domingo, 1 de fevereiro de 2009

Eternidade




O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim.

Tudo o que tenho foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.

Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas.

É isso... tente ver as coisas negativas que te acontecem com como algo que aconteceu por uma razão precisa. E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isso vai vendar seus olhos para continuar o caminho.

Quando você não consegue tirar da cabeça que alguém te feriu, está somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início.

Nem sempre as pessoas te ferem voluntariamente. Muitas vezes é você quem se sente ferido e a pessoa nem mesmo percebeu; e você se sente decepcionado porque aquela pessoa não correspondeu às suas expectativas. Às suas expectativas!!! E sabe-se lá quais eram as expectativas do outro? Você se decepciona e decepciona também. Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que te atingem.

Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nele! Vai te fazer bem. Assim talvez ele poderá entender quando você o magoar e, sinceramente, disser que "foi sem querer".

Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui.

Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo.

Seja uma bênção! Deus não vem em pessoa para abençoar, Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão.

Todos nós podemos ser Anjos!

A eternidade está nas mãos de todos nós. Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.

Prorrogando a dor

Por que será que nos agarramos a situações para as quais conhecemos perfeitamente o desfecho? Sabemos de antemão o que fazer, mas somos tomados pela angústia de ter que assumir uma decisão que vai nos fazer sofrer. Colocamos à frente um passo que poderia ter sido tomado agora. Nos enganamos conscientemente. Prorrogamos a decisão para que a dor seja prorrogada. É possível que dentro de nós achamos que a dor esticada vai ser mais suave.

Se não podemos evitá-la, pelo menos vamos vivê-la a prestações, sem muita consciência que os juros podem ser muito altos no fim. Dar um passo errado não nos custa tanto quanto ter que assumi-lo. E ter que conviver com ele ou as conseqüências dele. Uma vez que reconhecemos o caminho errado, o normal seria voltar. Mas o que fazemos? Olhamos pra trás, medimos o caminho percorrido, nos perdemos no tempo sem sair do lugar, mesmo se a vida se apressa ao nosso redor.

Conhecemos o abismo que se apresenta diante da situação, mas nos recusamos a admití-lo, embora saibamos que não queremos cair nele. Caminhamos a passos lentos, guiados pela esperança que nunca nos abandona, mesmo sabendo que uma hora ou outra teremos que pôr o ponto final. Fim da história. Fim de nós de uma certa maneira, ou daquilo que vivemos e sonhamos.

Acreditamos num pequeno lapso de tempo que nunca mais outra oportunidade virá a nós, como se a vida fosse limitada. Nos entregamos à dor como nos entregamos ao amor. Inteiramente. E somos invadidos por uma sombra que nos isola de tudo. Mas que maravilhoso remédio é o tempo! Um dia acordamos e tudo parece mais ameno. Abrimos os olhos. Começamos a notar coisas para as quais estávamos cegos.

O dia seguinte será ainda melhor e virá um outro e um outro. Quão grandioso é esse Maestro do universo! Com um simples sopro ressuscita o sol a cada manhã e nos eleva com ele. Somos dessa maneira não uma pessoa nova, mas uma pessoa renovada. Mais vivida. Carregados de experiências que nos serviram de lição, que nos enriqueceram e nos tornaram uma pessoa, quem sabe, melhor.


Letícia Thompson



Nenhum comentário: