.
O que foi dito era pra ser.
Cinquenta e uns...
Virão os cinquentas
E tantos outros depois,
Se continuo nesse trem,
Andando assim, vou a cem,
Feliz e desenxabida,
Celebrando, feliz, a vida,
Com tudo que ela tem
e se você ainda estiver pelas redondezas
na minha vida ela será muito mais bela ainda.

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