Faça um pacto com você mesmo: ao contrário de tentar adivinhar intenções, desfrute o sentimento verdadeiro de estar com outro.
É comum opor-se emoção e razão, mas poucas pessoas percebem que a maioria das emoções nascem justamente de pensamentos.
São simples reações que ocorrem a partir da idéia que se faz da atitude do outro, seja no trabalho, em casa ou numa roda de amigos.
Atribui-se ao outro certas intenções e reage-se a elas.
São diferentes dos sentimentos, que nascem da convivência do estar com o outro, e não da idéia que fazemos dele.
Quando sentimos raiva, por exemplo, não é que estejamos insatisfeitos como o que aconteceu a nós, mas sim com o que imaginamos que tenha sido a intenção de alguém:
“Estou com raiva porque acho que você não me respeitou”.
“Estou com raiva porque isso que você fez não é típico de quem ama”.
Será que a intenção do outro era mesmo respeitar?
Será que, porque fez isso, ela não o ama?
Conflitos de relacionamento são quase sempre o resultado de interpretações errôneas, tentativas de adivinhar intenções e muito pouco o resultado do sentimento verdadeiro de estar com o outro.
Lidar com os sentimentos, os próprios e os dos outros, é uma arte.
Precisa ser cultivada e treinada com qualquer outra arte.
Portanto, agora, procure isentar seus relacionamentos de preconceitos ou pré-juízos.
Procure aceitar os outros como eles são.
Para os outros dias de sua vida, faça um trato com você mesmo: vá de mente e coração limpos ao encontro das pessoas do seu convívio.
Deseje estar com elas e esteja integralmente.
Ao contrário de tentar desvendar o propósito do outro com você, estabeleça consigo mesmo o seu propósito de estar aberto para a outra pessoa.
E, se lhe parece difícil viver em harmonia com as pessoas a sua volta, acredite que sim.
Pois, quando lhe disserem que algo em que você acredita é impossível, tenha paciência. Talvez ele não saiba de verdade que a vida é o eterno ato de transformar o impossível em realidade.
Afinal, como explicar que dois seres humanos tão imperfeitos criem um amor tão infinito?
Viver é acreditar e realizar o impossível.
Antes de Santos Dumont, ninguém achava possível fazer voar um aparelho mais pesado que o ar.
Até que ele acreditou e, com determinação, criou o avião.
Com exceção de mudar o outro, tudo é possível.
Desde que alguém acredite, abandone seus preconceitos e se proponha a concretizá-lo.
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