domingo, 22 de agosto de 2010

Amar ao próximo







'O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece....Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." I Coríntios 13:4,13


Nestes meses junho, julho de 2010, em cidades do nosso país, enchentes mataram dezenas de pessoas, destruindo casas, cidades, ruas..


Com as mudanças climáticas estamos assistindo sérios problemas de alterações na temperatura, ventos e água.


O clima responde a vários fatores e a natureza se submete a essas respostas. A natureza se adapta rapidamente, mas o ser humano leva mais tempo e sofre perdas irreparáveis com essa transformação.


Porém, até nestes momentos, vemos a oportunidade da expressão da misericórdia de Deus através daqueles que expressam suas qualidades quanto à compaixão, generosidade, doação.


Despretensiosamente, decididamente, generosamente e amorosamente vamos conhecera a história real de um humilde camponês que também viveu uma experiência de inundação, sofrimento, angústia, destruição e renúncia.


Na Itália, na região de Verona, há mais de 100 anos atrás, aconteceu um fato que marcou a vida daquela comunidade para todo o sempre.


A neve veio forte demais. Nos Alpes a enorme nevasca trouxe preocupação a todos, pois quando o sol apareceu, o degelo aconteceu rápido demais e o rio transbordou. A inundação veio destruindo casas que estavam perto das margens. As pessoas corriam e gritavam de pavor.


A principal ponte da região sob o Rio Adige foi violentamente destruída pela força das violentas águas que desciam dos Alpes. Formou-se uma pequenina ilha no meio das águas do poderoso rio. Uma simples casinha foi levada e destruída pelas águas, mas a família estava viva ainda e pedia socorro. As águas estavam subindo rapidamente e era preciso fazer alguma coisa pela humilde família.


O Rio Adige é o segundo maior rio da Itália e tem 112 km de curso navegável e banha cidades famosas como Merano, Bolzano, Trento e Verona no nordeste da Itália e proporciona muita energia hidrelétrica.


A correnteza iria levá-los em poucos minutos. Eles levantavam os braços e clamavam por salvação. Mas ninguém tinha coragem para entrar no pequeno bote e ir até a ilha que se formou. Seria quase uma morte certa. As águas estavam violentas demais.


Os moradores olhavam uns para os outros até que o Conde Pulverim, homem rico - um fidalgo importante da região - ofereceu 50 libras (grande valor na época) a quem salvasse aquela pobre família, mas mesmo assim ninguém se arriscou.


Mas neste instante estava passando por ali um camponês, de outra região, e ao ouvir os gritos da família e ouvir o CONDE oferecer tal alto valor, não pensou duas vezes e saltou para um bote remando vigorosamente, lutando contra a correnteza, mas determinado a salvar aquela pobre família que já havia perdido quase tudo na enchente.


Ao alcançar a família disse:


- Coragem, amigos! Deus está conosco.


Disse o camponês para levantar o ânimo da família que já estava perdendo a esperança de salvação. Estavam aterrorizados.


E com enorme esforço o corajoso camponês conseguiu recolhê-los e colocou um por um no pequeno bote.


Mas a força da água contrária era terrível e o bote precisava voltar; a viagem da volta era mais perigosa e difícil que a da ida, porque o camponês estava cansado e a embarcação não ofereceria segurança.


Mas com esforços sobre-humanos e uma determinação extraordinária, bravura e amor ao próximo, o camponês deu todo o esforço que tinha. Todos gritavam de alegria dando graças a Deus.


Finalmente ele conseguiu chegar ao outro lado e desembarcou aquela família, sã e salva, a multidão irrompeu em aplausos e o rico CONDE aproximou-se, a fim de lhe entregar o prêmio prometido.


O humilde camponês surpreende a todos novamente recusando a grande oferta de 50 libras e dizendo:


- Senhor Conde, não foi por causa do dinheiro que arrisquei a minha vida. Posso trabalhar, graças a Deus, para prover as minhas necessidades e as de minha mulher e de meus filhos. Dê esse dinheiro a esse senhor e sua família, pois eles perderam tudo quanto possuíam e assim poderão recomeçar.


Agradeceu ao Conde, despediu-se da família que em lágrimas agradecia, abraçava e beijava o salvador.


E assim aquele humilde camponês, homem desconhecido de todos, com grande coragem e altruísmo, não só salvou uma família, como lhes proporcionou meios suficientes para organizar um novo lar.


Quando fazemos uma boa ação não devemos esperar nada em troca. Não devemos emprestar dinheiro com usura e nem ajudar alguém com alimentos visando interesse particular. (Levítico 25:37)


O amor não busca – nunca – interesses próprios. Diz um ditado que: “O que a mão direita faz a esquerda não precisa saber.” E outro ditame diz assim: “.. faça o bem sem olhar a quem... ”


A compaixão – piedade – só é válida se vivenciada com alegria e sem interesse ou recompensas. Deste mundo ninguém levará nada em termos físicos ou materiais assim como nada trouxemos quando aqui chegamos. Mas não há dúvidas de que nós colhemos o que plantamos.


Hoje, talvez bem pertinho de você, exista alguém que esteja necessitando de uma palavra amiga, de uma oração, de um afago sincero e verdadeiro.


Pessoas que estão angustiadas e aflitas neste momento - como aquela família na ilha que estava sendo inundada - precisam de ajuda e de pessoas comprometidas com Deus e com a verdade.


O mundo precisa de pessoas que não amem o dinheiro e o poder, mas que vivam a compaixão e amor ao próximo como um estilo de vida sabendo que estamos aqui apenas de passagem e temos esperança e certeza da vida presente e eterna.


Há cerca de 2 mil anos atrás um homem “pulou nas turbulentas águas da vida” e não apenas arriscou, mas entregou sua própria vida – numa cruz do monte calvário - para salvar a todos os que a ELE se achegam com um coração puro e fiel e o aceitem como Senhor e Salvador.


Seu mandamento: “Amar a Deus sob todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”




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