sábado, 6 de fevereiro de 2010

Amarras






Você já observou um elefante no circo?



Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunal. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira.



E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir. Por que o elefante não foge?



Porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.



Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar, e, apesar de todo o esforço, não pôde sair.



A estaca era muito pesada para ele.



E o elefantinho tentava, tentava e nada.



Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.



Então, aquele elefantinho tornou-se um elefante enorme que não se solta porque acredita que não pode.



Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum.



O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse. Isso muitas vezes acontece com as pessoas!



Vivem acreditando em um montão de coisas “que não podem ter”, “que não podem ser”, “que não vão conseguir”, simplesmente porque, quando eram crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouviram tantos “nãos” que “a corrente da estaca” ficou gravada na memória com tanta força que perderam a criatividade e aceitaram o “sempre foi assim”.



Poderíamos dizer que o “Algo fora do comum” para as pessoas poderia ser: a perda de um emprego, doença de alguém próximo sem que se tenha dinheiro para fazer o tratamento, ou seja, algo muito grave que as fizesse sair da zona de conforto.



No entanto, não é necessário, e nem a melhor solução, esperar que o circo pegue fogo para libertarmos o nosso verdadeiro potencial, pois a limitação só existe na mente…



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