Como explicar o fascínio de um caleidoscópio?
Queremos rever, aprisionar, entender aquelas imagens.
Como na vida.
Apego, transcendência, imortalidade, permanência, o todo projetado em cada parte.
Analogias que trago à tona quando penso em caleidoscópios.
Somos filhos do fogo, da luz, do brilho.
Buscamos retornar a um estado leve, puro, novo, livres do que acumulamos ao longo da existência.
Desejamos ser como uma página em branco.
Como simples cristais, translúcidos.
Buscamos o que éramos antes.
Mil formas em movimento constante, num jogo indescritível, que nunca se repetem, como a corrente de um rio.
Como num caleidoscópio, giramos: átomos, partículas; às vezes colidimos, esbarramos, tomamos novas formas, transformamos, recomeçamos.
Mas precisamos reafirmar nossa presença.
Precisamos testemunhas dessa nossa viagem.
Quem admira nosso rodopiar através das nebulosas?
Onde está o olho que nos vê?
3 comentários:
Uau!!! Ficou show!
Eu sou apaixonada por caleidoscópios... como te falei...
Vai ver que Freud explica... rs*
Muito linda a mensagem! Vc. sempre no capricho!
Fica com Deus e tenha uma linda quinta!
Beijocas, Ya
Está aqui, alí, em toda a parte! Os olhos que vêem e os que enxergam. Muito mágico o seu caleidoscópio! Beijinhos, Malu
Caleidoscópio de nós, lindo texto, e nos leva a Paraty, nos passeios que fizemos a cambada toda.
Beijos Luleka
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