terça-feira, 22 de maio de 2007

Perde-se um amigo






Quando se é atraiçoado pelas costas,
preferindo-se as claras ofensas de um inimigo,
a se ter um amigo tão obscuro e desleal .

Quando enfim se percebe,
o astuto lobo em pele de dócil cordeiro,
a buscar suas presas na calada da noite.

Quando o amigo se reveste,
com longas asas de arcanjo de luz,
e nos faz acreditar na beleza da amizade.

No afeto e na sinceridade,
na nobreza de caráter do homem sincero,
apelando à imagens de justiça, que siquer conhece.

Quando este mesmo amigo,
No afeto e na sinceridade,
na nobreza de caráter do homem sincero,
apelando à imagens de justiça, que siquer conhece.

Quando este mesmo amigo,
promete céus e terra como paraiso,
e depois nos atira num inferno de lágrimas.

Quando se deixa apanhar na teia dos interesses,
mesquinhos e traiçoeiros e esquece
que a verdade brilha altaneira.

E que chega o momento
em que tudo se torna desvelado,
e as máscaras caem no chão, uma por uma...

E assim perde-se o amigo,
percebe-se que nem era tão amigo quanto parecia ser,
porquanto habitava em seu interior,
um maquiavélico ser.

Dói demais o reconhecimento da verdade,
mas pior do que a mais doce mentira,
é a amarga verdade camuflada.

Vai amigo que atraiçoa ...
vai viver a tua vida em outras plagas
que lá você encontre o espelho de si mesmo.

Que se olhe nele
e penetre através de teus próprios olhos,
no interior de teu coração doente, e encontre a Deus,
para que ele guie para a verdadeira luz
e te ensine a ser amigo de verdade,
não um espectro de gente!

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