sábado, 19 de setembro de 2009

Onde mora a alegria?






Gregório nunca conheceu uma vida fácil. Muito pelo contrário, lutou sempre e muito, desde sua bem tenra idade.

Ele sempre sonhara com a carreira artística. Desejou muito ser um humorista... e por causa desse seu sonho muitas vezes, mesmo em meio a sérias dificuldades, ele dava estrondosas gargalhadas, lendo ou ouvindo programas desse gênero.

Passaram-se os dias e conseqüentemente os anos e Gregório tornou-se adulto. Casou-se e dentro de algum tempo já era pai de duas graciosas e encantadoras crianças, que o amavam ardorosamente. A esposa lhe era fiel, amiga e companheira dedicada. Juntos viajaram e conheceram alguns países, inúmeras cidades e tantas belezas criadas pela natureza ou cultivadas e trabalhadas pelo homem.

Durante algum tempo, todo esse amontoado de circunstâncias curiosas envolveram Gregório, fazendo com que ele se mantivesse interessado e, portanto, continuasse a valorizar a carreira que o transformou em um verdadeiro nômade. Todavia, com a repetição prolongada dos acontecimentos, fazendo sempre os mesmos percursos, revendo os mesmos lugares, repetindo inúmeras vezes as mesmas experiências, a

vida desse homem foi se tornando monótona, cansativa, tediosa e sem maiores encantos.

As energias se esgotavam em ritmo acelerado e as suas emoções estavam desgastadas e quase atrofiadas. No peito uma dor e na alma uma tristeza infinda. Era esse o resumo da sua vida. Preocupado com tudo isso, Gregório procurou um médico, depois outro. Clínicos, psiquiatras, psicólogos... mas não via nenhum resultado positivo. Encontrando-se então em um grande centro, ele procurou avistar-se com um famoso

cientista, a quem expôs a sua situação geral. Depois de vários exames, análises e outras exigências, o cientista concluiu que fisicamente Gregório estava bem, apenas o seu espírito e suas emoções estavam doentes. Para isto não havia medicamentos... Então, recomendou-lhe que procurasse entretenimentos, fazendo em seguida a seguinte sugestão:

- Amigo, não envenene o seu corpo com tantas drogas. Procure simplesmente alguma coisa que o alegre. Aconselho-o a assistir nessa tarde a um dos espetáculos do Circo Internacional, que se encontra em nossa cidade. Tenho ouvido os maiores elogios a respeito dos referidos espetáculos.

- Sinto muito, doutor, mas tal coisa não me ajudaria em nada

- replicou Gregório, em tom de desânimo.

- E por que não? Depois de ouvir um pouco do humor do extraordinário palhaço, estou certo de que mudará de opinião. Ele tem a singular capacidade de acabar com as tristezas...

- Talvez o faça em relação aos outros, mas a mim jamais poderá fazê-lo, doutor. Não o fará porque aquele palhaço sou eu...


Quantas vezes a gente se sente o próprio, rimos para agradar,
fazemos com que os outros riem, mas por
dentro estamos em verdadeiros frangalhos.
Deixamos a tristeza do mundo tomar
conta de nossos corações...
Devemos cuidar para que nossa
alegria não se vá...
Não deixe ninguém interferir
naquilo que você busca
e que te faz feliz...
Viva olhando para
coisas simples, porque
nelas está a diferença.




Um comentário:

Yamar Bijoux disse...

Oi queridona... Adorei seu post!
Assinalando esta parte... "Devemos cuidar para que nossa alegria não se vá... Não deixe ninguém interferir naquilo que você busca e que te faz feliz..." Olha... exercito isso diariamante a anos... vc. bem sabe. Muitas vzs. fica difícil...mas a gente "vai...que vai..." :-)

Valeu passar por aqui! Se cuida aí amiga. E que o fim de semana seja especial para todos.
Bjks saudosas, Ya