sábado, 22 de setembro de 2012

Delicadeza



Nem sempre a gente precisa usar a força para atingir nossos objetivos. Descubra que a delicadeza tem poderes e aprenda a exercitá-la no dia-a-dia.

O mundo invisível está sempre trabalhando a nosso favor. Imagino, no entanto, como deve ser difícil acreditar que temos uma força ao nosso lado. Pois este exercício que proponho agora vai ajudá-la na busca dessa certeza. Sim, essas forças estão realmente com a gente. Vamos lá?

Vamos provocar estados que possam favorecer essas forças. Nesse momento, coloque a harmonia e a tranqüilidade dentro de si. Deixe a encrenca, a briga e as reclamações de lado. Aprenda a reivindicar, e não a reclamar. Reclamar é não ter nenhum movimento de ação positiva para melhorar o que se quer. Reivindicar, por outro lado, é importante, faz parte do processo da vida, do nosso processo democrático e também espiritual e filosófico. Vamos, portanto, criar um mundo cada vez melhor. Dentro dos limites e das nossas condições, é claro! Mas vamos deixar as queixas de lado.

Queixa é só arrogância, lamentação, vitimismo, autopiedade, austeridade infundada, rigidez. Vamos sair dos bancos de juízes. Não somos juízes de ninguém e de nada. Vamos fazer como os sábios: abrir para tudo ver, tudo entender, sempre se dizendo “nada sei”. Para que nesse “nada sei” abra-se a possibilidade do saber mais.

Pare de querer controlar a sua vida e a de todos ao redor. Isso só desgasta sua energia e cria mais frustrações, raiva e perturbação. Compreenda que só temos o agora. Fique, então, aqui agora. Dê a mão à vida como quem a cumprimenta e pare com essa briga, essa luta ou qualquer outra batalha.

Deixe seu coração repousar na crença de que há maneiras inteligentes e melhores para você aprender o que é certo e resolver as coisas. Você não precisa aprender pela dor, aprenda por amor. A si mesma. Ceda a si mesma. Pare de disputar, de querer mostrar. Dê a si mesma o sossego da liberdade de viver cada momento e, também, de poder mudar. Pare com as promessas longínquas de que não poderá cumprir. Ponha suas metas entre parênteses, porque a vida pode ter outros planos para você.

Esteja pronta a mudar de rumo. Porque a certeza da morte nos impõe isso. Mas não só a morte pode ser a grande mudança. Outras coisas podem ser grandes mudanças. O importante é caminhar com as forças invisíveis a nosso favor, para que elas possam nos desenvolver. Para que nosso poder aumente, assim como nossa capacidade de criar sempre o melhor. Descanse na aceitação de tudo e de todos.

Jogue fora suas formas, sua moral. Serene essa sua luta diária e essa busca incessante da paz. Porque, quando paramos de buscar, as coisas vêm a nós. Sei que é difícil. Afinal, o desejo a domina. Mas, quando nós abandonamos esse tipo de atividade psicológica, tudo começa a vir em nossa direção. Cai no nosso colo.

No mundo invisível, tudo se move de uma forma que não sabemos como é. E, de repente, as realizações começam a se manifestar. Parece magia, porque não enxergamos como esse fenômeno acontece. Mas um dia enxergaremos melhor. Por isso estamos caminhando para a lucidez total.

Vivemos em vários níveis de universos energéticos sobrepostos, mas vamos ainda compreender que vivemos num mundo em que nos colocamos nas situações que nós criamos. Sinta-se sempre capitã do navio, mude seu rumo. O agora tem o poder de criar o futuro. Nós somos a própria vida individualizada, a própria inteligência da natureza manifesta da realidade.

Luiz Antonio Gasparetto

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