domingo, 30 de setembro de 2007

A paz que tenho hoje


A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia…

Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.
Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé…

Ter paz é ter a consciência tranqüila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou…
É assumir responsabilidades e cumprí-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
É ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem. É ter um coração que ama…
É não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.
É aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer…
É ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade…
É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer…
É admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências…

A paz que hoje trago em meu peito é a tranqüilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições
.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos…
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.

A paz que hoje trago em meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo…
A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a ela tiver oferecido.
Às vezes, para manter a paz que hoje mora em meu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.

Lembre-se de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes, quando alguém estiver irritado, quando a maledicência lhe procurar, quando a ofensa o atacar, quando a crítica o ferir, quando escutar uma calúnia, quando a ignorância o acusar, quando o orgulho o humilhar, quando a vaidade o provocar.

O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.

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