terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pense











"Tente ficar no mesmo espaço que um queijo estragado.Nem você nem ninguém que more na mesma casa agüentarão o mau cheiro.
Assim é a pessoa que tem amor estragado.Ela absorveu tantas coisas ruins durante a vida, que torna-se difícil conviver com ela,por estar permanentemente insatisfeita.Ela precisa se desfazer de tantas coisas estragadas que guardou e dizer para si que aquilo não é mais dela”. Mas o que deveremos fazer para não nos estragarmos por dentro? Padre Fábio vai direto ao ponto:“Amar a você mesmo!”.
Não interessa se você vai à igreja,se faz caridade se ajuda os outros.Antes de tudo,é preciso saber se você está ajudando a você .Caso contrário,não existe amor a Deus coisa nenhuma.Existe é hipocrisia”Tente conviver com alguém que não se ama e verá se é bom estar na companhia”.São pessoas que se acham vítimas da criação de seus pais,da escola,dos amigos,dos companheiros de trabalho,da beleza e inteligência alheias,enfim,são vítimas sempre.
Se estão sem emprego,reclamam por que não têm chance no mercado.Se conseguem trabalho,reclamam de a carga horária ser muito puxada ou de o chefe ser perseguidor.Sem falar nos que reclamam de dor aqui e dor ali,ou ainda da falta de dinheiro,falta de romance,de qualquer coisa que justifique a posição de vítima do mundo.Estão estragadas e tentam contaminar a todos à sua volta.
E como sabermos se nos amamos?Se nossas atitudes não nos agridem,não nos incomodam. O fato é que é fácil demais identificarmos se algo está estragado dentro de nós. É fácil identificarmos algum incômodo diante de alguém que escolhemos como parceiro afetivo, no dia-a-dia do trabalho, na vida social, tudo isso é fácil. O corpo reage, a inquietação e irritação saltam à frente das regras da boa convivência. Difícil é agirmos diante desses sinais amarelos. Difícil é mudarmos a rota, desviarmos, arriscarmos. Fácil é beber, sair de casa, entreter-se, não pensar. Difícil é jogarmos fora o queijo que compramos com tanto desejo mas que não nos apetece mais.

LILIANE MOREIRA jornalista. São Luís (MA).


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