segunda-feira, 22 de outubro de 2007

atire a primeira flor







Quando tudo for pedra. Atire a primeira flor!

Quando tudo parecer caminhar errado, seja o primeiro a tentar o certo.

Se tudo parecer escuro, e nada puder ser visto, acenda a primeira luz.

Traga para a treva você primeiro a pequena lâmpada.

Quando todos estiverem chorando, tente o primeiro sorriso.

Talvez não na forma de lábios sorridentes, mas de um coração que compreenda, ebraços que confortem.

Se a vida inteira for um imenso "não".

Não pare na busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.

Quando ninguém souber coisa alguma e você souber um pouquinho, seja oprimeiro a ensinar.

Começando por aprender mesmo, corrigindo-se a si mesmo.

Quando alguém estiver angustiado, a procura nem sabendo o que,consulte bem o que se passa.

Talvez seja em busca de você mesmo.

Daí, portanto, você deve ser o primeiro a aparecer, e mostrar quepode ser o único e mais sério ainda talvez o último.

Quando a terra estiver seca que sua mão seja a primeira a regá-la.

Quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja aprimeira a separar o joio, arrancar a praga, afagar a pétala,acariciar a flor.

Se a porta estiver fechada, que de você tenha a primeira chave.

Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeiraproteção e abrigo.

Se o pão for apenas massa e não estiver cozido, seja o primeiro fornoa transformá-lo em alimento.

Não atire a primeira pedra em quem erra.

De acusadores o mundo esta cheio.

Nem por outro lado, aplauda o erro,dentro em pouco a ovação será ensurdecedora.

Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu.

De sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido, seja você oprimeiro para aquele que não tem ninguém.

Quando tudo for espinho atire a primeira flor, seja o primeiro amostrar que há caminho de volta.

Compreendendo que o perdão regenera, que a compreensão edifica, que oauxilio possibilita e que o entendimento reconstrói.

Atire você!

Quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor.

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