quarta-feira, 22 de abril de 2009

Falando sobre o medo


Por que temos medo?
Medo possui uma característica ambígua. Ora nos protege quando estamos em meio ou à frente de um perigo real, ora nos afasta de conquistas pelo receio de tomarmos algumas ações: seja por uma experiência passada, seja por ainda não termos vivenciado a situação...
Então, o medo é benéfico ou não?
Na maioria das vezes não. Embora ele seja um vital sinalizador que visa nosso bem estar físico, emocional e espiritual, constantemente ele se mostra desajustado.
Um exemplo? Utilizemos mais de um:
Quando crianças, dependendo do estilo de nossos pais conduzirem nossa criação, ouvimos muitas vezes um "não faça isso" "não faça aquilo" com base nos "medos" que carregavam consigo, seja por uma experiência pessoal deles, seja por um excesso de zelo, etc. Se demos a devida atenção às suas exortações, com certeza vimos, ao longo dos anos, colegas nossos fazerem, com habilidade, coisas que achávamos ser impossíveis ou "muito perigosas". Desde se equilibrar num muro a andar de bicicleta, andar de patins a brincar na chuva, empinar pipa a jogar bola ou simplesmente brincar na rua. Sobre este último item, use de sinceridade: quantas crianças atropeladas você já viu? Com certeza, mesmo que tenha visto, a porcentagem é mínima e não suficiente para associarmos que brincar na rua é muito perigoso. Agora, converse com quem brincava, ou lembre-se de quando brincava... certamente verá boas lembranças desta época...
Seguindo os mesmos exemplo acima citados, podemos ter alimentado também medos por termos vistos algo ou alguém se machucar em cima de uma das situações acima. Por exemplo, ao termos visto um parente próximo ou um amigo se acidentar com sua bicicleta, podemos ter criado uma aversão à bicicleta, evitando-a. Entretanto, dificilmente analisamos o porquê do acidente, os motivos que conduziram para tal... Simplesmente associamos a bicicleta ao acidente. E não vemos se houve alguma imprudência, alguma falta de manutenção ou outro motivo para que o acidente viesse a ocorrer.
Os dois exemplos utilizados acima podem ser conduzidos e adaptados a diversas situações e a diversos setores de nossas vidas ao longo dos anos. Deixemos que sua reflexão interior permita maior abrangência.
Percebe então que o medo pode se mostrar um indicador ineficiente ou até desnecessário em vários momentos?
Isso mesmo. Se o medo, ou a sensação de, pode nos proteger, igualmente pode nos impedir de alcançar muitas experiências maravilhosas e inesquecíveis.
Dose o teu medo. Se buscas a sabedoria, o entendimento, a perspicácia e tua evolução, por que não ousar? Por que não vencer alguns de seus medos e deixar-se levar? Verá que para muitas coisas, vale muito a pena...
Obviamente, não tratamos aqui de medos de origem patológica (as fobias), mas ainda assim, embora na maioria dos casos necessitem de uma orientação médica para sua extinção, os mesmos poderão ser amenizados por você: creia, você pode eliminar teus medos!
Não limite teus movimentos, não talhe tuas ações, não obstrua o teu caminho. Vamos, ouse e viva uma vida mais satisfatória! Viva cada segundo como se fosse o teu último! Aproveite, responsavelmente, mas com bastante ousadia e alegria o teu maior presente: a tua vida!


2 comentários:

Anônimo disse...

Procurava um texto bacana sobre o assunto medo, encontrei, gostei muito como descreve o sentimento do medo. Obrigada

Anônimo disse...

Medo de cobra faca um texto