Primeiro dia
Caminho pela rua.
Caminho pela rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio nele.
Fico perdido.
Não consigo sair de lá.
Não consigo sair de lá.
Perco a esperança e todos os estímulos que
me dariam forças para sair daquele buraco.
Mas, não é minha culpa.
Demoro uma eternidade
Mas, não é minha culpa.
Demoro uma eternidade
para encontrar uma saída.
Segundo dia
Caminho pela rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Finjo que não o vejo.
Eu caio nele outra vez.
Eu caio nele outra vez.
Não é possível que isto
ocorra comigo novamente.
Estou no mesmo lugar de ontem.
Mas, sei que não é minha culpa.
Demoro um tempo incrível para sair de lá.
Terceiro dia
Caminho pela mesma rua.
Estou no mesmo lugar de ontem.
Mas, sei que não é minha culpa.
Demoro um tempo incrível para sair de lá.
Terceiro dia
Caminho pela mesma rua.
há um buraco enorme na calçada.
Vejo que ele ainda está no mesmo lugar.
Mesmo assim, caio nele novamente.
Mesmo assim, caio nele novamente.
Isto já se tornou um hábito.
Fico triste comigo mesmo,
Fico triste comigo mesmo,
pois as experiências anteriores
pouco adiantaram.
Cometo os mesmos erros.
Meus olhos se abrem.
Cometo os mesmos erros.
Meus olhos se abrem.
Sei onde estou.
É minha culpa.
Saio rapidamente do buraco.
Saio rapidamente do buraco.
Quarto dia
Caminho pela mesma rua.
Há um buraco enorme na calçada.
Contorno o buraco.
Contorno o buraco.
Quinto dia
Mudo meu caminho.
Vou por outra rua.
Mauber Giorgetta
Mauber Giorgetta
Um comentário:
Belo texto!
Retrata bem o jeito humano de aprender!
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